Wanderley não é craque, longe disso, diria até que é caneleiro e que lhe falta muita (!) técnica, entretanto, o atacante rubro-negro vem cativando a todos por sua raça em campo e o amor que aparenta ter à camisa que veste quando entra nas quatro linhas. O menino treina duro e se esforça durante os jogos, corre, tenta, erra, tenta de novo, erra de novo, mas quando acerta, comemora cada gol como se fosse o último, como se fosse o derradeiro e decisivo, como se fosse de placa. Corre por toda a extensão do estádio - não importa qual seja -, em um incansável frenesi de alegria inesgotável.
Como seria possível não gostar de ter no time um rapaz que joga com sangue nos olhos, que joga cada partida como se fosse a mais importante de sua vida? Wanderley e sua raça estão entrando para o já famoso hall de atacantes flamenguistas que não eram grandes coisas com a bola no pé, mas que viraram queridinhos da torcida, entre eles: Fio Maravilha, Charles Guerreiro e, mais recentemente, Obina. O jovem Wanderley dá uma lição a todos e mostra que mesmo em meio a uma constelação de craques, basta dedicação para brilhar, afinal, como diria Einstein, o único lugar em que sucesso vem antes de trabalho, é no dicionário.
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