quinta-feira, 17 de março de 2011

Raça, amor e paixão


O Flamengo entrou em campo ontem pela Copa do Brasil, no Castelão, contra o Fortaleza. O rubro-negro venceu, mas não convenceu, a partida teve direito a golaço de Renato Abreu e boa atuação do "coadjuvante" de Ronaldinho, Thiago Neves, que sacramentaram a vitória por 3 a 0 e colocaram o time da Gávea nas oitavas de final da competição. Porém, o personagem dessa crônica não é nenhum dos atletas supracitados. É um menino que chegou desacreditado, sem muita importância em meio às aquisições milionárias que pintaram no clube, mas que com muito trabalho e perseverança, vem se destacando positivamente: o nome dele, é Wanderley.



Wanderley não é craque, longe disso, diria até que é caneleiro e que lhe falta muita (!) técnica, entretanto, o atacante rubro-negro vem cativando a todos por sua raça em campo e o amor que aparenta ter à camisa que veste quando entra nas quatro linhas. O menino treina duro e se esforça durante os jogos, corre, tenta, erra, tenta de novo, erra de novo, mas quando acerta, comemora cada gol como se fosse o último, como se fosse o derradeiro e decisivo, como se fosse de placa. Corre por toda a extensão do estádio - não importa qual seja -, em um incansável frenesi de alegria inesgotável.
Como seria possível não gostar de ter no time um rapaz que joga com sangue nos olhos, que joga cada partida como se fosse a mais importante de sua vida? Wanderley e sua raça estão entrando para o já famoso hall de atacantes flamenguistas que não eram grandes coisas com a bola no pé, mas que viraram queridinhos da torcida, entre eles: Fio Maravilha, Charles Guerreiro e, mais recentemente, Obina. O jovem Wanderley dá uma lição a todos e mostra que mesmo em meio a uma constelação de craques, basta dedicação para brilhar, afinal, como diria Einstein, o único lugar em que sucesso vem antes de trabalho, é no dicionário.

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