segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Ainda não chocaram


A granja formada por Alexandre Pato e Paulo Henrique Ganso já não gera lucro e está próxima de ter que acontecer um abate. O título desse texto poderia ser “ainda não jogaram”, porque, até hoje, não tivemos atuações de gala na seleção por parte deles. Era mais que esperado. O que a mídia criou em torno dos dois foi e é prejudicial às suas carreiras. Claro que ainda são jovens, ambos têm 22 anos, mas a busca do futebol brasileiro por novos ídolos acabou em queimá-los precocemente. Não corresponderam. Mas, infelizmente, ainda há esperança. Para analisarmos a situação, vamos começar falando do garoto de Pato Branco.

Alexandre Pato é o menino prodígio do futebol brasileiro desde 2006, quando surgiu no mundial de clubes da Fifa pelo Internacional. Na partida da semifinal contra o “poderoso” Al-Ahly, o ainda desconhecido Pato fez um lance aplicando um chapéu em um adversário e ainda marcou na vitória por 2x1. Pronto. O jogador estava apresentado ao mundo e seu cartão de visitas o valorizara de forma impensável em apenas um mês. Depois de um ano no Internacional, ele foi contratado com grande expectativa pelo Milan. Até hoje, não alavancou. São 14 lesões no currículo e uma fraca média de 0,4 gols por partida. Um número baixo para um jogador que era cotado a ser o novo camisa nove da seleção brasileira. Tudo bem, também não é tão ruim assim. Mas na seleção...


Na seleção principal são 21 jogos desde 2008 e apenas sete gols. Uma prata e um bronze com a seleção olímpica e um título da Copa das Confederações. Todos como reserva. É só isso? Só foi realmente decisivo nas categorias Sub-20 e Sub-23? Como ainda podemos depositar esperança em um jogador desses? Só porque, em tese, ele é “bonitinho”, bom moço, namora a filha do presidente do clube em que joga, já casou com global, tímido, não sabe falar direito e tem a língua presa? Já são seis anos esperando. Êta diamante (leia-se ovo) duro.

Já o Paraense do clube santista tem uma história diferente. Vindo ainda jovem do norte do país com o sonho de jogar com a camisa que Pelé vestiu, ele conseguiu. Mas não faz por merecer há tempos. A necessidade de um camisa dez no futebol brasileiro fez com que a mídia transformasse o jovem no tal. Companheiro de Neymar, dono de um passe de qualidade e técnica apurada e jogando com a dez do Santos. Pronto. Estava ali o que todos queriam, um “novo último romântico do futebol”. Mas não é bem assim. 

Apesar do tri-paulista, Copa do Brasil e Libertadores, Ganso não teve sempre um papel decisivo e vem sendo ofuscado por Neymar. Só “surfa na onda”. É visível a diferença da qualidade dos dois. Ganso é só mais um armador brasileiro. Ainda lhe falta velocidade, tranquilidade, menos vaidade e muita, muita experiência. É um maestro sem batuta. Só jogará por música quando parar de ouvir “Eu quero thcu, eu quero tcha” e passar a ouvir música de verdade.


Assim como Pato, Ganso vem tendo muitas lesões e está em uma fase pouco produtiva em seu clube. Vê seu “lugar” na seleção muito bem ocupado atualmente por Oscar. Está definitivamente ameaçado (que bom), assim ele pode correr atrás do tempo perdido e mostrar que merece vestir a “amarelada”. Apesar das oportunidades em propagandas, suas seguidas declarações sem fundamentos geraram polêmicas envolvendo sua transferência para outros clubes e prejudicaram sua imagem, que já não era tão carismática. Falta-lhe muito chão e sabedoria. Talvez, se soubesse trabalhar sua imagem como deveria, seria ainda melhor “maquiado”.

 Enquanto Ganso ouvir o “Tchu tcha tcha”, romântico nunca se tornará. Enquanto Pato for manchete por fazer coração com a mão e namorar, artilheiro do amor e novo Vagner Love virará. Enquanto esses ovos de aves não chocarem (nos dois sentidos) e continuarem a correr atrás das galinhas, decepcionado o ainda esperançoso ficará e campeão o Brasil nunca será. Desculpe os amantes dos dois, mas a verdade (ou ilusão, leia como preferir) tem que ser dita. Quem sabe achamos coisa melhor em outra granja.


3 comentários:

  1. Os dois Patos são fruto da imprensa fantasiosa que erradamente endeusa bons jogadores na ânsia de criarem novos fenômenos

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  2. Os dois Patos são fruto da imprensa fantasiosa que erradamente endeusa bons jogadores na ânsia de criarem novos fenômenos

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  3. Alexandre Pato mesmo com a lingua presa só quer saber de pegar as gostosas! uhsuhahuahsuahshashuas O Ganso é uma piada!

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