quinta-feira, 31 de março de 2011

Geleia da vovó!


  Pearl Jam! A banda com nome em homenagem à geleia que a avó do vocalista Eddie Vedder fazia - e diziam ser alucinógena - é a banda de hoje. A grupo, de Vedder, Stone Gossard, Jeff Ament, Mike McCready e Matt Cameron, foi um dos maiores dos anos 90 e um dos principais do movimento grunge, junto ao Nirvana. De sonoridade forte e agressiva, o Pearl Jam surgiu em 1991 com o álbum Ten. O álbum conta com músicas hoje clássicas, como Even Flow, Porch e Alive. Logo se tornou um sucesso mundial tendo uma legião de fãs espalhadas por todo planeta.



  Depois de nove álbuns de estúdio e algumas centenas de bootlegs (pequenos LPs ao vivo), o grupo é hoje um dos maiores do mundo. Eddie Vedder é considerado um dos maiores do Rock e precursor de uma vocalização potente e rouca com efeitos, muito parecida com a de vocalistas que apareceram depois como: Scott Stapp (Creed), Chad Kroeger (Nickelback), Alex Band (ex-vocalista do The Calling) e Dave Matthews (Dave Matthews Band). O líder do grupo também é conhecido por fazer parcerias e participações, ter o surf com amigos como Jack Johnson e Ben Harper uma forma inspiradora para compor, fazer covers de seus ídolos e por subir nas estruturas dos palcos durante suas apresentações.



  Para gostar de uma banda e depois sentir vontade de descobrir todo seu material é preciso ouvir o melhor inicialmente. O álbum Ten é considerado o melhor do grupo por muitos e por mim, por isso será o link de hoje. Aposto que depois de ouvir você se interesserá pela banda. Hoje ela não faz apenas músicas enérgicas do grunge, atualmente cria canções e baladas mais amadurecidas que também conquistam outros públicos.
 
  Aí vai o link do álbum: http://www.megaupload.com/?d=PME8NXGY

  E para quem gosta de Beatles, um cover feito por Vedder!



  "Por hoje é só, pessoal!"

quarta-feira, 30 de março de 2011

A implosão de Luxemburgo

  Vanderlei Luxemburgo. Treinador de futebol vitorioso, multi-campeão.

  Vanderlei Luxemburgo. Desde a boa, apesar de curta, passagem pelo Real Madrid, trabalhos contestadíssimos por onde passou. E lá se vão mais de cinco anos... no Santos, teve a cara-de-pau de colocar Mestre Neymar e o menino-Ganso no banco. No Palmeiras, o caro e ousado projeto de montar uma equipe jovem e vencedora ruiu. No Atlético, bem... metade de Minas Gerais ainda tem Luxa na garganta.
 
  Caiu uma tal equipe  rubro-negra no seu colo. Nunca um time fez tão bem a um técnico. E que sorte deu Luxemburgo! Após o polêmico período do "império do amor" e um segundo semestre de paz ano passado, caíram sob seu comando os pouco talentosos Thiago Neves e Ronaldinho. Para começar o ano, a conquista do primeiro turno do campeonato carioca, jogando o para o gasto.

  Vanderlei Luxemburgo parece não valorizar a chance que o destino deu para seu talento. Está provocando uma futura implosão no Clube de Regatas Flamengo, na Gávea, Rio de Janeiro.

  Tudo começou quando a comissão técnica do clube foi remoldada ao bel-prazer do agora manda-chuva rubro-negro. Desenrolou-se com a insistência em recusar Adriano - que cairia como uma luva no atual esquema de jogo. Agora, Luxemburgo consegue a façanha de rebaixar para o time sub-20 uma das maiores revelações do clube nos útimos anos: pois é, Negueba não faz parte dos planos primordiais do treinador.

  Qual será o próximo capítulo? Ser eliminado da Copa do Brasil, da qual é favorito? Perder o praticamente ganho campeonato carioca? O "jogar para o gasto" passar para o jogar mal?Barrar Ronaldinho, por aparecer mais que o técnico? Rebaixar o muito promissor Diego Maurício?

  Espere e verás. Com ou sem o atual professor...

terça-feira, 29 de março de 2011

O quase-mágico

  Após 14 meses, 12 derrotas, um bom brasileiro e muita desconfiança depois, a Era Joel Santana no Botafogo acabou. Harry Potter inicia a Era Caio Júnior sem ter, porém, perspectivas mágicas de sucesso a base de abracadabras e etc.

  Quando acontece uma troca de técnicos em qualquer que seja o clube, nos perguntamos(ou deveríamos nos perguntar) que grande e repentina mudança um indivíduo julgado como tão capaz - e merecedor, tantas vezes, de um salário tão... interessante - será capaz de desenvolver em um grupo de vinte e tantos atletas.

  Sem desmerecer o bom técnico Caio Júnior, é de se observar que a escalação da equipe alvinvegra para a partida contra o Paraná Clube, nesta quarta-feira, às 19:30, é exatamente a mesma que Joel Santana julgou muitas vezes como a melhor possível. Lembremos também que a atual situação de mercado e de calendário brasileiro (por exemplo, quem já jogou pela Copa do Brasil, não pode defender outro time na competição) e financeira do Botafogo não permitem reforços, hoje, relevantes.

  No caso de Caio Júnior, ele herda uma equipe com material humano mediano, que apesar de reforçada, não tem as perspectivas tão positivas que tinha a equipe do ano passado, pela maior qualidade dos reforços da concorrência. Os mesmos jogadores estão voltando de lesão, os mesmos jogadores que serão utilizados mais para frente. O Botafogo trocou um motivador em extinção, por um estudioso ex-atacante em busca do auge da carreira como treinador.

  O resultado de tal situação poderá provocar um interessante paradoxo: Caio Júnior deverá satisfazer a torcida, mesmo se os resultados não forem tão expressivos quanto os de Joel (título Carioca e a quase classificação para a Libertadores). O estilo equilibrado-ofensivo de Harry Potter utilizará, de muitas das mesmas peças da gestão anterior e a tão pedida agressão ao adversário será vista. Porém, dificilmente as prováveis boas exibições transformar-se-irão em títulos.


  O time ideal de Caio Júnior para o campeonato brasileiro deverá ser: Jefferson, Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Arévalo, Marcelo Mattos, Maicosuel e Everton; Herrera e Abreu. Pergunto-lhes: muito diferente do que Joel colocaria em campo?

  Não, amigos. Não se tira leite de pedra. A mudança era necessária, mas não quer dizer maior sucesso.

  Boa sorte a Caio Júnior. Mas eu quero é ver!

segunda-feira, 28 de março de 2011

O esplendor da idolatria

  O fim de semana esportivo com muitas atrações e morno em emoções parecia ajeitar-se, preparar-se para o gran finale. Louvar um personagem, um ícone, em um feito simbólico...

  O nome do protagonista é Rogério. Seu time é o São Paulo Futebol Clube. Nos anos 1990, o então sucessor de Zetti no tricolor paulista aparecia para o cenário nacional como um bom goleiro e destacava-se pela técnica também com os pés.

  Rogério então é Ceni, e Ceni começa a batar suas faltinhas lá em 1997...

  Um baita goleiro, uma personalidade irrepreensível, futuro qualquer-coisa-que-quiser dentro de seu time do coração.



  Amadurecendo, evoluindo, e mais preciso nas bolas paradas. Faltas e pênaltis com percentual de acerto dos maiores do planeta. Ceni sabia, que pela posição em que jogava, não poderia errar. Amigo, ele não erra! No máximo, o vento diz que não é hora e tira a bola da rede... o paraguaio Chilavert ficou para trás, o maior goleiro-artilheiro de todos os tempos é brasileiro!

  Está certo que nosso protagonista é louvado como um Deus... certa calma nessa hora. Rogério Ceni sempre foi um goleiro top no país, mas seus carisma, seus dotes musicais, sua personalidade e esse detalhezinho do talento com os pés o tornam entidade para muitos, mesmo quando é notado que, debaixo das traves, às vezes o rendimento cai. Nada que ofusque-o. Sim! Sensacional, Ceni!

  Terceiro goleiro no pentacameponato de 2002, com a seleção, e guia do titular Dida, no trato da bola com os pés, no mundial de 2006. Realizou-se. Mas foi pelo São Paulo que as glórias vieram aos montes! Títulos, premiações, elogios, medalhas, respeito.

  O esplendor da idolatria.

  Domingo, 27 de março de 2011. Arena Barueri. O adversário? Não poderia ser outro: tal Corinthians. Sim, era hora do show! Era hora da festa! A caminhada em trote, o olhar concentrado, o Brasil inteiro torcendo por aquela calvice. Desligaram o som do estádio, os corações aceleraram simultanemente e aquela faltinha - mais uma - fez explodir o mundo. Aquela rotineira precisão e Rogério Mücke Ceni chega ao centésimo gol de sua muito mais que vitoriosa carreira.

  Rogério discursa, politiza, homenageia. Rogério faz, Rogério acontece. Rogério cumpre sem prometer, sem precisar prometer. E sem precisar e sem falar, promete: vem mais, vem sempre muito mais por aí!


domingo, 27 de março de 2011

Voa, Canarinho, voa!

Devo confessar que sou fã de Mano Menezes, apesar do favoritismo que ele demonstra por jogadores que já trabalharam com ele (como André Santos e Elias), o treinador da Seleção vem, ao meu ver, fazendo modificações interessantes nessa fase de transição que vive o nosso futebol. Diferente de seu antecessor, Mano aposta na juventude e nos precoces talentos dos gramados brasileiros.

A Canarinho entrou a campo em um atacante 4-4-2, a falta de um volante trombador e marcador apenas, dá mobilidade ao meio da amarelinha. Lucas e Ramires revezam as subidas ao ataque e Elano, no auge de sua polivalência, fecha bem o seu setor. Jadson fez boa partida, um pouco tímido, mas com a realização de bons passes e arriscando chutes à distância. A volta de Paulo Henrique será determinante para a forma de jogar da equipe, um camisa 10 como já não se vê mais por aí.

A zaga contou com a volta do firme Lúcio e com a presença constante daquele que, para esse que vos escreve, é o melhor defensor do mundo no momento - Thiago Silva. Daniel Alves e André Santos cumpriram bem suas funções, fechando as alas quando preciso e, principalmente o jogador do Barcelona, subindo para criar perigo aos escoceses. Julio César apenas observou a partida.

No ataque, presenciamos a boa estreia de Leandro Damião, que colocou uma bola no travessão e o show à parte de um craque, Neymar. Quem diz que Neymar é o futuro da Seleção brasileira está errado - ele já é realidade e presente. O camisa 11 colocou a bola no barbante duas vezes, a primeira tirando do goleiro com chute rente à trave; a segunda, após cobrança magistral de pênalti sofrido por ele mesmo, sacramentando o placar no Emirates Stadium.
Nas substituições, destaque para Lucas, moleque atrevido e bom de bola que, logo em seu primeiro jogo, não demonstrou sentir o peso de vestir a camisa da equipe principal do país. Fez belas jogadas individuais e deixou o companheiro Jonas (que entrara no lugar de Damião) livre para marcar, porém, o atacante ex-Grêmio desperdiçou a oportunidade.

O time da Escócia tem um bom toque de bola, mas necessita de um atacante matador, acabou se afobando com a pressão da Canarinho e tendo que bater palma para o menino de moicano.
Vale destacar também a narração de Galvão Bueno, que disse que Hutton, reserva de Vedran Corluka no Tottenham Hotspur, é o jogador mais importante e conhecido do time londrino e que é homem-gol. Confesso que se vi Hutton balançar a rede mais de três vezes, foi muito. Custa estudar um pouquinho, Galvão?

sábado, 26 de março de 2011

Hora de decidir, Fogão!

O Botafogo entra a campo nesse sábado, 26/03, por importante partida na Taça Rio, contra o antes insignificante, atualmente temido, time do Boavista. Essa será a primeira partida do alvinegro após a Era Joel Santana - que mesmo muito criticado pela torcida, tirou leite de pedra de um elenco que não ajuda muito, tendo sido campeão carioca e quase levado o time de General Severiano à Libertadores da América. Caio Junior, substituto de Joel, observará seus comandados à distância, Flavio Tenius, preparador de goleiros e treinador interino, estará à beira do gramado para auxiliar o Bota.


Além da saída de seu técnico, o alvinegro apresenta grandes desfalques, dez (DEZ!!!) jogadores estarão indisponíveis para a realização da partida, entre eles: Loco Abreu e Arévalo, que serviram a Celeste Olímpica na vergonhosa derrota para a Estônia; Jefferson, convocado por Mano Menezes para enfrentar a Escócia; Everton, Mancha e Herrera, suspensos; Bruno Tiago, Alex, Araruama e Lucas, os quatro no departamento médico.
O Boavista manterá a base que vem se destacando na participação do carioca, com destaque para o quinteto de frente: Joílson, Erick Flores, Tony, Frontini e André Luis. O time, finalista da Taça Guanabara, pode complicar o Botafogo na competição, caso vença a partida. Vale lembrar que o alvinegro foi derrotado no clássico contra o Vasco e ainda enfrentará o Flamengo. Caso perca para o Verdão de Saquarema, o Fogão pode comprometer sua participação na Taça Rio, podendo até ficar de fora das fases decisivas da competição.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Eis aqui, Chico!

Entre tantos posts futebolísticos retratando a triste realidade que o futebol carioca enfrenta no momento - principalmente Fluminense e Botafogo, eis aqui, Chico Buarque de Hollanda. Aos 66 anos, o carioca desfruta, hoje, de uma vida tranquila em seu apartamento no Leblon sem aparições em público e em eventos na mídia. Apesar de querido por muitos, Chico não agrada a todos.

O compositor, que ao contrário do que se pensa se auto-exilou e não foi exilado em Roma, é muitas vezes contestado por exercer (ou ter exercido) ideologias comunistas e socialistas. O fato descontenta alguns, que o consideram um comunista ballantine's. Esse pequeno grupo esquece de separar o "Chico político" do "Chico compositor" e desse modo passa a não conhecer a grande obra desse artista brasileiro. Um preconceito sem lógica.

Hoje, o artista tem um grande grupo de jovens interessados em sua obra. Jovens que estão à procura de aprimorar suas respectivas culturas. Fazem muito bem, pois Chico Buarque é considerado por muitos o maior compositor brasileiro, tendo muitas músicas cantadas por outros intérpretes. O único capaz de escrever como amante, político, malandro, sambista, cronista, trovador e mulher.

Então chega de apenas falar dele e mostremos um pequeno fragmento de sua enorme obra. Apresento-lhes Paratodos. Do álbum de mesmo nome do ano de 1993 ganhador de disco de ouro, a música retrata todo o agradecimento de Chico a seus companheiros, ídolos e à nação brasileira. É enfatizado ao final dela os versos: "vou na estrada há muitos anos" e "sou um artista brasileiro", os quais me arrepiam antes do pequeno trecho de flauta típico do baião brasileiro.

Desfrutem!



O álbum Chico Buarque (álbum de 1978) ou Samambaia, como é conhecido por muitos.  é um marco na carreira do artista e conta com músicas de forte protesto contra a ditadura militar como Cálice e Apesar de você.

Com vocês, Tanto mar!




Até!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Vergonha de ser brasileiro

  A consagração do narrador Cléber Machado aconteceu em 2002 e marcou o Brasil, marcou o esporte mundial, marcou o blogueiro, marcou até o alemão, que envergonhado, trocou de posto no pódio.

  Na Áustria, Rubens Barrichello vinha para sua segunda vitória na carreira, em uma corrida soberana. Do lado de cá, uma carência, vácuo de ídolos após a era Romário-Ayrton Senna que só viria a ser preenchida dois meses depois do acontecido na europa, em um torneio de futebol na ásia...

  Aconteceu que nosso Rubinho vinha, vinha, e não veio. A população brasileira, que já dava como certa tal alegria na manhã de domingo, engoliu um sapo. A Federação Internacional de Automobilismo teve trabalho para retirar as bandeiras, cartazes e etecetera jogados na pista pelo igualmente envergonhado público. A Scuderia Ferrari, atingindo o ápice da falta de dignidade, da babaquice e da picaretagem, ordenou - há quem diga, chantageou - o piloto brasileiro há reduzir sua velocidade nas últimas 10(!) voltas, para que Michael Schumacher, já com ampla vantagem na disputa pelo campeonato, tirasse os, sei lá, 15 segundos e vencesse mais uma. A mais desncessária de todas.



  Oito anos mais tarde, no extremo sul do continente africano, um ex-anão comandaria um time de canários... canários em busca do sol, da taça, enquanto nas terras tupiniquins, os habitantes sofriam para acreditar - e conseguimos - que era possível voltarmos campeões.

  Mas logo o primeiro jogo fez o sujeito encolher-se no sofá. Assistia deitado e virou-se, não queria acreditar que ao intervalo, a seleção brasileira de futebol, cinco vezes campeã mundial, olhava para os inexpressivíssmos norte-coreanos dizendo, como lembrando Regina Duarte: "tenho medo!". O Brasil estava com medo da Coréia! Da Coréia! Da Coréia do Norte! Que porra é essa? Que ódio, que vergonha.

  Com os treinos fechados mais secretos do mundo, os olhos puxados muito mais que confundiam e travavam a equipe brasileira. Estarrecia o povo que, hipnotizado, não acreditava no que via. Ali descobrimos: não havia espelhos nos vestiários sul-africanos, afinal. Kaká e compania certamente não contaram quantas estrelas havia em cima de onde a bandeira brasileira deveria estar. Certamente não bateram no peito. Certamente não gritaram: "eu sou é brasileiro!"



  Nossa nação nos dá orgulho aos montes. Para ficar só no âmbito esportivo, não há quem não tenha o ego balançado positivamente ao ver o coração de Guga em Roland Garros, ao lembrar o abraço entre Galvão Bueno e Pelé em 94, ao ver Daiane dos Santos explodindo para o mundo com seus saltos e vitórias. Ou ao saber que o melhor jogo de vôlei de todos os tempos foi uma final na qual estivemos representados e ganhamos. Vencemos a final da Liga Mundial.

  Sim, muito orgulho, talvez até por isso a vergonha seja tão grande, tão sombria, tão infelizmente inesquecível. Ver Rubinho não ganhar e - pior - ouvir aquele marcante "hoje não, hoje não! Hoje sim... hoje sim..." fez chorar.

  Ver, sentir bem pagos jogadores com medo dos asiáticos foi de doer... de chorar... Percebê-los sem brio, sem gana, não fez sentido algum.

  Perdão aos que discordam, aos que tentam esquecer, aos que tem por função fazer esquecer. Boas histórias nem sempre têm finais felizes. nem sempre terminam felizes para sempre.

terça-feira, 22 de março de 2011

Bye bye, Papai

  Joel Santana cometeu o mesmo erro de Dunga: errou no desenrolar, no processo. O futebol brasileiro mostra, por suas características torcidas impacientes que nem sempre os fins justificam os meios.

  Dunga deu pouquíssimas oportunidades a jogadores talentosos, como Hernanes e Diego, e insistiu com os "cabeças-de-bagre" que não teve como não levar para o mundial. Joel usou quando preciso, mas abusou da retranca, mesmo quando era possível agredir o adversário. Certos ou não, a torcida brasileira não suportava Dunga desde muito antes da Copa e a paciência da torcida alvinegra com Joel já estava no limite havia muito, também. De nada valeram os ótimos números de Dunga na seleção e as 12 derrotas de Joel em 14 meses de trabalho.

  Joel não é o único responsável pela má fase do Botafogo, mas pagou sozinho o pato que também comeu. O fato é que hoje, o Natalino é mais um brasileiro desempregado, e receberá proposta - se já não recebeu - de vários clubes, em especial Fluminense e Santos.

  Confirmada a proposta santista, o que você, internauta, faria? Pegaria a bomba que é um Fluminense quase eliminado da Libertadores, com um desejo insaciável por Abel Braga, mas com um dos melhores, ou até o melhor elenco do Brasil, ou respiraria ares da baixada santista, dirigindo o estruturado Santos dos talentosíssimos Neymar e Ganso, também em dificuldades na competição continental?

  Sei não, mas sinto cheiro de mais um mico tricolor...

Salve, Jorge!

  O homem mais importante do planeta veio ao Rio citou sua obra. O aniversariante de hoje dificilmente recebeu ou receberá presente mais honroso. O Agonizante presta sua homenagem a um dos mais importantes artistas de nossa nação: Jorge Ben Jor, parabéns!

  Selecionar sucessos de Jorge Ben é tarefa para lá de árdua, mas comecemos por aquela que até hoje é sinônimo de alegria em qualquer lugar:


  Mais uma que se confunde com o artista, a deliciosa "País Tropical" é, certamente, uma das músicas mais conhecidas por brasileiros. Aqui e lá fora...


  Jorge Ben sempre presta homenagem ao santo de sua devoção e que lhe dá nome. De maneira singular, magnífica, como todas as suas canções, ele canta esta oração:


  Aqui, umas das mais belas músicas compostas por Jorge, em apresentação com a parceria de Ivete Sangalo, no especial Casa de Samba, de 2004. "Por causa de você, menina".

domingo, 20 de março de 2011

Acreditar, então

  O Vasco conquistou uma imponente vitória sobre o perdido Botafogo. Vitória que faz o torcedor gritar com gosto que torce para o Clube de Regatas Vasco da Gama. Gol de estreante, gol de bicicleta, pressão e tudo mais.

  Mais do que isso, o que o Vasco mostrou em campo - e fora dele - um potencial para sonhar grande no Brasileiro. Anotem: o Vasco não será coadjuvante no nacional que vêm aí, é imaginável uma campanha como a do próprio Botafogo no ano passado.

  Pensar isso de um time que vive há uma década no marasmo e há dois anos disputou a série B merece uma explicação. E lá vem ela: O clube conseguiu manter importantes peças do último ano e trouxe, motivado pelo horrendo primeiro turno de Carioca, jogadores experientes para serem titulares absolutos. Fernando Prass é soberano debaixo das traves, Fágner é um lateral-direito mais que razoável, Ramon é sempre eficiente, Dedé é ídolo e um dos melhores zagueiros do país. Em um campeonato de defesas semelhantes, o Vasco não está mal. Eduardo Costa é caro e violento, vai embora no meio do ano, mas, enquanto isso, pode suprir muito bem a ausência do igualmente mordedor Nilton, lesionado. Felipe Bastos tem boa técnica, Rômulo é consistente, Bernardo tem um futuro brilhante pela frente, Felipe ainda tem muitas possibilidades de ser o dono do meio-campo. Para o ataque, Éder Luís dificilmente fica quando seu empréstimo terminar. Élton é sim uma boa opção, mas o que alimenta o coração vascaíno são os recém-chegados: após as saídas de Zé Roberto e Carlos Alberto - que ganharam, como castigo, a disputa pela Taça Libertadores - chegaram os sempre eficientes Alecsandro, Leandro, e, como estrela da compania, o ex-jogador do Atlético Mineiro, Diego Souza. Para completar, o sereno Ricardo Gomes tem a oportunidade de, sem a pressão de uma seleção pré-olímpica ou de um São Paulo, chegar longe em um Vasco pouco badalado.


  Há ainda o sonho cada vez mais real de ter Juninho de volta, a cereja do bolo.

  Só há um porém. Alecsandro, Felipe, Leandro e Diego Souza não recebem pouco. De onde virá o dinheiro para pagá-los? E a sempre conturbada política interna do clube, vai querer atrapalhar quando momentos decisivos chegarem?

  Para o estadual a organização tática precisaria ser rápida, o que não é impossível, vale o sonho. Título é o sonho do vascaíno, e o pensamento a longo-prazo precisa ser valorizado também. Acreditar, então, no trem-bala da colina!

A Bruxa está solta


O Fluminense sentiu a crise na pele. Por mais que Émerson, ao abandonar o gramado do Engenhão, tenha dito que fatores extra-campo não comprometem o elenco, eles o fazem, e muito. O torcedor tricolor que pagou o ingresso ontem para assistir a vexatória apresentação de sua equipe, tem todo o direito de reclamar - o que se viu foi um time apático tomar uma aula de contra-ataque do inexpressivo, mas bem montado, Boavista.
A saída, até agora sem eira nem beira, de Muricy Ramalho do comando da equipe (pelo menos para esse que vos escreve, sem motivo aparente) parece ter de fato abatido um time que já não apresentava um futebol condizente com aquele que o premiou com nada menos que o título nacional do ano anterior. Há de se dizer que o time de guerreiros morreu, afinal, garra, vontade e superação são atributos que o tricolor não apresenta desde o começo da atual temporada. Apenas jogos mornos, com vitórias por placar mínimo e empates sem sal, além de derrotas infantis na "hora do vamos ver".

Analisemos o jogo de ontem: Ronaldo Torres, preparador físico e treinador interino, manteve a coerência e escalou a equipe que vinha jogando regularmente. Perdeu logo aos 20 minutos da primeira etapa Leandro Euzébio e o sonolento Carlinhos - que se fosse um pouco mais dedicado, passaria a ser o lateral de maior destaque no país. A entrada de Digão fortaleceu a zaga, provando que a cria de Xerém merece a titularidade, mas com Julio César em campo, o lado esquerdo do Flu passou a ser nulo. Quando o empate já estava encaminhado ao fim do primeiro tempo, o zagueiro do Boavista acertou chute improvável, impossível, impecável em cobrança de falta e seu petardo veio a morrer no ângulo esquerdo do melhor jogador tricolor da temporada, Ricardo Berna.
O Flu veio pra cima, Fred no lugar do He-Man, mas tropeçava em sua própria falta de criação. Conca tendo que jogar sozinho no meio (Marquinho como armador é um ótimo velocista), Mariano muito longe daquele melhor lateral do Brasil no ano passado. O Verdão de Saquarema, percebendo a carência tricolor, enxergou a possibilidade de aniquilar o jogo e desperdiçou um, dois, três, quatro contra-ataques. O jovem Erick Flores dava baile em um irreconhecível Diguinho, Diogo tentava, sozinho, mas com muita entrega, parar o carnaval na metade de campo tricolor.
Até que no final da partida, Erick em mais uma jogada de velocidade e visão, deixou o companheiro livre - e em condição legal -, para sacramentar o resultado e soltar de vez a bruxa nas Laranjeiras.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Raça, amor e paixão


O Flamengo entrou em campo ontem pela Copa do Brasil, no Castelão, contra o Fortaleza. O rubro-negro venceu, mas não convenceu, a partida teve direito a golaço de Renato Abreu e boa atuação do "coadjuvante" de Ronaldinho, Thiago Neves, que sacramentaram a vitória por 3 a 0 e colocaram o time da Gávea nas oitavas de final da competição. Porém, o personagem dessa crônica não é nenhum dos atletas supracitados. É um menino que chegou desacreditado, sem muita importância em meio às aquisições milionárias que pintaram no clube, mas que com muito trabalho e perseverança, vem se destacando positivamente: o nome dele, é Wanderley.



Wanderley não é craque, longe disso, diria até que é caneleiro e que lhe falta muita (!) técnica, entretanto, o atacante rubro-negro vem cativando a todos por sua raça em campo e o amor que aparenta ter à camisa que veste quando entra nas quatro linhas. O menino treina duro e se esforça durante os jogos, corre, tenta, erra, tenta de novo, erra de novo, mas quando acerta, comemora cada gol como se fosse o último, como se fosse o derradeiro e decisivo, como se fosse de placa. Corre por toda a extensão do estádio - não importa qual seja -, em um incansável frenesi de alegria inesgotável.
Como seria possível não gostar de ter no time um rapaz que joga com sangue nos olhos, que joga cada partida como se fosse a mais importante de sua vida? Wanderley e sua raça estão entrando para o já famoso hall de atacantes flamenguistas que não eram grandes coisas com a bola no pé, mas que viraram queridinhos da torcida, entre eles: Fio Maravilha, Charles Guerreiro e, mais recentemente, Obina. O jovem Wanderley dá uma lição a todos e mostra que mesmo em meio a uma constelação de craques, basta dedicação para brilhar, afinal, como diria Einstein, o único lugar em que sucesso vem antes de trabalho, é no dicionário.

Estrela brilha cada vez mais na Espanha

  A atuação de ontem consolidou Marcelo como um dos melhores, se não o melhor lateral-esquerdo do mundo. Sem dúvida o melhor do jogo, o ex-lateral tricolor vem evoluindo temporada após temporada no Real Madrid, e em uma posição(também no lado oposto) em crise no mundo inteiro, é, apesar de ainda muito jovem, a maior esperança de bom futebol na lateral-esquerda do planeta.

  Durante a partida, Marcelo foi a avalanhce ofensiva dos tempos do tricolor carioca, e essencial no auxílio a Cristiano Ronaldo, que, voltando de lesão, não foi o que todos conhecemos. Marcelo apoiou, tabelou, fez gol. Mais do que isso, apesar de ainda um pouco afoito, está cada vez mais adaptado a rígida primeira linha defensiva do futebol europeu. A marcação, seu sabido ponto fraco, vem sendo cada vez melhor, e o substituto de Roberto Carlos no clube merengue só não fará história se perder o foco durante a carreira.


  É difícil encontrarmos grandes laterais hoje no futebol. Foquemos apenas na esquerda, por hora: dono do futebol mais bonito do mundo, o Barcelona possui três: Abidal, Maxwell e Adriano. Nenhum que reine absoluto. Atual campeã da Champions League e do Mundial de Clubes, a Internazionale de Milão hoje utiliza o zagueiro Chivu, mas já teve Zanetti, Santon e contratou por empréstimo o japonês Yuto Nagatomo. Último adversário da Inter, o Bayern de Munique conta com o fraquíssimo Pranjic para a posição. O Milan utiliza os inconstantes Antonini e Jankulovski para o setor. O Arsenal tem o fraco Clichy e o promissor Gibbs. No Chelsea, Malouda evoluiu ao ponto de aparecer mais como atacante e o russo Zhirkov, melhor lateral da Eurocopa 2008 é utilizado como meia. O consistente Ashley Cole reina soberano, mas já não tem o brilho de antes.

  A sensação Gareth Bale não é lateral, pelo menos não mais. Hoje, faz o lado esquerdo na linha de meio-campo do Tottenham. De verdadeira concorrência ao brasileiro, o consistente Patric Evra do Manchester United e o português Fábio Coentrão, do Benfica, muito valorizado no Velho Mundo.

  Ao mesmo tempo que já é uma realidade, Marcelo ainda tem tempo de evoluir. Se o Real conseguir equiparar-se ao Barcelona no status mundial, especialmente se vencer a Champions, o que não ocorre há muito, o nome do brasileiro será incontestado.

  Em termos de seleção, bem, só o Mano vê concorrência...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Curtinhas

  Após a heroica vitória da Internazionale sobre o Bayern - desperdício de oportunidades dos alemães na primeira etapa - que classificou os italianos às quartas-de-final da UEFA Champions League, o jogo de destaque de hoje é Real Madrid x Lyon.

  Cristiano Ronaldo estará em campo, apesar de não ter se recuperado 100% da lesão muscular no bícepss femoral esquerdo - até lesão do avante pop é diferente das outras - e deverá, mesmo assim, contribuir para a encaminhada classificação dos madrilenhos.

Porque encaminhada?

  Apesar de ter empatado no primeiro jogo por 1 x 1, este gol fora-de-casa provoca a necessidade do time francês se expor, pois o empate em zero classifica o Madrid. Na última temporada, as equipes se enfrentaram na mesma fase, e a vitória francesa no primeiro jogo deu muita confiança aos jogadores, que avançaram na competição com empate no Santiago Bernabéu. O fator Mourinho está, também, cada vez mais presente no clube merengue. Chelsea confirmará sua classificação contra o Copenhagen paralelamente.
Os dois jogos acontecem às 16:45h, horário de Brasília, com transmissão dos canais ESPN.

Por aqui...

  Renato Gaúcho diz que possibilidade confirmada por ele de assumir o Fluminense não passou de uma brincadeira. Cuidado, Renato. Arrependimento não é trote. #Fail

  Técnico do Colo-Colo não conhece Ganso. "Eles vão conhecer o Ganso" foi o que disse Mestre Neymar, esquecendo que o amigo está apenas voltado de grave lesão no joelho e que o jogo é fora de casa contra um arrumado time do bom futebol chileno. #Moicanoemarra4ever

  Jogadores do Flamengo dizem que STJD está tirando a autoridade do árbitro. Discordo. Está tirando a do delegado. O carrinho em Ricardo Berna não foi passível de cartão vermelho. É passível de Boletim de Ocorrência; jogada criminosa. Acusação de tentativa de homicídio doloso, quando há a intenção. #ProntoFalei

Já não era sem tempo...

  Foi aprovada na Câmara dos deputados a medida provisória que libera R$ 968 milhões para o Ministério da Educação. 47 milhões de estudantes serão beneficiados. Segue agora para o Senado.

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2011/03/15/camara-aprova-mp-que-libera-r-968-milhoes-para-o-ministerio-da-educacao.jhtm

segunda-feira, 14 de março de 2011

Muricy queimado

  Desde o fim do Fla-Flu de ontem, Muricy Ramalho não é mais treinador do Fluminense. A notícia é velha, a repercussão será longa.

  Muricy assumiu o cargo no ano passado após uma conturbada e demorada negociação com o tricolor das Laranjeiras e conduziu a equipe ao festejadíssimo título do Campeonato Brasileiro, mesmo com o elenco sofrendo com inúmeras lesões. O título foi o quarto do treinador, em cinco anos. Muricy colocou-se no mercado como solução para qualquer clube do Brasil.

  O pedido de demissão consolidado ontem, mas que já vinha amadurecendo há dias na cabeça do técnico, não convenceu ninguém, apesar de o motivo ser mais do que justo: ter uma estrutura sólida, a qual o Fluminense está a anos-luz, é indispensável para que o trabalho vencedor tenha continuidade. Que digam os opostos São Paulo, de muito sucesso na última década e o Flamengo, que apesar do título nacional de 2009, terminou o campeonato seguinte na parte de baixo da tabela.



  É muito saudável para Muricy que a situação esteja esclarecida o quanto antes, mesmo que o motivo predominante para a decisão tenha sido a proposta milionária que o treinador receberá do Santos nos próximos dias.

  O caráter com o qual gere sua carreira não permite tamanha falta de convicção. É melhor assumir a preferência por dinheiro - o que não é crime algum - do que ter sua magnífica carreira manchada pelo acontecido.

  Muricy é um excelente treinador para competições de longa duração, por exigir sempre 200% dos atletas durante os treinamentos. Em competições curtas e de mata-mata deixa a desejar. Em relação a isso, o prejuízo ao Fluminense na Libertadores - o time já está praticamente eliminado - é administrável, apesar de o Campeonato Brasileiro desse ano ter maiores chances de ser vencido com o "Mister-Brasileirão".

  Tudo isso é pequeno, é controlável, resolve-se ali na frente. Mas a situação estranha até demais não será esquecida, ainda mais imaginando a mais que provável apresentação do atual treinador campeão brasileiro na baixada santista. Muito em breve...

Enquanto isso...

  No mais que provável destino de Muricy, o presidente Luís Álvaro vai brincando com o fraquíssimo Paulo Henrique de renova-não renova contrato. Pode perdê-lo a preço de banana em julho.

#Fail

  Falando dos conflitos no Oriente Médio e norte da África, a imprensa nacional vem citando rotineiramente a OTAN - Organização do tratado do Atlântico Norte como a "Organização do Ocidente". Esquecem que o ocidente é muito mais que Europa ocidental e América do Norte.

sexta-feira, 4 de março de 2011

O início da democracia musical

  Seguindo nosso objetivo de democratizar este espaço, O Agonizante traz hoje a playlist do internauta Rafael Nunes - @Rafolet - que nos trouxe algumas sugestões de músicas que chamaram atenção em filmes. Estão aí algumas de suas preferidas:

  O fanfarrão Jack Black aparece de todas as formas: escrevendo, atuando e muitas vezes tocando também! Em "Tenacious D", fez história com a divertida "Kickapoo":


  Em mais uma atuação nada pacífica, o governador Arnold Schwarzeneger conta com a leve trilha de "Guns N' Roses" para cumprir sua missão como "O exterminador do futuro 2":


  O galã Richard Gere e idolatrada Julia Roberts deram vida ao famoso "Uma linda mulher". "Pretty woman", hit de Roy Orbison leva muito mais que o nome original do filme...


  A comédia romântica "(500) dias com ela" - ou "(500) days of summer" - não seria a mesma sem o leve rock da banda "The Smiths". Com vocês, "There Is A Light That Never Goes Out":



Gostou? Não? Incluiría alguma? Mande sua playlist para a gente!
Bom carnaval!!!!

quinta-feira, 3 de março de 2011

O abraço coletivo

O Botafogo se classificou para a segunda fase da Copa do Brasil, após disputa por pênaltis contra o River Plate-SE. Parece pouco, mas foi um jogo emocionalmente importante para sequencia da temporada.

  Após uma exibição apática e tecnicamente muito fraca contra os sergipanos semana passada, o time alvinegro precisava vencer por dois gols de diferença para avançar; venceu por 1 x 0 com gol extremamente duvidoso e ganhou por 4 x 1 nas penalidades.

  A equipe de General Severiano entrou em campo com Lucas na lateral-direita, no lugar de Alessandro, e Everton substituindo Somália para ganhar poder de ataque. Viu-se um time vibrante, postado num 4-2-2-2 em que os laterais subiam muito, Renato Cajá vinha da direita para o centro e Everton atuou como gosta, aberto pela esquerda. Caio e Herrera movimentavam-se bastante no ataque.



  Porém, o mesmo time que pressionava, tinha dificuldades para finalizar com perigo (principalmente Herrera estava muito mal, como é rotina nesta temproada), diante da retranca sergipana e da ótima atuação do goleiro Max. O gol aconteceu em uma cobrança de escanteio, na qual o zagueiro Bebeto, após bate-rebate, mandou a bola à própria baliza. Mesmo visto por várias câmeras, não é possível ter certeza se a bola entrou ou não. Minha opinião é de que não entrou.

  A ansiedade tomava conta da equipe durante o segundo tempo, afinal, se sofresse um gol, o Botafogo teria que fazer mais dois. A saída de Everton, por lesão, fez entrar o jovem e talentoso centro-avante Alex, trazendo Caio para a meia. A saída de Renato Cajá foi muito criticada pelos pouquíssimos torcedores que foram ao Engenhão; o meia vinha bem e Herrera, péssimo. Alessandro entrou no lugar do vaiado Márcio Azevedo e nada mudou.


  Nos pênaltis, o River desperdiçou duas cobranças, e após Lucas assegurar a classificação a cena que pode representar o futuro alvinegro aconteceu: todos os jogadores foram abraçar o técnico Joel Santana, contestado após os últimos resultados. Com o abraço coletivo, ficou evidente que os jogadores estão apoiando o treinador e não há problemas graves de relacionamento. Após um jogo tão sofrido e a necessidade de títulos expressivos, ter o grupo na mão é indispensável para a sequência da temporada. O Botafogo enfrenta o Paraná Clube na próxima fase.

Nos outros jogos...

  O Atlético Mineiro goleou de forma humilhante o IAPE, na Boca do Jacaré: 8 x 1 inapelável. O próximo adversário na competição é o Grêmio Prudente.

  Adriano Michael Jackson marcou quatro vezes na goleada de 5 x 1 do Palmeiras sobre o Comercial-PI, no Pacaembu, ajudando na classificação para a próxima fase, contra o Uberaba-MG.



  Lucas, duas vezes, e Guerrón, fizeram os gols que deram a vitória ao Atlético Paranaense contra o Rio Branco-AC. O rubro-negro enfrenta o Paulista-SP na próxima fase.

  Campeão da competição em 2009, o Sport foi eliminado pelo Sampaio Corrêa depois do empate por 2 x 2 na Ilha do Retiro. O resultado de 0 x 0 fora de casa, obrigava o Leão a vencer. Com a eliminação, agora só resta o Campeonato Pernambucano ao time de Recife, no primeiro turno.

Fique de olho:

  A NBA continua excelente. Ontem, Nenê teve excelente atuação na vitória dos Nuggets sobre o Bobcats. Hoje tem Miami Heat x Orlando Magic, encontro de alguns dos melhores jogadores da liga, às 22h.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Clima de decisão

O Fluminense entra em campo nessa quarta-feira (02/03) pela Taça Libertadores, contra o ofensivo time do América - MEX. Com 2 empates em 2 jogos - considerando que ambos os resultados foram obtidos jogando no Engenhão -, o tricolor das Laranjeiras precisa dos 3 pontos hoje para assumir a liderança de seu grupo, dependendo do resultado da outra partida a ser disputada entre Nacional - URU vs Argentinos Jrs e ver a classificação como uma meta muito mais acessível do que antes, apesar dos tropeços em território brasileiro.
Além da forte dupla de ataque dos mexicanos - composta por Vuoso e Sanchez - e do brasileiro Rosinei, o atual campeão brasileiro enfrentará também uma velha conhecida: a altitude. A Cidade do México, com seus 2.235 metros acima do nível do mar, não soa tão assustadora quanto Quito, que fica pouco acima dos 2.800, mas basta mencionar a palavra que começa com a letra 'a' para que, instantâneamente, más lembranças venham à mente dos tricolores.
O Flu deve ser o mesmo que enfrentou o Nacional na última rodada, em um 3-6-1 com Mariano e Carlinhos atuando como alas, Conca jogando quase como um segundo atacante e Rafael Moura como a referência na área. Lembrando que Fred segue de fora e nem viajou com a equipe para o México.
Resta aos tricolores torcer para que a inspiração e o bom futebol e principalmente a raça característica do "Time de Guerreiros", voltem a iluminar o time e que o estádio Azteca traga bons ventos e leve pra bem longe o pavor da altitude. É vencer ou vencer, para continuar sonhando na competição.

FICHA TÉCNICA:
Dia: 02/03/2011
Local: Estádio Azteca - Cidade do México
Hora: 21:50
Prováveis Escalações:
Fluminense - Ricardo Berna; Digão, Gum e Leandro Euzébio; Mariano, Diguinho, Valência (Edinho), Marquinho (Souza), Conca e Carlinhos; Rafael Moura
América - Ochoa; Layun, Valenzuela, Mosquera e Rojas; Reina, Oliveira, Rosinei e Montenegro; Sánchez e Vuoso

NOS OUTROS JOGOS:

Cruzeiro e Santos são os outros brasileiros que jogam hoje pela competição. O time de Minas é só sorrisos, após aplicar duas goleadas, a raposa vê a classificação para a próxima fase muito perto, e derrotando o Tolima - algoz do Corinthians - fora de casa vai precisar de resultados menos expressivos na próxima rodada. O Peixe vive situação diferente, com 1 ponto em 1 jogo disputado, o time de Neymar e Cia enfrenta o Cerro Porteño em casa e a recente queda do técnico Adílson Batista pode afetar o fator psicológico dos meninos da Vila.

Pressão

  O Botafogo recebe o River Plate-SE com a obrigação de vencer por dois gols de diferença e avançar à segunda fase da Copa do Brasil.

  Após um primeiro jogo lamentável, o time de General Severiano entra pressionado e sem Loco Abreu e Marcelo Mattos, dois plares do time, lesionados.

  Os últimos dez dias foram tensos para o clube alvinegro: eliminação para o Flamengo na semi-final da Guanabara, derrota para o inexpressivo time sergipano, torcedores-vândalos invadindo treinamento, torcida pedindo a demissão do técnico Joel Santana na internet e a polêmica troca de posto de capitão, de Abreu para Herrera, abafada pela derrota na última quarta-feira.



  Com a necessidade de pressionar o matreiro time nordestino, Joel saca o volante Somália e pôe o meia-esquerda Everton; no lugar de Loco Abreu entra Caio Canedo; Rodrigo Mancha segue como primeiro volante, já que Marcelo Mattos e Arévalo ainda não têm condições físicas de retornarem.

  A torcida já não tem a mesma paciência com o treinador, e uma eventual desclassificação pode custar o emprego de Joel.

FICHA TÉCNICA

Local:
Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 2 de março de 2011 (Quarta-feira)
Horário: 19h30(de Brasília)
Árbitro: Emerson Ferreira (MG)
Assistentes: Guilherme Camilo (MG) e Helberth Andrade (MG)

BOTAFOGO: Jéfferson; Alessandro(Lucas), Antônio Carlos, Márcio Rosário e Márcio Azevedo; Rodrigo Mancha, Bruno Tiago, Renato Cajá e Everton; Herrera e Caio
Técnico: Joel Santana

RIVER PLATE-SE: Max; Gláuber, Bebeto, Váldson e Pedrinho; Wallace, Fernando Pilar, Bruno Ramos e Éder; Bibi e Bebeto Oliveira
Técnico: Aílton Silva

Também pela Copa do Brasil...

  Após derrota por 2 x 1 para o Rio Branco-AC no jogo de ida, o Atlético Paranaense precisa de uma vitória por 1 x 0 para avançar na competição. Para isso, contará com voltas importantes como as do lateral-direito Wagner Diniz e de Paulo "Highlander" Baier. O apoio da Arena da Baixada deverá empurrar o rubro-negro à vitória. Hoje, às 19h30, horário de Brasília.


  O Atlético Mineiro também não conseguiu eliminar o jogo de volta, e enfrentará o Iape hoje, às 21h, horário de Brasília para despachar os maranhenses e ganhar moral para a sequência da temporada. Para isso contam com os gols da dupla de ataque Magno Alves-Diego Tardelli. Empate já classifica os mineiros, uma vez que o jogo de ida foi 3 x 2 para o galo.

  Após marcar no final do jogo no Piauí, semana passada, o Comercial vai ao Pacaembu disposto a aprontar para cima do Palmeiras. Kleber, Valdívia e compania ainda estão em busca do melhor acerto, mas somente um desastre tira a vaga na próxima fase do time de Felipão. às 21h50.

terça-feira, 1 de março de 2011

Emoção em dobro

Promover encontros de artistas, ainda mais de gêneros diferentes é raro. Porém, muitas vezes esses inusitados encontros surpreendem a todos, inclusive aos próprios cantores. O Agonizante mostra alguns:

À época já ex-vocalista do Queen, Freddy Mercury fora convidado a compor uma música para as Olimpíadas de Barcelona 1992. Junto com Monserrat Caballet, produziram um disco e se apresentaram de forma emocionante na abertura dos jogos:


Parecem irmãos siameses quando se trata de música. É muito fácil confundirmos qual composição é de Nando Reis e qual é da saudosa Cássia Eller, tamanha a parceria entre os dois. Aqui, "O relicário" no Ácustico MTV de Cássia, o clímax desta relação brevemente interrompida.


O eclético Marcelo D2 contou em seu "Acústico MTV", com a luxuosa e divertida presença do fanfarrão líder do Black Eyed Peas. Will tem participação curta - imagina-se também muito cara - mas muito proveitosa no álbum.



Para fechar a playlist de hoje, uma das mais emocionantes participações In memorian dá música brasileira:



Sugira você também! O que você quer ouvir no O Agonizante?