quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O Momento feliz - onde está?


  No dia 20 de Junho de 1970, véspera da final da Copa do Mundo de futebol do México, Carlos Drummond de Andrade publicou no outrora glorioso Jornal do Brasil:

O Momento Feliz

Com o arremesso das feras
e o cálculo das formigas
a Seleção avança
negaceia
recua
envolve.
É longe e em mim.

Sou o estádio Jalisco, triturado
de chuteiras, a grama sofredora
a bola mosqueada e caprichosa.
Assistir? Não assisto. Estou jogando.
No baralho de gestos, na maranha
na contusão da coxa
na dor do gol perdido
na volta do relógio e na linha de sombra
que vai crescendo e esse tento não vem
ou vem mas é contrário... e se renova
em lenta lesma de replay.
Eu não merecia ser varado
por esse tiro frouxo e sem destino.
Meus onze atletas
são onze meninos fustigados
por um deus fútil que comanda a sorte.
É preciso lutar contra o deus fútil,
fazer tudo de novo: formiguinha
rasgando seu caminho na espessura
do cimento do muro.

Então crescem os homens. Cada um
é toda a luta, sério. E é todo arte.
Uma geometria astuciosa
aérea, musical, de corpos sábios
a se entenderem, membros polifônicos
de um corpo só, belo e suado. Rio,
rio de dor feliz, recompensada
com Tostão a criar e Jair terminando
a fecunda jogada.

É gooooooooool na garganta florida
rouca exausta, gol no peito meu aberto
gol na minha rua nos terraços
nos bares nas bandeiras nos morteiros
gol
na girandolarruagem das girândolas
gol
na chuva de papeizinhos picados celebrando
por conta própria no ar: cada papel,
riso de dança distribuído
pelo país inteiro em festa de abraçar
e beijar e cantar
é gol legal é gol natal é gol de me e sol.

Ninguém me prende mais, jogo por mil
jogo em Pelé o sempre rei republicano
o povo feito atleta na poesia
do jogo mágico.
Sou Rivelino, a lâmina do nome
cobrando, fina, a falta.
Sou Clodoaldo rima de Everaldo.
Sou Brito e sua viva cabeçada,
com Gérson e Piazza me acrescento
de forças novas. Com orgulho certo
me faço capitão Carlos Alberto.
Félix, defendo e abarco
em meu abraço a bola e salvo o arco.

Como foi que esquentou assim o jogo?
Que energias dobradas afloram
do banco de reservas interiores?
Um rio passa em mim ou sou o mar atlântico
passando pela cancha e se espraiando
por toda minha gente reunida
num só vídeo, infinito, num ser único?

De repente o Brasil ficou unido
contente de existir, trocando a morte
o ódio, a pobreza, a doença, o atraso triste
por um momento puro de grandeza
e afirmação no esporte.
Vencer com honra e graça
com toda beleza e humildade
é ser maduro e merecer a vida,
ato de criação, ato de amor.
A Zagalo, zagal prudente,
e a seus homens de campo e bastidor
fica devendo a minha gente
este minuto de felicidade.


Com o presente, Drummond, qualquer semelhança...

...é inexistente.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Idolatrando

  Acordei e me deparei com Senna. Poderia ser domingo de glória, mas era nostalgia em dia de semana, nas férias. Tenho vinte anos, facilitando para você, nasci em 1991. Não tenho memória sobre Ayrton, mas tenho saudade. É estranho mesmo.

  Só para terminar a recomendação, assim como "Dois filhos de Francisco", todo Brasileiro deve assistir "Senna" - eu não me canso de assistir. A ficha cai diante do mundo sujo do esporte, das personalidades obcecadas pelo máximo, dos momentos ruins vividos pelo ser humano e refazendo seus momentos de herói.

  O que mais me tocou foi o contexto social do heroísmo do nosso eterno piloto. Um país miserável, humilhado, sem motivo para acreditar em si. Vem um sujeito que já nascera bem e faz o hino brasileiro tocar. Exibe a bandeira com orgulho. Vence, vence, convence sempre.

  O talento, aliado a inteligência, simpatia e a espontaneidade permitida aos pilotos daquele tempo tornou Ayrton Senna um dos grandes ídolos do esporte mundial e o maior ídolo extra-futebol que já tivemos, um feito e tanto considerando nosso mundinho canarinho.


  Certa vez, a publicação semanal do Lance! fez uma matéria - de capa - sobre o Guga. O motivo era, em decorrência de alguma data, o nosso manezinho ser o maior nome fora-bola que o esporte já produzira por aqui... com toda minha admiração e com todo respeito a Kuerten, ele está muito abaixo do eterno rival de Prost. Arrisco colocá-lo apenas - se tanto - abaixo de Pelé.

  O que faz nascer um ídolo assim é algo ainda sem comprovação científica, apenas teorias. Maria Esther Bueno fez muito,  também pelo tênis. Cielo já é nosso maior nadador... mas tem nomes e rostos que não emplacam.


  Queiramos ou não, o marketing propôs e está colocando Neymar neste seleto hall. Alguma coisa não parece se encaixar. Ou por você está tudo certo? Assim seremos lembrados?

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Amor à distância










Uma vez Jimmy Page, grande guitarrista da banda Led Zeppelin, declarou amor a sua guitarra como se declara a uma mulher. Ele passou bons momentos em sua companhia e, mais do que isso, é quem é, hoje, graças a esse amor.

Com os times de futebol, o amor não é diferente. Constantemente vemos torcedores fanáticos que amam seus times como se ama uma pessoa. Há uma personificação do clube amado. O time é tudo para eles e, quando este está mal, também o estão. Isso é normal. Anormal, talvez, seja classificar esse amor doentio como algo aceitável e corriqueiro, mas isso acontece e não é raro encontrar esses torcedores.

Mas será que Jimmy Page e esses torcedores devotos manteriam seu amor declarado a sua guitarra ou seu time de futebol quando este está a quilômetros de distância?

Com uma mulher, o amor se mantém. Não há tempo que mude sentimento tamanho. Não há distância que apague o que se sente por uma mulher, ainda mais com as facilidades de comunicação de um mundo moderno.

Quando a amada está longe, realmente longe, você tem saudade, tem medo, fica preocupado, sente dor. Você quer, acima de tudo, que o tempo voe para tê-la em seus braços novamente. Mas a paixão permanece. A voz dela, ao telefone, te acalma. Uma foto ou conversa por web cam, a traz para perto, mesmo que virtualmente. Quem gosta de verdade, dá um jeito de fazer funcionar, não importam as barreiras.

E no futebol? É difícil imaginar um amor - no sentido mais forte da palavra - por um clube de futebol quando não se pode ir ao estádio, quando não se pode sentir a emoção e a vibração dos outros amantes, expressando o mesmo que você tem a dizer em uma sintonia sentida, porém inexplicável.

Para Jimmy Page, a guitarra é igual uma mulher e, provavelmente, hoje, ele viveria muito bem com seu amor distante. E o time de futebol? É igual uma mulher? Um amigo meu uma vez disse, um dia antes de se mudar para a Espanha, que não sentiria saudades de seu tão amado clube, o Flamengo. Fiquei tão surpreso ao ouvir aquilo de um dos flamenguistas mais apaixonados que já conheci. E olha que é difícil classificar isso. Mais tarde, pensando, entendi que o vínculo que ele criou ultrapassava o físico e presencial. Ele levaria desde então, não importa onde estivesse, aquele sentimento dentro dele. Assim como Forrest Gump levou Jenny, o amor de sua vida, por todas as suas viagens e fantasias solitárias.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Quem se consagra

  Poucas vezes o mundo esperou tanto por um duelo. O duelo foi sonhado e agora será vivido. O grande confronto esportivo - ou, ao menos, futebolístico - do século XXI terá início às 8h30min deste domingo e a taça em disputa poderia levar outro nome: consagração.

  Muitos já colocam o time do Barcelona como um dos melhores de todos os tempos. Uma equipe que forma grande parte dos jogadores do seu elenco e que não tem barreiras ou xavões boleiros, como a necessidade de definição de um esquema tático, a presença de um centro-avante ou uma defesa forte para ganhar tantos títulos seguidos. O Barça não tem nada disso. E é, hoje, referência sem ser copiável. Como parar o Barcelona? As atuações ou os títulos em série? Outro título mundial, tão pouco tempo depois do último - 2009 - nos levará a debatermos não mais se este time catalão está entre os melhores da história, mas que outras equipes são tão vitoriosas quanto esta. Isto é consagração.

  Do outro lado do título está Neymar. Sim, ele está. Ou alguém acredita que uma boa exibição do Santos pode ter o menino dos milhões em um mal dia? Pois é. Assim como Edmundo em 1997, porém com muito mais bola, pancadas, cabelo e marketing, um jogador, atuando pelas bandas de cá se candidatou a melhor do mundo. Desta vez, o sujeito foi aceito na lista. E está sendo aceito mundo afora. É talento muitas vezes dito, pouca idade e já muitos títulos no curriculum. Levantar aquela taça vai arrepender muitos dos que não votaram no moicano-boy para ficar entre os três primeiros. Ganhando, Neymar vai tirar onda. Vai se consagrar.

  Mas... e se empatar? E se for para os pênaltis?

  Dois lados disputam o nome na história. No futuro, olharemos com ressalvas. Mas, nos livros, o consagrado não terá poréns.

  Se fazem questão de um palpite: Barcelona 3 x 0 Santos.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vai e vem. Mas alguns ficam.



  Todo final de ano são as especulações que tomam conta do período de férias. Elas agitam o mercado e fazem os clubes ficarem conturbados. Os empresários caçam lugar para seus clientes, plantam notícias, fazem a famosa ''cavada'', jogam para a torcida, fazem o que for para garantir um ano novo de prosperidade. O que der, deu. O clube que se resolva depois. Os jornais, mais preocupados com as vendas, noticiam de antemão, o que acaba inchando as páginas de boatos e rumores. Resumindo, dezembro e janeiro são os meses perfeitos para vender jornal, pois o torcedor está ansioso por novidades, já que o futebol anda parado e ele não tem o tão desejado programa de domingo à tarde.


  Apesar das constantes troca de elenco - e de treinadores, diga-se de passagem - parece que alguns jogadores irão manter eternamente o seu lugarzinho em suas equipes, mesmo que seja no banco. Sem perspectiva de titularidade em outro clube de ponta, priorizam a reserva e deixam de lado a visibilidade no mercado e a continuidade no trabalho, prejudicando o ritmo de jogo. (Sim, essa frase foi à la Tite!)

  Na minha opinião, o caso que melhor exemplica este pensamento é Fierro, atleta do Flamengo. Atleta pois eu não consigo definir sua posição e função no grupo. Meia, volante ou lateral? Testado em todas, não convenceu em nenhuma. Coringa é aquele que sabe fazer mais de uma função com alguma técnica, pode ser aquele quebra-galho mas Fierro só faz isso por falta de opção. Em um elenco recheado de jovens é mais prudente para o técnico confiar num jogador experiente e de seleção. É, seleção! Ainda não descobri o que ele tem feito para merecer constantes convocações. Para alguém que desde que foi contratado não demonstrou para o que veio, um lugar no banco do time mais popular do Brasil e uma vaguinha na seleção de seu país, não está nada mal!


  Outro que não podia ser esquecido é Alessandro. Querido pelos grupos e pelas diretorias e comissões técnicas que passaram por General Severiano ao longo do tempo que está no clube, o lateral vai se encaminhando para mais um ano de Botafogo. Renegado pela torcida, que pede sua saída, tem em seu currículo título brasileiro, convocação para a seleção brasileira e mais de 200 jogos com a camisa de um dos 12 clubes mais importantes do país. Com alto salário, em fim de carreira e na reserva terá vida tranquila em 2012, caso permaneça no elenco. A comodidade é um dos mais graves problemas para um jogador de futebol e o clube a que ele pertence. Não me refiro exclusivamente ao lateral, vale para todos, clubes e jogadores. Temos que querer mais, buscar mais e penso que foi isso que faltou para o Botafogo ter maiores conquistas em 2011. Questão a ser mudada com urgência.

  Figurinha fácil recentemente na mídia, Victor Ramos, zagueiro (?) do Vasco, tem aparecido mais pela sua vida fora de campo. O relacionamento com a panicat Nicole Bahls repercute nos sites e programas de fofoca, porém as atuações com a camisa cruz-maltina não são lembradas em programas esportivos. Não há como o torcedor vascaíno saber quem é Victor Ramos se o Victor Ramos não joga. Se não me engano, não foram nem cinco partidas pela equipe. Dedé foi o craque do campeonato, sem dúvidas, mas precisa de companhia. Renato Silva está longe de ser confiável, e os outros reservas...Ah, é melhor deixar pra lá. Victor tem tudo para confirmar a fama de conquistador -de acordo com o próprio, pretende ficar no clube em 2012 e garantir sua vaga no time titular-, mas dessa vez que seja os corações do torcedores!



  Por fim, faço uma aposta. Martinuccio, atacante do Fluminense, deve permancer em 2012. Contratado com fama de craque e após toda uma turbulenta negociação que envolveu uma briga acirrada com o Palmeiras, o destaque do Peñarol não fez jus ao investimento. Atuações apagadas e sempre entrando no segundo tempo despertaram a desconfiança tricolor. Abel chegou a escalar Rafael Moura, outro centro-avante, para jogar com Fred. Rafael Sóbis ganhou o lugar no time titular merecidamente. Até Matheus Carvalho, promessa da base vem roubando o lugar de Martinuccio no banco tricolor. Experiente em Libertadores, espera-se a sua contribuição ao grupo. Mas, mais do que isso, a torcida, a comissão técnica, diretoria e a patrocinadora -sempre bom lembrar né- esperam por atuações que relembrem o futebol que motivou o empenho do clube para sua vinda.

  O bom momento financeiro do Brasil e consequentemente dos clubes, permite contratos mais extensos e salários mais altos. Com isso fica difícil encontrar alguém que esteja dando bobeira por aí. Talvez seja por isso que jogadores que não gozam de tanto prestígio e técnica ainda façam parte dos elencos. A falta de qualidade acaba valorizando por baixo. O que importa é quantidade.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Rotineiras lições do óbvio e a explicação da decepção

  Impressionante e relevante são dois adjetivos que deveriam ser mais presentes no vocabulário de dirigentes do futebol. É impressionante ver como as coisas se repetem. Os filmes passam mais que “A lagoa azul” na Sessão da tarde. Mudam apenas personagens. Cartolas, emblemas, cores, jogadores. Pode não ser tão simples agir no mundo boleiro, porém, o que é evidente é relevante, certamente.

  Quando e por que razão foi o Corinthians campeão? Primeiro eu cito algumas coisas e vocês digam se há erro: elenco com peças de reposição à altura, quase sempre; investimento (nos últimos anos) na estrutura do clube; manutenção do treinador nos momentos de crise; acreditar que o trabalho da temporada anterior pode ser melhorado; manter a espinha dorsal do time.


  Quantas vezes você ouve e lê essas coisas? Rotineiramente?  Não há segredo, amigos. E não há possibilidade de injustiça – fora seguidos erros de arbitragem – em um campeonato por pontos corridos. Quem melhor levar o ano, levará o caneco.

  O grande vencedor do ano? Assim fez sua fama, o Vasco da Gama. Quando a equipe fazia um início de ano tenebroso, o homem-forte do futebol, Rodrigo Caetano, continuava a acreditar na equipe. Foi trocado o treinador sem-chão, alguns veteranos obsoletos foram substituídos por atletas com fome de serviço. O ano foi tendo sequência, o time opções. Cada vez mais opções, mesmo estranhas, mas boas opções. Outro grupo coeso. Outro clube recebendo investimentos há alguns anos. Do rebaixamento à glória, a consciente ascensão. Muito do certo é do Vasco também.

  Por outro lado...

  ...dificilmente a decepção não é explicável


  Começar afirmando: quem diz que a estrutura é primordial sentou com vontade esse ano. Cruzeiro? Furacão? Evidenciou-se uma brisa treinando há anos para ser rebaixada. Super-herói tem super-poderes. Quem faz milagre é o divino. Dessa vez não deu não é, Paulo Baier?

  O caso mineiro-azul é mole: para ter as contas aprovadas, o presidente teve que fazer dinheiro. Lembremos que o Cruzeiro vendeu Jonathan e Henrique – um dos melhores do país em suas respectivas posições – além de Thiago Ribeiro e a dispensa de Gilberto. Não há como esperar coisa grande de quem via em Leandro Guerreiro solução. Sim, Roger disse isso. Um time desmantelado, com o poder de criação nos pés de um Montillo com a cabeça longe e de um imprevisível namorado da Déborah Secco.


  Agora, o sempre surpreendente Botafogo. Vamos entender esse drama Freudiano. Depois de um 2010 em que lesões impediram a classificação à Libertadores, o time 2011 é preparado sem um patrocinador poderoso e logo no início tem a venda de um meia para a China. Convenhamos que quando Renato Cajá faz falta é porque a coisa não foi bem feita antes.

  Enfim. Loco pediu, Joel caiu. Caio Júnior chegou. Chegou e prometeu ir ao ataque. O presidente prometeu um time forte. Um forte – sem trocadilhos – patrocínio foi acertado. Então reforços chegaram. Encaixaram. Funcionaram. E, melhorando o time, acabaram por esconder as deficiências de um grupo em que nenhum lateral sabe marcar, além de Alessandro, que não sabe jogar, e sem reservas que funcionassem para meia e ataque. No sempre esperado momento de crise técnica, não houve muito o que fazer. Fazer cabe ao técnico. Inventou, merda falou, e fatalmente rodou. Rima podre? Rima minha.


  Mas foi isso. A crise nunca começa no estopim. O título nunca é ganho no gol final. O processo envolve sempre vários fatores. No final das contas, o vencedor mostrou ao mundo que a piada de seu vocabulário merece ser levada mais a sério. É preciso EQUILÍBRIO.

  Entra ano, sai ano, e as mesmas necessidades são ditas. Desta vez, mais uma vez, ficou evidente.

Conjunto nota 10?

  Fim de Campeonato, Corinthians campeão,com justiça ou não, e a atenção da segunda-feira foi voltada para a premiação dos melhores do Brasileirão 2012. Diferentemente dos outros anos, esta competição foi a bastante equilibrada, mas isso não quer dizer que tenha tido um alto nível. O Campeonato careceu de talentos individuais. Nesse ano o conjunto é que tirou nota 10. Clubes como Vasco da Gama - com o pior início de Campeonato Carioca - Figueirense - aquele que ninguém leva fé e não conhece os jogadores- e Botafogo - esse com um pouco de desapontamento na reta final- montaram bons conjuntos e fizeram bonito, supreendendo muita gente. Inclusive a mim.


  Antes da lista de indicados, existiam certas posições em que eu não conseguia eleger três candidatos. Após a premiação tive a certeza que o erro não era meu, mas sim da falta de boas opções. Quedas de rendimento, jogadores jogando mais com nome do que futebol, e aqueles que estavam lá por estarem em clubes de ponta. A seguir faço uma análise sobre cada um dos eleitos. Ela é pessoal, baseada exclusivamente na minha opinião. Você tem todo o direito de discordar!

Goleiro: Jéfferson

Mesmo sendo botafoguense, não concordei. Sim, ele fez um bom campeonato, mas não foi exuberante. Os seus concorrentes também não se destacaram tanto, O goleiro alvinegro ganhou pelo que fez em algumas partidas. Fernando Prass foi mais regular. Marcelo Lomba do Bahia, foi o melhor, porém não foi indicado.

Lateral-direito: Fágner

Em boas mãos. Não pude acompanhar tantos jogos do Figueirense assim para ver o tão elogiado Bruno, mas os jogos em que vi do Vasco, Fágner era o desafogo do time cruz-maltino, fez um bela dupla com Éder Luís e até trio, com a entrada de Allan. Ainda não entendo a presença de Mariano nessa indicação.

Zagueiro direito: Dedé


Sem discussões! Para mim, o craque do Campeonato. Prêmio facilitado pela falta de concorrência à altura.

Zagueiro esquerdo: Réver

Se destacou na arrancada final do Atlético - que parou na penúltima rodada. Não é, nem de longe, aquele zagueiro que passou pelo Grêmio. Sobre os concorrentes: Émerson do Coritiba manteve uma regularidade não muito empolgante e Leandro Castán se destacou pelos poucos gols sofridos com a defesa corintiana.

Lateral esquerdo: Cortês

A mais difícil de todas. Foram uma meia-dúzia de grandes atuações e olhe lá. Parece que a amarelinha pesou e ele sentiu. Queda de rendimento e protesto de quem antes o idolatrava. Juninho talvez não tenha ganho por não ter o peso da camisa. O prêmio deveria ir para Florianópolis, até porque Kléber do Internacional faz tempo que não mostra o futebol que encantou a todos no Corinthians.

Volante direita: Ralf

O título e a camisa falaram mais alto. Ralf é importante no esquema de Tite, mas não é mais jogador - e nem foi - do que seus concorrentes. Arouca, em terceiro lugar, é compreensível visto que não jogou muitas partidas por conta da Libertadores com o Santos, mas não premiar o ano da afirmação de Rômulo do Vasco foi no mínimo discutível. Com atuações seguras e leais - sempre bom lembrar - o jovem volante chegou a ser convocado por Mano Menezes e o seu rendimento continuou.

Volante esquerda: Paulinho

A concorrência tinha talento, mas pecou em grandes atuações. Se destacar no Palmeiras 2011, não é mérito. Ainda mais somente em bolas paradas. Marcos Assunção mesmo com seus preciosos gols e sua função tática às vezes modificada - sendo mais armador do que volante - não demonstrou tanta eficiência como Paulinho. Renato não foi decisivo, foi um bom jogador, com certeza o mais lúcido no time desesperado e atordoado do Botafogo. Nada a reclamar da eleição.

Meia direita: Diego Souza

Posição mais inconstante. Lucas brilhou nas dez primeiras rodadas, Deco nas dez últimas - junto com Fred - e Diego Souza brilhou ao todo em mais ou menos dez. Acredito que o vencedor foi escolhido pela posição que seu clube terminou e pelos jogos que decidiu. Tratando-se de regularidade, empate técnico.

Meia esquerda: Ronaldinho Gaúcho
A maior injustiça da premiação. Sempre fui fã do dentuço, o que ele faz com a bola me impressiona. Foi incrível em uma sequência invicta do Flamengo. E só. No fim, o Cara do Flamengo era Thiago Neves. No clássico, onde se esperava a sua genialidade, se escondeu. Agora, o que falar de Montillo? Disposição e muita paciência pra jogar em uma equipe esfacelada como a do Cruzeiro 2011. Meio campo pobre, com três volantes - os de hoje não sabem sair para o jogo - e atacantes nulos. Matou um leão por jogo, mesmo passando por problemas pessoais. Além de craque, um exemplo de profissionalismo. Sofreu esse ano, assim como toda a torcida cruzeirense. Merecedor do prêmio pelo futebol e regularidade.

Atacante 1: Neymar

Os eleitos não tinham características semelhantes, foram encaixados na lista. E mesmo se tivessem, ele ganharia. O comentário é para a falta de critério: Osvaldo do Ceará e William do Corinthians mereciam a premiação para segundo e terceiro lugar, respectivamente.

Atacante 2: Fred

Decisivo. Falta a continuidade, tão sonhada pelos tricolores. Borges teve regularidade, mas não o peso que Fred tem para a sua equipe. O atacante do Peixe é coadjuvante, Fred é o principal e ganhou nas atuações de gala e plasticidade dos seus gols. Loco Abreu marcou presença pela importância que tem dentro de sua equipe. Leandro Damião em seu lugar é discutível.

Técnico: Ricardo Gomes/Cristóvão Borges
Merecido por não deixar os jogadores relaxarem. Mantiveram a seriedade do trabalho. O emocional também contou.

Revelação: Wellington Nem

Mostrou bom futebol, se o Figueirense chegou tão perto da vaga inédita para a Libertadores, muito se deve ao jovem de 19 anos. O desafio para Wellington agora é vencer a desconfiança daqueles que acreditam que existem jogadores que só atuam em clubes médios e pequenos. O ano de 2012 pode ser o da afirmação da jóia com a camisa do Fluminense, de onde volta de empréstimo. A torcida o aguarda cheia de expectativa.

Espero que a competição continue a cada ano mais acirrada. Em 2012 teremos três clubes do Nordeste e vai ser bonito ver o povo da região lotando o estádio. Quanto aos jogadores, torço para que permaneçam e elevem um pouco mais o nível da maior paixão do brasileiro.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Eu quero ver gol


   Gol. Nenhuma outra palavra resume a semana (até mesmo o ano) dos três atuais melhores jogadores do mundo, tão bem. Partimos do número um: Lionel Messi.

   Com os três gols diante do Viktória Plzén, o argentino ultrapassou marca de 200 gols com a camisa azul-grená. Porém, seu favoritismo para ganhar o prêmio de melhor do mundo já não é o mesmo de antes. Com Cristiano Ronaldo, do eterno rival do Barcelona, deixando para trás seu lado individualista e ''firuleiro'' dos tempos de Manchester United e tornando-se muito mais objetivo e goleador.

   Messi passou a ser mais exigido, disputando com o português as artilharias e os títulos do Espanhol e da Liga dos Campeões a cada rodada. Cristiano por sinal, chegou nesta quarta a 100 gols pelos merengues em menos de três temporadas. Parece que o gajo amadureceu, chamou a responsabilidade de ser o principal jogador de um país que já depositou toda sua confiança em monstros como Eusébio e Luís Figo (esse um pouco menos, evitemos comparações), e é o principal jogador de um dos clubes mais influentes do mundo e sua vida particular já não é tão noticiada como outrora.

   Argentina e Portugal têm algo em comum. A proximidade com o Brasil é conhecida, seja para o lado irmão ou ''hermano'' ou para a rivalidade futebolística. E essa provável rivalidade no fim do ano tem nome: Neymar. A grande esperança do futebol brasileiro, tem um ano magnífico. Campeão Paulista, Sulamericano Sub-20 e da Libertadores, o menino da vila já contabiliza mais de 60 jogos no ano e está próximo de atingir 100 gols na carreira. Isto sem falar nas jogadas de genialidade, muitas delas terminadas no fundo das redes. Em alguns momentos a jóia santista ainda demonstra imaturidade, vista em Cristiano Ronaldo no passado, mas o talento sobra e Neymar consegue render.

   Ainda tem a evoluir, não acho que para isso uma transferência seja essencial. O Brasil hoje conta com grandes jogadores - de nível de seleção inclusive - e paga bem, além da proximidade da família, vida brasileira com praia, amigos e festas.

   Afinal, aqui se joga o campeonato mais disputado do mundo e é na Libertadores que ele aprenderá as malícias do futebol.

   Seja amarelinha ou branca a camisa não pesa. Apesar do corpo franzino, nem as pancadas de cada jogo o fazem parar. Torço para que ganhe o prêmio e entre para a história do futebol mundial.

   E claro, torço para que muitos gols venham por aí.

sábado, 29 de outubro de 2011

Cariocas de bola cheia


Nunca antes na história do Brasileiro dos pontos corridos, os quatro grandes do Rio ficaram tão próximos na luta pelo título. A sete rodadas do fim, o mais perto do céu é o líder Vasco, campeão da Copa do Brasil, vaga já garantida na Libertadores do próximo ano. Soma 57 pontos, dois a mais do que o Corinthians. O Botafogo, apesar da derrota para o Avaí (3 a 2) no sábado, mantém-se em terceiro, com 52, mesma pontuação do Flamengo. O Fluminense, outro que perdeu na rodada (2 a 0 para o Atlético-MG), também teve ferimentos leves: segue em quinto, à frente de São Paulo e Internacional. Enquanto os matemáticos refazem as chances de título — 52%, 8%, 4% e 2%, respectivamente, contra 33% do vice-líder paulistano —, os torcedores testam a fé na reta final do campeonato e os analistas discutem as razões desse "fenômeno".

Alguns consideram que a hegenomia paulista nos últimos anos, especialmente do São Paulo, começou a ser rompida em 2009, com a surpreendente arracanda do Flamengo de Andrade rumo ao sexto título brasileiro. No ano passado, o Fluminense de Muricy Ramalho repetiu a dose. Para Kleber Leite, ex-vice-presidente do Flamengo, o êxito indica melhor preparação dos times cariocas:

— A partir de 2005, o Flamengo deixou de brigar para não cair e começou a conquistar títulos. Isso em função de uma série de situações internas, sempre com muitos problemas, mas com gente competente em todas as áreas. Agora, a mesma coisa aconteceu dentro dos outros clubes.

O jornalista Eduardo Tironi, editor do diário esportivo "Lance!", percebe um progresso na gestão dos clubes cariocas. Segundo ele, Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo estão mais organizados e alinhados ao modelo de pontos corridos iniciado há oito anos:

— Os clubes estão com administrações mais profissionais. Alguns já têm CTs (centros de treinamento), os salários não atrasam mais. O profissionalismo está chegando ao Rio de Janeiro, e isso se reflete no desempenho.

O professor de Marketing Esportivo da PUC-Rio, Luiz Léo, tira o cartão amarelo. O especialista não reconhece evolução admistrativa e acha “surreal” os quatro disputarem o título:

— Eles vão contra a lógica — avalia — As gestões são amadoras e sem infraestrutura. A ascensão pode ser explicada pelo colapso de administrações tradicionais dos clubes do Sul, de Minas e de São Paulo, à excelção do Corinthians, que está bem, e o Santos, que está focado em outra competição (o Mundial de Clubes da Fifa, no fim do ano).

Tironi também identifica um declínio em gestões de clubes mineiros, ameaçados de rebaixamento, mas exclui desse declínio os grandes times paulistas. Na opinião do jornalista, observa-se a consolidação de uma hegemonia de Rio e São Paulo, proporcional às maiores concentrações de torcidas, de renda e de investimentos no futebol.

— Os clubes mineiros sofrem muito sem o Mineirão — acrescenta Tironi — Mas só estamos atentos à crise neste ano porque todos estão muito mal. A exceção é o Cruzeiro, porque o Atlético, em quase todos os anos, briga para não cair. E o América, quando sobe, desce novamente com rapidez.

Para Kléber Leite, a recuparação conjunta dos times do Rio é uma "coincidência cronológica" que resulta dos trabalhos desenvolvidos fora de campo:

— O Maurício Assumpção (presidente do Botafogo) deixou o marketing do clube muito ativo, além de ter uma sensibilidade incrível na montagem dos times. O Roberto Dinamite e o José Hamilton Mandarino, no Vasco, contrataram pessoas que ajudassem no desenvolvimento do futebol. E o Fluminense, apesar de criticado por alguns, tem uma parceria esportivamente vencedora. Esses fatores fizeram com que os times voltassem a sonhar com títulos.

Uma coisa é certa: com as emoções desse campeonato, nada melhor que a taça permaneça na cidade maravilhosa para coroar o bom futebol do Rio.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Bem dosado


   Essa é uma grande banda atual. Quem conhece, já ouviu falar, mas nunca parou para ouvir, deve começar. Para quem gosta de um rock bem enérgico e ao mesmo tempo um som mais experimental, os Arctic Monkeys são a pedida perfeita. É bem dosado. Dos quatro álbuns lançados até hoje, você consegue ir da vontade de pular incessantemente em um show deles, até querer um momento mais reflexivo e “degustador” em conforto caseiro.                                                         Podem não ser os melhores instrumentistas, mas arranjam com total excelência. Fazem o que a música pede. O riff certo de guitarra no momento certo. Um solo nem sempre tão virtuoso, mas que se encaixa perfeitamente à música. Um riff criativo de baixo que passa a ser notado durante toda a música, segurando muito bem. Uma bateria violentamente enérgica sempre com grande utilização do chimbau. O vocal nervoso e potente em um grande refrão ou passagem.


   Ao vivo fazem a diferença. A energia é claramente visível. Se perceberem, as melhores e maiores bandas são sempre assim, executam um desempenho ao vivo melhor que gravado. Graças em parte ao grande frontman Alex Turner. O cara realmente faz a diferença. Escreve com grande aptidão a ironias e opiniões próprias sobre o que vê no cotidiano inglês e americano. Alex utiliza-se de metáforas sempre bem elaboradas e um pouco nonsense. Mas afinal, sempre tem um sentido, pelo menos para quem escreve.

   

   Quando o assunto é relacionamento, quase sempre escreve em terceira pessoa sobre “um cara” que perdeu a garota por diversos motivos e por não ter feito o que deveria. É quase sempre um desabafo, um questionamento ou uma difamação sobre alguém que ele parece estar diretamente falando. Diversidade de sonoridade mais uma grande performance ao vivo, um grande frontman e letras bem elaboradas só poderiam resultar em uma coisa: uma grande banda de rock ‘n’ roll.


   Para realmente facilitar a vida de vocês poucos que leem isso e nunca tiveram a coragem de baixar seus álbuns e ouvirem seus sons, deixo aqui, já "mastigado", o link para os quatro álbuns deles. Segue abaixo do vídeo. Desse jeito é fácil demais, meu amigo.

                  "That's all Folks!" ou em bom português: "Por hoje é só, pessoal!"


                                                                                 http://www.4shared.com/file/rbfn5aJm/Favourite_Worst_Nightmare__200.html


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Blue Moon no céu 2

   Já há tempos eu queria escrever sobre o Manchester City, mas hoje, com a goleada histórica de 6 a 1 sobre o rival Manchester United em Old Trafford, não tive como evitar. Do jogo, tudo já foi dito e explicado, dessa vez faremos um resumo da atual situação  do time do sheik Khaldoon Al Mubarak. É com certeza um candidato ao título inglês. Com nove jogos, o City já venceu oito e empatou uma só vez num total de 33 gols marcados. Um início de torneio brilhante para um time que apenas foi favorito ao título do torneio nos últimos anos antes da temporada começar. Agora as chances são reais.

   O atual campeão da Copa da Inglaterra trouxe para a temporada 2011/2012 grandes nomes em ascensão.  Um deles é o excelente lateral-esquerdo Gaël Clichy, que veio do Arsenal e preenche no time uma posição outrora carente. Outro é o meia francês Samir Nasri, que também veio do Arsenal e não é mais uma promessa, tendo lugar cativo nos azuis de Manchester. Mas as grandes contratações da temporada até agora são o Bósnio Edin Dzeko, que já marcou seis gols e o argentino Sergio Agüero, que já conta com oito gols no torneio, atrás apenas de Wayne Rooney.

   O time mais rico do mundo e liderado pelo polêmico técnico Roberto Mancini está no caminho certo, mesmo não tendo um excelente início no dito “grupo da morte” da Liga dos Campeões da Europa. O forte elenco conta com outros nomes de peso como Mário Balotelli, David Silva, Kolo Touré, Yaya Touré, Nigel de Jong, Hargreaves e Gareth Barry. Além de Carlitos Tévez, que já não se pode mais afirmar se está ou não no time devido às últimas polêmicas envolvendo seu nome. Os Citizens (ou Blues) vêm dando muito orgulho aos convencidos ex-Oasis Noel e Liam Gallagher, torcedores do time. Com razão.

domingo, 23 de outubro de 2011

Blue Moon no céu

  Bem disse Mauro Cezar Pereira, da ESPN: "temos um novo grande no campeonato inglês!" E não poderia ser diferente. Num final de semana (que ainda não terminou) em que tivemos hat-trick de Prince Boateng e de Cristiano Ronaldo - com gol de coice deste último - e vitória de dois times da zona-da-degola contra aspirantes ao título abrindo a reta final do Campeonato Brasileiro, o time azul de Manchester goleou sonoramente o maior rival.

  Manchester United x Manchester City fizeram um jogo cheio de apostos. O pré-jogo já anunciava um pacto entre as duas torcidas contra Carlitos Tevez, que, provando ser o mala que é, nunca mais será bem-visto na cidade, pela forma errada e ofensiva que afirmou querer deixar o City e a cidade de Manchester. Eram esperadas - mas não estiveram presentes - caçambas de lixo, para que torcedores vermelhos e azuis despejassem suas camisas com referências ao argentino.

  Outro fator foi o personagem de oposição à Tevez. O também polêmico-problemático Mario Balotelli foi bancado pelo técnico Roberto Mancini e começou como titular. Assim, fez um primeiro gol de quem conhece o caminho das redes. Um toque sutil e a camisa levantada: " Por que sempre eu?" perguntava, sem comemorar muito, o italiano.

  O jogo continuava e o sheik via seu time impenetrável. Um United com supervalorizados Young e Welbeck só conseguia chutar de fora da área, sem perigo.


  No início da segunda etapa, Evans foi expulso e os azuis apenas confirmaram o que já era visto no sorriso do torcedor. Uma equipe jogando à Barcelona. Milner, Barry, Silva... todos jogando muita bola. E só foram vistos golaços. Seis golaços. Até gol de patela, o primeiro do suplente Edin Dzeko. Fletcher ainda descontou com um belo gol.

  Se você não viu, acredite. O Manchester City venceu o United por 6 a 1, em Old Trafford. O aglomerado de feras se transforma em equipe. Defesa forte, opções fartas para o banco, e um toque de bola que nos anima para um futuro encontro com os famosos da Catalunha.


  Na Premier League, bem... o rival não foi páreo. Restam Chelsea, e, com muito boa vontade, Liverpool e Arsenal, tentar parar a equipe Blue Moon rumo ao caneco.

  Usando clichê, "pintou o campeão".