domingo, 27 de março de 2011

Voa, Canarinho, voa!

Devo confessar que sou fã de Mano Menezes, apesar do favoritismo que ele demonstra por jogadores que já trabalharam com ele (como André Santos e Elias), o treinador da Seleção vem, ao meu ver, fazendo modificações interessantes nessa fase de transição que vive o nosso futebol. Diferente de seu antecessor, Mano aposta na juventude e nos precoces talentos dos gramados brasileiros.

A Canarinho entrou a campo em um atacante 4-4-2, a falta de um volante trombador e marcador apenas, dá mobilidade ao meio da amarelinha. Lucas e Ramires revezam as subidas ao ataque e Elano, no auge de sua polivalência, fecha bem o seu setor. Jadson fez boa partida, um pouco tímido, mas com a realização de bons passes e arriscando chutes à distância. A volta de Paulo Henrique será determinante para a forma de jogar da equipe, um camisa 10 como já não se vê mais por aí.

A zaga contou com a volta do firme Lúcio e com a presença constante daquele que, para esse que vos escreve, é o melhor defensor do mundo no momento - Thiago Silva. Daniel Alves e André Santos cumpriram bem suas funções, fechando as alas quando preciso e, principalmente o jogador do Barcelona, subindo para criar perigo aos escoceses. Julio César apenas observou a partida.

No ataque, presenciamos a boa estreia de Leandro Damião, que colocou uma bola no travessão e o show à parte de um craque, Neymar. Quem diz que Neymar é o futuro da Seleção brasileira está errado - ele já é realidade e presente. O camisa 11 colocou a bola no barbante duas vezes, a primeira tirando do goleiro com chute rente à trave; a segunda, após cobrança magistral de pênalti sofrido por ele mesmo, sacramentando o placar no Emirates Stadium.
Nas substituições, destaque para Lucas, moleque atrevido e bom de bola que, logo em seu primeiro jogo, não demonstrou sentir o peso de vestir a camisa da equipe principal do país. Fez belas jogadas individuais e deixou o companheiro Jonas (que entrara no lugar de Damião) livre para marcar, porém, o atacante ex-Grêmio desperdiçou a oportunidade.

O time da Escócia tem um bom toque de bola, mas necessita de um atacante matador, acabou se afobando com a pressão da Canarinho e tendo que bater palma para o menino de moicano.
Vale destacar também a narração de Galvão Bueno, que disse que Hutton, reserva de Vedran Corluka no Tottenham Hotspur, é o jogador mais importante e conhecido do time londrino e que é homem-gol. Confesso que se vi Hutton balançar a rede mais de três vezes, foi muito. Custa estudar um pouquinho, Galvão?

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