domingo, 20 de março de 2011

Acreditar, então

  O Vasco conquistou uma imponente vitória sobre o perdido Botafogo. Vitória que faz o torcedor gritar com gosto que torce para o Clube de Regatas Vasco da Gama. Gol de estreante, gol de bicicleta, pressão e tudo mais.

  Mais do que isso, o que o Vasco mostrou em campo - e fora dele - um potencial para sonhar grande no Brasileiro. Anotem: o Vasco não será coadjuvante no nacional que vêm aí, é imaginável uma campanha como a do próprio Botafogo no ano passado.

  Pensar isso de um time que vive há uma década no marasmo e há dois anos disputou a série B merece uma explicação. E lá vem ela: O clube conseguiu manter importantes peças do último ano e trouxe, motivado pelo horrendo primeiro turno de Carioca, jogadores experientes para serem titulares absolutos. Fernando Prass é soberano debaixo das traves, Fágner é um lateral-direito mais que razoável, Ramon é sempre eficiente, Dedé é ídolo e um dos melhores zagueiros do país. Em um campeonato de defesas semelhantes, o Vasco não está mal. Eduardo Costa é caro e violento, vai embora no meio do ano, mas, enquanto isso, pode suprir muito bem a ausência do igualmente mordedor Nilton, lesionado. Felipe Bastos tem boa técnica, Rômulo é consistente, Bernardo tem um futuro brilhante pela frente, Felipe ainda tem muitas possibilidades de ser o dono do meio-campo. Para o ataque, Éder Luís dificilmente fica quando seu empréstimo terminar. Élton é sim uma boa opção, mas o que alimenta o coração vascaíno são os recém-chegados: após as saídas de Zé Roberto e Carlos Alberto - que ganharam, como castigo, a disputa pela Taça Libertadores - chegaram os sempre eficientes Alecsandro, Leandro, e, como estrela da compania, o ex-jogador do Atlético Mineiro, Diego Souza. Para completar, o sereno Ricardo Gomes tem a oportunidade de, sem a pressão de uma seleção pré-olímpica ou de um São Paulo, chegar longe em um Vasco pouco badalado.


  Há ainda o sonho cada vez mais real de ter Juninho de volta, a cereja do bolo.

  Só há um porém. Alecsandro, Felipe, Leandro e Diego Souza não recebem pouco. De onde virá o dinheiro para pagá-los? E a sempre conturbada política interna do clube, vai querer atrapalhar quando momentos decisivos chegarem?

  Para o estadual a organização tática precisaria ser rápida, o que não é impossível, vale o sonho. Título é o sonho do vascaíno, e o pensamento a longo-prazo precisa ser valorizado também. Acreditar, então, no trem-bala da colina!

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