domingo, 4 de setembro de 2011

Empolgante e ponto

  Fim de rodada e todos os amantes do futebol colam os olhos e ouvidos nos programas esportivos para verem e escutarem os comentários da rodada. Erros de arbitragem, gols incríveis perdidos, jogadas de efeito, tudo é assunto para os entendidos. É claro que a preferência sempre fica para aquelas partidas em que há grandes do futebol brasileiro ou as que a emoção prevalece. Na rodada do fim de semana o destaque fica para a partida do Fluminense, o atual campeão, que venceu o Atlético/GO por 3x2.

  Vitórias são sempre bem-vindas, claro, ainda mais pra quem vive uma instabilidade na competição. Quando ela vem com suor e de virada, como foi, vale exaltar o espírito do grupo. Agora, considerá-la épica eu acho um exagero. Exagero porque? Eu estaria sendo clubista demais e desmerecendo os três pontos tricolor? Acredito que não. É consenso que o campeonato está equilibrado, mas fica evidente a disparidade entre o elenco tricolor e o time goiano. Com jogadores almejando seleção e alguns até figurando entre os selecionados, a vitória era obrigação e serviria como afirmação. A vitória veio mas o meu otimismo em relação ao potencial do Fluminense-2011 ainda segue adormecido. Concordo que as circunstâncias serviram para mexer com o emocional do grupo, mostrando a atual fase e apontando as carências do time. Jogando muito mais na base do abafa e do vamo-que-vamo o clube das Laranjeiras cumpriu o dever de casa. E é nesse ponto que me prendo.
   Com todo o respeito ao Dragão Goiano, perder em casa para essa equipe é tropeço. Reverter o resultado é evitar o vexame. Épico seria conquistar os títulos internacionais que escaparam por detalhes nas duas oportunidades que tiveram e elevar a marca no continente. Além disso, mostrar a ascensão de um clube que saiu da terceira divisão e foi aos poucos, degrau por degrau se consolidando, ou melhor, reconquistando o seu posto no cenário nacional. Ainda tem o que evoluir, mas uma coisa de cada vez.

  Três gols em oito minutos são raros de acontecer mas, sinceramente, acredito que isso se deve muito mais à  fragilidade do adversário. Daqui a alguns anos, poucos recordarão deste fato. Para mim, um clube do tamanho do Fluminense deveria apegar-se a resultados que enriquecem a história do clube, que representam momentos de glórias e alegrias. Vibrar diante de uma vitória é sempre aceito, defini-la do jeito que foi é atestar a incapacidade do grupo atual de obter grandes resultados, ou até resultados esperados.

  Se o ano não é bom e não há razões para comemorar, a saída é honrar as três cores que traduzem tradição e respeitar aqueles que comparecem e apoiam. Poupá-los de um sofrimento desnecessário é um bom começo.

6 comentários:

  1. Concordo. Épico seria se o Atlético-GO tivesse vencido o Fluminense fora de casa. A virada foi surpreendente, e empolgante pra torcida do Fluminense. Mas nada mais que a obrigação de um "clube grande".

    Pra quem acha que é clubismo, é só voltar algumas semanas e verificar se algum botafoguense achou "épica" a virada sobre o América-MG, por 4x2.

    ResponderExcluir
  2. Mandou mal. É tirar os méritos numa vitória sofrida. É o típico jogo que se esquece dos erros e exalta a virada em 15 minutos que o time teve. Jogou mal? precisa melhorar? sim. Mas demonstrou melhora. Foi clubista e ponto.

    ResponderExcluir
  3. ps: o gol da virada foi irregular. E Caio que foi clubista..

    ResponderExcluir
  4. Tudo isso é fogo de palha...

    ResponderExcluir
  5. Essa virada serviu apenas para esconder os problemas do time, Abel ainda não sabe quem escalar, Briga da diretoria e Unimed e torcida com os Baladeiros.....essa alegria acaba amanhã!

    ResponderExcluir