terça-feira, 29 de março de 2011

O quase-mágico

  Após 14 meses, 12 derrotas, um bom brasileiro e muita desconfiança depois, a Era Joel Santana no Botafogo acabou. Harry Potter inicia a Era Caio Júnior sem ter, porém, perspectivas mágicas de sucesso a base de abracadabras e etc.

  Quando acontece uma troca de técnicos em qualquer que seja o clube, nos perguntamos(ou deveríamos nos perguntar) que grande e repentina mudança um indivíduo julgado como tão capaz - e merecedor, tantas vezes, de um salário tão... interessante - será capaz de desenvolver em um grupo de vinte e tantos atletas.

  Sem desmerecer o bom técnico Caio Júnior, é de se observar que a escalação da equipe alvinvegra para a partida contra o Paraná Clube, nesta quarta-feira, às 19:30, é exatamente a mesma que Joel Santana julgou muitas vezes como a melhor possível. Lembremos também que a atual situação de mercado e de calendário brasileiro (por exemplo, quem já jogou pela Copa do Brasil, não pode defender outro time na competição) e financeira do Botafogo não permitem reforços, hoje, relevantes.

  No caso de Caio Júnior, ele herda uma equipe com material humano mediano, que apesar de reforçada, não tem as perspectivas tão positivas que tinha a equipe do ano passado, pela maior qualidade dos reforços da concorrência. Os mesmos jogadores estão voltando de lesão, os mesmos jogadores que serão utilizados mais para frente. O Botafogo trocou um motivador em extinção, por um estudioso ex-atacante em busca do auge da carreira como treinador.

  O resultado de tal situação poderá provocar um interessante paradoxo: Caio Júnior deverá satisfazer a torcida, mesmo se os resultados não forem tão expressivos quanto os de Joel (título Carioca e a quase classificação para a Libertadores). O estilo equilibrado-ofensivo de Harry Potter utilizará, de muitas das mesmas peças da gestão anterior e a tão pedida agressão ao adversário será vista. Porém, dificilmente as prováveis boas exibições transformar-se-irão em títulos.


  O time ideal de Caio Júnior para o campeonato brasileiro deverá ser: Jefferson, Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Arévalo, Marcelo Mattos, Maicosuel e Everton; Herrera e Abreu. Pergunto-lhes: muito diferente do que Joel colocaria em campo?

  Não, amigos. Não se tira leite de pedra. A mudança era necessária, mas não quer dizer maior sucesso.

  Boa sorte a Caio Júnior. Mas eu quero é ver!

2 comentários:

  1. Felippão meu querido. Apesar de um elenco mediano, o botafogo nos tempos de joel portava-se como time pequeno. Veja bem, contra o boa vista, time que deu tanto trabalho para os grandes e considerado o melhor dos pequenos, o botafogo se impôs. sofremos pouco com o ataque deles, apesar de terem ido ataques perigosos, e dominamos o meio de campo. há quanto tempo não víamos um jogo em que o botafogo era superior? e isso contra times pequenos.
    não digo que seremos a oitava maravilha do mundo, mas qualquer mudança era melhor do que continuar daquela maneira.
    abraços brou até quinta

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  2. Exato, meu caro. Agora perceba o que quero dizer: O time vai melhorar, vai agradar. Mas não deverá ter resultados expressivos como teve Joel. A concorrência melhorou!

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