quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Força Ricardo!


Uma rodada após sofrer um AVC, Ricardo Gomes recebe o carinho de torcidas e times de todo o país. Vasco e Ceará entraram em campo com faixas que traziam mensagens de apoio. Todos os jogadores se reuniram com o trio de arbitragem no centro do campo, onde fizeram uma oração pela melhora de Gomes.

Com a bola rolando o Vasco da Gama ganhou por 3x1, subiu para a segunda posição e mandou mais uma mensagem ao seu treinador, "estamos esperando no topo da tabela".


O Botafogo, que ganhou do palmeiras também por 3x1 e agora está em terceiro lugar, entrou em campo com o nome de Ricardo em todos os uniformes. Em jogo emocionante e com vários gols, ainda foram vistas, na arquibancada, cartazes e faixas com palavras de força e compaixão de uma torcida adversária.

No estádio do morumbi jogavam São Paulo e Fluminense. Antes do jogo que terminou com a vitória do time carioca por 2x1 a mensagem "forçaricardogomes" apareceu no placar eletrônico.
Desejo de melhoras de um time ao seu ex-técnico.

Outro time paulista que mandou boas vibrações ao internado foi o Corinthians. Em noite que ganhou no sufoco por 3x2 do Grêmio a equipe entrou em campo com os dizeres #forçaricardogomes em suas camisas.

Essas e outras exibições rechaçam a atitude absurda tomada por uma pequena parte da torcida do Flamego durante o clássico contra o Vasco. Essa minoria da enorme nação rubro-negra que gritou "Ah, vai morrer", durante o atendimento ao treinador, recebe aqui o exemplo de solidariedade que devia ter tido durante o jogo.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Pena do Galo!


  O que torna um clube vencedor? Boa estrutura? Elenco recheado de bons jogadores? Profissionais de alto nível? Dinheiro para contratar e investir? Apoio da torcida? Todas essas perguntas são respondidas positivamente quando se trata de Atlético/MG. Nenhum comentarista ou entendendor de futebol conseguiu explicar o que acontece com o alvinegro mineiro nos últimos anos e não serei eu que darei a resposta esclarecedora.

  Ano após ano a montagem do elenco é feita com a contratação de jogadores renomados junto com jovens promissores, apesar de não terem grande destaque como Neymar,Ganso e cia. A manutenção das instalações é feita e aliado a isso a chegada de grandes treinadores e suas comissões técnicas enche o torcedor de expectativa no início do ano.


  Mas porque esse clube não funciona na prática? Tenho para mim que é um efeito dominó. O clube investe pesado em jogadores que a grande parte da torcida não sabe como está, a maioria das contratações não rende o esperado e a responsabilidade cai sobre os mais novos. Inexperientes, os jovens tendem a se encolher diante da falta de bons resultados e o potencial não aflora. Os maus resultados culminam na demissão do treinador. A chegada de um novo comandante deveria dar uma chacoalhada no ambiente do grupo, mas o técnico precisa conhecer suas peças, isso requer tempo, o que ele não tem. Aí recorre novamente as contratações e inicia novamente o ciclo.

  Alguns clubes passam pelo mesmo processo que o Galo. Porém, não sofrem a mesma pressão, ocasionada muito pelo sucesso do arquirival Cruzeiro, pela carência de títulos e a sequência de fracassos. Somado a isso, existe a sempre presente colocação na metade debaixo da tabela.

  Ainda há tempo para uma solução?


  Este ano a vinda de Cuca ocorreu em má hora. Cuca tem o perfil de comandante que não se encaixa ao momento do Atlético/MG, sendo desequilibrado emocionalmente nas horas decisivas. Vale lembrar que Cuca é famoso por ''tirar leite de pedra''. Ele já fez times desacreditados surpreenderem. O grande desafio é transformar o espírito da equipe, pois o torcedor faz sua parte comparecendo aos jogos, entretanto já não se vê a gana de vitórias nos olhos dos jogadores que literalmente entregam os pontos antes do apito final.

  Assim como o mascote do time, está faltando acordar cedo e dedicar-se mais para cantar alto.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Nosso sonho ainda não terminou

  É sabido que funk e preconceito caminham lado a lado. É comum atribuirmos rótulos àqueles que admiram a cultura oriunda das favelas e comunidades do Rio de Janeiro. Está certo que o funk hoje, se tornou algo muito mais banalizado, perdendo conteúdo e se apoiando em batidas e em termos que de uma certa forma acabam grudando na cabeça do ouvinte.


  Diferenciados, não só nas composições mas em toda a conduta que mantiveram durante toda a carreira, Claudinho & Buchecha marcaram época e são responsáveis por ótimas lembranças. O carisma sempre foi fundamental para a adoração do público e junto a isso sempre estiveram coreografias, até certo ponto sem relação com a letra mas que acabaram pegando. O tão famoso ''tchururu'' vinha sempre acompanhado de uma dança pra lá de esquisita, que você aí com certeza já dançou. Em ''Quero te Encontrar'' era normal ouvir um barulinho com a boca no refrão.


  Algumas de suas músicas foram feitas instantaneamente, dentro do estúdio, enquanto gravavam outras. O resultado são canções que falam de amor, consequentemente de mulheres, da vida simples e do Rio de Janeiro, lembrado quase sempre pelas citações aos bairros e municípios. O funk deles tinha uma batida diferente, mais leve, as letras eram apropriadas para as crianças, até os adultos nas festinhas arriscavam um passo ou outro para acompanhar.


  Quando se critica o funk atual, faz-se referência a dupla e outros artistas do périodo como Bob Rum e Mc Marcinho. Talvez de alguma forma Claudinho & Buchecha ainda sirvam de inspiração para quem inicia no mundo do funk. Independente do que se consome e faz sucesso hoje em dia, o que fizeram fica para sempre na memória de todos que acompanharam a trajetória desde a vida humilde em São Gonçalo até shows fora do Brasil, como Japão e EUA. E sempre acreditar que os nossos não vão terminar.

PS: Exaltemos as obras e os bons momentos, mesmo com a dor de uma grande perda.

Arsenal declara falência

Que fase, Arsenal! Assim como a virada do Flamengo em cima do Santos no Brasileiro foi a consolidação da boa época do time, essa surra é a consolidação da tempestade que acontece em Londres.

Desde quando o Arsenal está em declínio? Ninguém nem lembra mais. Fase é apelido. Quem não acompanha o futebol internacional deve estar achando um exagero de um torcedor passional que não sabe perder. Ou então está achando que é um exagero de um torcedor passional que não saber perder o capitão. Que nada, tem nem um pingo de Gunner dentro de mim, isso é tudo verdade.

O último título foi a Premier League de 03/04 - na qual foi campeão invicto, vale lembrar. Isso é bastante para um dos maiores vencedores do futebol mundial. Verdade que muitos grandes clubes já passaram por boas fases que não resultaram em campeonatos, mas isso junto com a falta de vitórias significativas e a falta de vontade da torcida e dos jogadores mostra a nuvem negra.

Alguns jogam a culpa no Emirates. Para quem não sabe (ou não lembra) até a temporada 06/07 a casa era o Arsenal Stadium, ou Highbury por causa do bairro onde era localizado, e os gunners ainda não tomaram o novo estádio como seu. Fazendo uma má comparação, é como o Engenhão para os não-botafoguenses durante a reforma do Maracanã: os torcedores até vão ao estádio, mas não é a “casa“ deles. A diferença é que o Highbury já foi até destruído, agora não tem mais volta e os fãs terão que aprender a amar o Emirates Stadium.

Outros jogam a culpa no fato de não ter nenhum mestre dentro das 4 linhas. Contratar novos talentos ao invés de craques já formados é algo admirável, mas a liderança e a maturidade faz falta no jogo. Talvez se tivesse um a equipe não se abalaria tanto e perdesse o rumo nas partidas. A famosa amarelado do Arsenal, e que foi exatamente o que aconteceu contra o United depois do pênalti perdido.

Outros jogam a culpa no Wenger, outros na saída do Fàbregas - e esquecem que o time já estava mal antes de sua ida para o Barcelona -, outros no departamento médico, que não deve ser muito bom se você pensar que ele está sempre lotado de jogadores lesionados. Outros até acham que jogaram uma praga forte e isso tudo é maldição.

Para mim é isso tudo junto. Até galinha acho que mataram. Mas o importante agora é sair da crise. Como? Isso é problema pro pessoal lá em Londres. Só não adianta continuar amarelando. E por falar em amarelo, será que não seria o caso de trazer o antigo segundo uniforme de volta? Podiam zoar, mas o azul também não deu muita sorte.


FORÇA, RICARDO GOMES!

Em nome de toda a equipe do blog, desejo melhoras ao técnico do Vasco. Esse não é o momento para rivalidades. Nós estamos torcendo para que ele tenha uma ótima recuperação.

sábado, 27 de agosto de 2011

Males que vêm para o bem. Ou não.


  E agora, José? O que será do basquete mundial? Sim, porque o basquete mundial tinha seu epicentro nos Estados Unidos.

  Locaute. Fim de festa. Os caras lá estão de pirraça financeira. Em outras palavras, a união e a grande organização dos jogadores ianques (de várias modalidades) não os deixam reféns dos patrões. Sem acordo, sem dinheiro para ninguém.

  Uma pena para nós, amantes da bola laranja, dessa liga extraordinária que é a NBA... ou era?

  Pois é, esses novos tempos devem fazer com que reflitamos: além do "quem está certo", "quem está errado". É importante que pensemos sobre o que nos aguarda daqui para frente. Futuro obscuro? Caminhos abertos de vez para novos mercados? A liga americana sobrevive? Novos astros poderão nascer em países sem tradição?

  Não há como ter certeza de nada, mas o feeling do blogueiro é de que a crise (mais uma americana, senta Tio Sam!) vai perdurar por muito tempo. Tempo suficiente para outras ligas crescerem e se tornarem atraentes. Talvez seja o melhor pro esporte também.
  A essa altura do texto já não há mais especulação, existe a torcida para que isso realmente aconteça, e por mais que quando o locaute cessar Leandrinho tenha que voltar do Flamengo, Kobe Bryant da China, portas estarão escancaradas, o mundo vai descobrir que o basquete turco é forte, que o basquete da Lituânia é muito bom, que a Argentina pode crescer demais. Mais um importante passo para que cada nação descubra que talentos brutos nascem em todos lugares, basta querer lapidar.

  Seria muito legal ter Steve Nash no pelas bandas de cá também, certamente os rivais cariocas iriam querer montar times a altura. Ter um Dwayne Wade na Austrália, um Lebron James no fim do mundo... enfim, talvez seja um passo para trás. Mas que certamente resultaria em muitos passos no sentido do desenvolvimento do esporte pelo mundo.
  Ao invés de uma liga absoluta, um planeta disputando campeonatos nacionais de nível semelhante, com estrelas espalhadas por essa biosfera. Seria muito legal.

  Eu quero. Eu apoio. Eu acredito.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Um dos grandes heróis

     Mais um genial. Mais um que teve uma juventude difícil e soube se expressar em forma de arte. Praticamente inventou uma nova arte. Sendo mais específico, um gênero musical. Bob Marley transformou o ska jamaicano em algo mais lento, um ritmo suave e relaxante, o reggae. Nele vieram canções de manifesto social, caráter positivo, amor ao próximo e acima de tudo, canções que exaltavam o movimento Rastafári, que foi difundido no mundo graças a Marley.


     Em outras palavras, era um pacifista, como John Lennon, mas que também exaltava a religião. Para muitos, um herói. Era grande, um pensador. A maior estrela que o terceiro mundo já teve. Um imenso orgulho para as pobres Jamaica e África, as quais ele tanto amava. O legado de Bob Marley continua e continuará a influenciar milhares de jovens no mundo por muitas décadas. 


     Suas maiores canções são: Get Up Stand Up, Waiting in Vain, Stir It Up, I Shot The Sheriff, Is This Love, Jamming, Bad Boys, One Love/ People Get Ready, Three Little Birds, No Woman no Cry, Redemption Song, Could You Be Loved, War, Turn Your Lights Down Low, Positive Vibrations, Sun is Shining, Buffalo Soldier, Concrete Jungle, Lively up Yourself, Roots, Rock, Reggae, No More Trouble e Exodus.


     Bob Marley foi um ser humano que, acima de tudo, soube valorizar e priorizar a importância de ajudar ao próximo, não compartilhar de egoísmo, viver em função do coletivo e do pensamento. Viveu para ser um líder, ser diferente, ousado, inovador, corajoso, ter ideias, cantar o amor, pensar e ser um herói.


“Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais.”
“Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.”
“Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer.”
“Não ligo que me olhem da cabeça aos pés, porque nunca farão minha cabeça e nunca chegarão aos meus pés.”
“Se Deus criou as pessoas para amar e as coisas para usar, por que amamos as coisas e usamos as pessoas?”
“Eles dizem que o sol brilha para todos, mas para algumas pessoas no mundo ele nunca brilha.”
“Todos caem, mas apenas os fracos continuam no chão.”
“Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos.”
Obs: Não sou palmeirense, apenas acho essa imagem legal.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Setlist Agonizante 6

     Composição de Chico Buarque do álbum de trilhas sonoras Quando o Carnaval Chegar, de 1972. Narra a trajetória de um ambulante que vive pela estrada sobrevivendo da arte, da música e do circo. Essa versão em especial me agrada muito por contar com a presença de uma das melhores cantoras da MPB atual, Roberta Sá. O vídeo foi retirado de seu DVD "Pra Se Ter Alegria". Sua voz faz dispensar todos os outros instrumentos que acompanham a versão original. Apenas com um violão e duas vozes, a versão atinge um alto nível de bom gosto e boa sonoridade.


     Música do super álbum Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, de 2006. A grande energia é o que faz a música. Energia que acontece devido à sensacional melodia rápida sem intervalos cantada por Alex Turner acompanhada da simples e grande linha de baixo. Os backing vocals na segunda etapa, os riffs de Jamie Cook acompanhando a voz, riffs do refrão e a pegada final são apenas complementos que fazem dessa música, uma das melhores dos Arctic Monkeys.


     Belíssima composição de Gilberto Gil para sua ex-mulher Sandra Gadelha. Drão é o apelido de Sandra dado por Maria Bethânia. A letra consiste de uma fina poesia sobre a separação dos dois, tendo como base o amor e o desamor. Na versão do Acústico MTV Gilberto Gil, a flauta que acompanha o riff de violão complementa ainda mais a canção. Destaque para as passagens: "O amor da gente é como um grão, uma semente de ilusão, tem que morrer pra germinar" e "Quem poderá fazer aquele amor morrer? Se o amor é como um grão. Morre, nasce trigo. Vive, morre pão." Há também uma versão com acompanhamento de acordeom ao fundo que vale a pena conferir: http://www.youtube.com/watch?v=vQGw97w54Do&feature=player_embedded


     Rock dos bons. O The Police é conhecido por suas pegadas mais jamaicanas com presença de dubs e contratempos. Mas como bons ingleses que são, nunca deixaram o rock de lado. Essa música expressa muito bem isso. Tem até uma pegada um pouco punk, por ser guitarra, bateria e bateria fazendo o "feijão com arroz". E como em From the Ritz to the Rubble dos Arctic Monkeys, um fator que sempre pode melhorar a música, é a energia. E energia essa música tem de sobra. A bateria de Stewart Copeland nessa música é fundamental para tal fator.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O passado, o presente e o medo

  Enfim, a crise chegou no seu auge. Tanto se falou que nas categorias de base estão aparecendo mais defensores para serem vendidos, tanto se percebeu a mudança de característica do jogo dos clubes, qual não foi a crítica pela falta de talento da seleção brasileira na última Copa.

  Faltou opção, agora não há nem titular...

  A lógica - se ela realmente existe - colocaria, de forma até óbvia, Ronaldinho e Kaká armando a seleção. Por suas razões, eles não são mais soluções. Ordens de cima e chegou Mano Menezes. Ponderado, positivista, ofensivo, e o mundo acreditando. Renovação...

  Paulo Henrique Ganso, nome certo para armar o time, foi esperado e decepcionou. Philipe Coutinho parece que ainda não madurou, Douglas não foi perdoado pelo erro fatal contra a Argentina, Hernanes quis imitar Anderson Silva e alimentou a sina que o persegue. Jádson provou... que pouco pode oferecer, Fernandinho... bem, já dá para perceber que a lista é grande e tende a crescer. A crise silenciosa que atacava a seleção aos poucos, hoje nos deixa sem ataque. A seleção não possui uma jogada sequer!


  O mais agravante de tudo são as circunstâncias. No momento em que não temos um centro-avante consagrado (Luís Fabiano ou Adriano) a disposição, o mundo já está mais do que acostumado com apenas um homem na armação - lembre-se que nosso último título mundial foi conquistado com três beques e um só meia: Ronaldinho. Além disso, a moda de jogar com pontas voltou. Como óbvia consequência no futebol moderno, aliado  ao fato de as seleções terem pouco tempo para treinos, não há entrosamento e nossos jogadores perigosos ficam afastados da área.

  O sinal de alerta está aceso. Mais do que isso, se fechar, pode não reabrir e teremos que enfrentar mais 24 anos de fila, até ganharmos ao estilo Parreira. Desespero? Precipitação? Olhem para o futuro. Procurem meias nas seleções de base.

  Como disse certa vez a atriz Regina Duarte: eu tenho medo!

domingo, 14 de agosto de 2011

Parabéns Pra Você!

O Botafogo completou na última quinta feira 107 anos de vida. A comemoração aconteceu ontem no Engenhão, com show da escola de samba Imperatriz Leopoldinense e com um jogo que fez valer o preço do ingresso. Teve de tudo! De um placar adverso no início do jogo, passando por uma suposta lesão do grande ídolo, chegando num vitória emocionante e o brilho de uma jovem promessa.

O jogo

Era dia de festa, então todos queriam festejar e nada mais apropriado do que jogar em casa contra o último (e traiçoeiro) colocado, o América-MG. O Glorioso vinha embalado, Loco Abreu tinha voltado em grande estilo, Antônio Carlos buscava seu 50° gol na carreira, Cortês vivia grande fase, a torcida compareceu (foram 13 mil presentes, nada mal para um sábado a noite, horário com pior média de público), tudo conspirava a favor. Mas...

Logo aos dois minutos, em uma falha bisonha de Marcelo Mattos, Alessandro abriu o placar. O gol foi uma ducha de água fria no alvinegro. Aos 9, Marcelo Mattos (ele de novo) tentou antecipar uma bola na entrada da área, Rodriguinho foi mais esperto e saiu cara a cara com Jéfferson, que nada pode fazer: 2 x 0 América-MG. Minutos depois Loco Abreu teve a chance de descontar mas desperdiçou e sentiu dor. Não bastava o placar inesperado a referência da equipe sairia logo tão cedo? Mas ele continou para alívio da torcida, apesar de sua presença não ter sido muito notada. Porém, é sempre bom ter alguém de confiança lá na frente. Nitidamente nervoso, o Botafogo foi pra cima na base do abafa, lance de ''sorte'' seria bem-vindo, já que as jogadas de criatividade não apareciam. E ele veio. Elkeson recebeu de Maicosuel e chutou de fora da área, um golaço! Nota: Tenho minhas dúvidas se esse gol se repetirá. O primeiro tempo terminou com o Botafogo na pressão e o América-MG explorando os contra-ataques. Para a minha surpresa o time saiu aplaudido, que bom!


Era de se esperar que os primeiros 15 minutos fossem alucinantes, com o alvinegro indo pra cima com tudo. A tática dessa vez foi a calma. Muitos toques, o time rodando, procurando espaços e esperando uma boa oportunidade pra marcar, sem afobação. Herrera, com dor na garganta, foi sacado para a entrada de Alex. Começava ali a grande virada da partida!

Alex, que não conta com o mesmo prestígio que Caio, em seu primeiro lance bateu forte e arrancou o escanteio. Na cobrança, Antônio Carlos enfim igualou o jogo. Gol número 50 da carreira do zagueiro-artilheiro. O Coelho se encolheu e o Botafogo cresceu. Cresceu e criou oportunidades. Mas o gol tinha que, de certa forma, calar a minha boca, ser dele, Alex. Sempre achei que Caio Jr. mexia mal na equipe. Ontem pensei o mesmo, sem saber que Herrera sentia dores de garganta. A vitória? Coloca na conta do chefe. A jovem promessa recebeu, deu um corte seco e bateu forte para virar. A virada trouxe tranquilidade ao time, passando a trocar passes com cautela e sem tomar perigo do adversário. Deu tempo ainda de Cidinho, outra mudança de Harry Potter, sofrer um pênalti maroto. Confiante, Alex pediu pra bater e anotou seu quarto gol no Brasileirão. Festa da torcida, 4x2. Aniversário do clube, presente para a torcida.


O placar não condiz com a realidade, o jogo foi duro e o Glorioso sofreu, mas o torcedor alvinegro está mais do que acostumado com vitórias assim.

Em Goiânia...

Neymar e cia. seguem acumulando uma sequência incrível de maus resultados. Teve a vitória magra sobre o Ceará, mas um time que tem um dos melhores técnicos do Brasil e conta com elenco fortíssimo para brigar pelo título não pode bobear dessa maneira. Está na hora de acordar, molecada!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Os convencidos com razão

     O Oasis foi a melhor banda inglesa dos anos 90, ponto final. Se o Nirvana foi o causador do movimento musical americano Grunge, o Oasis foi o causador do movimento inglês entitulado Britpop. TODOS seus álbuns são recheados de singles e grandes composições. TODOS. Desde o grande álbum de estreia Definitely Maybe até Dig Out Your Soul. Eu não tenho palavras para descrever de como gosto dessa banda. As melodias são sempre muito bem elaboradas. "São as sequências perfeitas de notas para se cantar executadas em um determinada sucessão de acordes ou arranjo". É, gostei. Essa pode ser a definição de melodias do Oasis em um dicionário musical.


     Soa como os Beatles, eu sei. Mas há algo mais. Não se pode apenas compará-los e assim tirar os créditos dos revoltados irmãos de Manchester. Eles são incríveis, assim como Lennon e McCartney. E para os que dizem que eles não dão certo pelas brigas e tudo mais, vocês estão enganados. Eles funcionam (ou funcionavam, escolha o tempo verbal que preferir) justamente por isso. Há quem diga não ouvir Oasis em virtude dos irmãos Gallagher serem metidos demais. Eu também pensava assim no início. Apenas um preconceito infantil. Não se pode julgar uma banda somente pelas atitudes de seus integrantes. Sem nem ao menos ouvir uma pequena parte de seu trabalho. Com o tempo você passa a achar que as brigas são o tempero da coisa. E é! Vale a pena começar a ouvir não apenas Wonderwall.


     Há também quem diga que Oasis não é rock e prefere se exaustar a ouvir bandas pequenas de rock e blues atuais e antigas. Por ser mais cult e menos pop. Dizem que as melodias e solos são previsíveis, músicas parecidas e essas coisas. Falar é fácil, quero ver fazer. Não são apenas 2 a 4 álbuns como essas bandas. São 7 álbuns e 3 coletâneas. São singles e mais singles no topo e mais de 50 milhões de álbuns vendidos no mundo todo. São inspirações para Skank, Cachorro Grande, Arctic Monkeys, Coldplay, Jet e Maroon 5. São incansáveis shows em estádios e casas de espetáculos sempre lotados. Isso é o Oasis.


    Gostar do Oasis é não prefeir Liam a Noel ou vice-versa. É também ouvir Beady Eye e Noel Gallagher solo. É conhecer todos os intergrantes e não só os frontmans. É saber cantar Live Forever até o final. É se emocionar ao ouvir Let There Be Love e Masterplan. É por muitas vezes achar que a música repete muito (é verdade, como em All Around The World). É saber que as mãos de Liam têm alergia ao microfone e por isso ficam escondidas em suas costas. É saber interpretar o refrão de Acquiesce (amor entre os irmãos). É saber que a introdução de Don't Look Back In Anger é igual à de Imagine. Que Rock'n'Roll Star e Supersonic ficam na cabeça pra sempre e que Wonderwall é um saco, mas depois de um tempo volta a ser legal (ou não).


     Para saber e entender mais dessa banda magnífica, leia esse post do Blog A Day In The Life: http://www.adayinthelife.com.br/2010/04/05/guest-post-por-que-o-oasis-e-a-melhor-banda-de-todos-os-tempos/ e baixe esses dois discos:

Definitely Maybe (1994):

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Esqueceram de mim

     Em tempos que o futebol brasileiro tenta encontrar uma solução para a volta do chamado ''futebol arte'', com jogadas geniais, dribles desconcertantes e muitos gols, temos por hábito criticarmos negativamente aqueles que não se encaixam nesse perfil. É sabido por todos que atualmente prima-se pelo vigor físico do que pelo talento individual. A carência de craques é relacionada a partidas onde prevalecem a marcação, as jogadas divididas e consequentemente poucas chances de gol. Hoje um jogador faz 5 gols e já é elevado ao posto de ídolo, exaltado pela torcida e mídia, mesmo tendo qualidade duvidosa. Porque não fazemos isso com os volantes, aqueles que ''carregam o piano'' muitas vezes, por exemplo? Está certo que raras vezes chegam ao ataque, criam jogadas ou marcam gols, mas possuem função essencial e que é ''esquecida'' pela maioria. Vejamos alguns exemplos.


     O mais famoso deles deve ser Willians do Flamengo. Fazendo excelente campanha desde 2009, ano em que roubou mais de 120 bolas, Willians passa tranquilidade aos rubro-negros e confiança a Thiago Neves, Ronaldinho e cia. Tem fôlego e disposição de dar inveja a muitos. É o volante chamada ''carrapato''. Flamengo sendo atacado? Pode procurar que ele estará na cola de alguém, ''mordendo'' como sempre. Willians chegou a ser questionado pela quantidade de passes errados, mas ninguém descarta sua utilidade ao time, que é líder do Brasileirão invicto, provando assim que tem lá sua participação. Titular absoluto, já me incomoda vê-lo de vermelho e preto, uma camisa amarelinha caíria bem!

     No vice-líder, Corinthians, Ralf se destaca em um time muito ofensivo, que joga com 3 atacantes, 1 meia criativo e 1 volante que sai muito pro jogo. Com muitos desarmes e poucas faltas, Ralf foi ''recompensado'' com a renovação de contrato e a convocação para a Seleção. Vindo de um clube pequeno paulista e com a missão de substituir Cristian, que foi para a Turquia, o Pit-Ralf parece não ter sentido o peso da responsabilidade e agarrou a oportunidade, assumindo a titularidade e tomando conta do meio-de-campo defensivo.


     No Santos, o Santástico, recheado de craques, alguém tem que segurar a barra de um time com tantos jogadores com características ofensivas e que não se preocupam tanto em ''ajudar'' a defesa. Em 2010 essa função foi única e exclusiva de Arouca, que jogava centralizado dando velocidade as saídas de bola. Com o Santos quase que os 90 minutos no ataque, a defesa não sofría tanto. Mesmo assim os jogos eram repletos de gols, tanto para um lado quanto para o outro. Em 2011, Arouca passou a ter a companhia de Adriano (Você o conhece?). Peça fundamental na Libertadores, porém ofuscada pelo brilho de Neymar, Adriano deu consistência defensiva ao time. Na competição continental a equipe tomou poucos gols com Muricy, obviamente todo o crédito não vai para Adriano, mas que ele teve grande participação não se pode negar.

     Por fim, daremos destaque também a um ''hermano'', porque não? Guiñazu, volante do Internacional, representa bem o entrosamento de equipes gaúchas com jogadores sulamericanos. O futebol do sul, tem por característica ser um jogo duro, bastante pegado, Guiñazu se encaixou como uma luva. A eficiência na marcação esbarra no excesso de faltas e de cartões, mesmo assim é figurinha constante nas partidas do Colorado.

     Não é raro acharmos exemplos que retratem um bom futebol de marcação, muitos destes são ídolos nos times, assim como aqueles tais atacantes mencionados no início do texto. Devemos parar de taxar jogadores com poucos recursos vistosos, podemos dizer assim, de ''cabeças de bagre'' e exaltar suas eficiências, pois num campeonato tão disputado torna-se imprescindível a manutenção de volantes.

sábado, 6 de agosto de 2011

Como avaliar um técnico?


  Já adianto que não pretendo e que provavelmente não responderei a pergunta-título. Mas a verdade é que sempre questiona-se, critica-se o trabalho e o valor do treinador de futebol, basquete, vôlei ou ginástica olímpica.

  Felipão é bom. Ganhou a Copa. Mourinho é bom. Ganhou quase tudo. Bernardinho é bom. Liderou a caminhada do país rumo ao topo do vôlei. Será que são os títulos que fazem um comandante ser considerado simplesmente bom ou ruim? Será que Cuca é tão ruim assim? Será que o fato de já ter tirado Goiás e Fluminense de rebaixamentos certos não lhe põe como um grande? Será que Maradona não tem jeito? E Dunga? Como classifiicá-lo? Dois títulos, resultados expressivos contra grandes seleções e o "fracasso" na África do Sul. Ele é bom? Promissor? Ruim? Muito ruim?

  Por vezes, a análise se contrapõe a fase do profissional: Luxemburgo foi tido como um dos melhores do mundo durante quase uma década, resultado de cinco campeonatos brasileiros conquistados. O tempo passou, seus troféus mais recentes são estaduais, e o querido Luxa não presta mais. Quem confia no homem? O time que comanda está invicto no campeonato, e seus créditos continuam lá em baixo...

  É, parceiro. É complicado. Que tal um exercício de reflexão: no brasileirão são 20 times, nos estaduais, normalmente um pouco menos. A Copa do Brasil então... mas vencedor é sempre um. Devemos então avaliar um técnico apenas por suas voltas olímpicas? Ou é o contrário? Bons são aqueles que sobrevivem na selva, que tiram leite de pedra com frequência, os salvadores da pátria, como Joel Santana. Ou não é nada disso, técnico merecedor de salário astronômico é só o Muricy, que papa tudo que vê pela frente? E o trabalho de longo prazo, existe? Com ele, Adílson se deu bem no Cruzeiro. Sem ele...


  Mano Meneses produziu grandes feitos, como o de ser o primeiro técnico eliminado da Libertadores, com o Corinthians, sem deixar um legado de crise para o resto do ano. Está na seleção, cometeu erros, acertos, tem suas preferências, foi eliminado da Copa América da forma como sabemos. Mano ficou ruim de uma hora para outra?

  Me desculpe pelo excesso de filosofia, mas são elas, as perguntas que nos fazem evoluir, e é com elas que devemos caminhar para opinarmos, pensarmos e afirmarmos quem deve ser o próximo "professor" do time para o qual cada um de nós torce...

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Setlist Agonizante 5

     Essa é uma música do disco Siderado, de 1998, e atende a uma sonoridade mais reggae e ska em relação às atuais músicas do Skank. A letra peculiar é o diferencial, que junto ao clipe, engraçado e bem produzido, dá um ar cômico à canção. Essa é uma versão remix que conta ao fundo com um sample da música Coming Up de Paul McCartney. Coisa boa do rock brasileiro dos anos 90!


     Single de 2011 dos Foo Fighters, Rope é uma música bem forte e envolvente. Conta com três guitarristas, sendo um deles o, ex-Foo Fighters e Nirvana, Pat Smear, que voltou para a banda recentemente. O clipe é simples, porém bastante inteligente e interessante com destaque ao jogo de luzes e silhuetas. O contratempo dos riffs com a bateria é algo que chama a atenção durante a música, o grande diferencial. Também vale a pena conferir eles tocando ao vivo no programa The Late Show de David Letterman. Aqui vai o link: http://www.youtube.com/watch?v=8xguUcTs5pQ

     Grande canção de reggae brasileiro do grupo Cidade Negra. Ótimas letra e melodia além de bastante suingue. Refrão bastante envolvente com fundo de órgão e ao fim pequenos ataques de metais. "Permita que o amor invada sua casa, coração!"


     Single pouco conhecido do Snow Patrol que considero minha favorita deles. Grande energia, forte refrão e backing vocals executado pelo baixista são os grandes destaques. De arranjo, nada muito além da base e pequenos riffs durante a segunda parte e finais do refrão.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Celebrare

  Artigo primeiro: beijarás o escudo da instituição na apresentação oficial.

  Artigo segundo: dirás que é uma honra defender tais cores e que algum parente - próximo ou distante - torce ferrenhamente para o clube e que por isso é um orgulho estar ali.
  Artigo terceiro: comemorarás todos os gols como o último, o mais importante; sempre em direção a torcida. Mostrarás disposição sempre e no momento em que a bola ultrapassar a linha do gol, irás balançar os braços até chegar ao ponto mais próximo do público.

  É, amigos. Todos esses itens são fictícios, nada disso existe. Mas para muita gente não é o que parece.

  Deixemos claro, então: os contratos assinados entre jogadores e clubes têm várias cláusulas. Porém, nenhuma delas difere da responsabilidade do clube com o profissional e - aqui chegamos - do profissional com o clube. O clube paga o jogador para que este esteja presente em todas as atividades do clube, que dedique sua vida profissional à uma instituição apenas. Treine segundo ordens, jogue quando convocado. Em momento nenhum, contrato algum, pelo que se tem notícia, rege como jogador deve ou não reagir depois de fazer gol.

  Assim como as comemorações estão cada vez mais criativas, os comentários, as criticas estão cada vez mais curiosas. Jogador já não tem o direito de não comemorar gol contra o time de coração. Agora, jogador grita, é contestado; dança, é crucificado.

  Digam-me vocês: qual o problema de o jogador não extravasar? Qual o problema de jogadores ensaiarem coreografia para "aparecerem na televisão"? Por estar, em tese, em má fase, Deivid recebeu cornetadas por não comemorar contra o time que lhe abriu portas, o Santos. A moda do João Sorrisão ganhou o mundo e tem gente que gosta, gente que não gosta.

  Caros, vivamos a democracia! Que cada um faça de seu gol a comemoração que melhor convir. Calado, Hiperativo, ensaiado, espontâneo, marrento ou não. O problema é do atleta. O que ele não pode é, por exemplo, tirar a camisa, e, possivelmente prejudicar sua equipe.

  Não dá para discutir o indiscutível, discutir se é certo ou errado algo que não cabe a ninguém, não é obrigação de ninguém. Aliás, contratos não dizem nem que é necessário fazer gols. No máximo, diz que haverá premiação por quantidade de gols marcados.

  Artigos primeiro, segundo e terceiro existem apenas para os querem que eles existam. Analisar comemoração é o fim da picada.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Amor, cinismo, internet e muito mais

  Os amantes da MPB foram agraciados no último sábado na cidade de Macaé, no Rio de Janeiro com o excelente show de Leoni. Conhecido por suas músicas românticas, o artista de 50 anos mostrou muito mais que isso na cidade que visita "mais que Brasília, por exemplo", segundo o próprio.


  Leoni é um dos músicos brasileiros que mais compreende as necessidades do mercado e que melhor utiliza a web a seu favor - sem questionar e choramingar prejuízos. Orkut, Facebook, Twitter e seu tão divulgado site (www.leoni.com.br) são maneiras de o artista se aproximar do público.

  "As cartas que eu não mando", do álbum "Você sabe o que eu quero dizer", de 2002, foi a segunda música do show:


  Não foram poucas as vezes que Leoni parou o show - entre uma música e outra. Porém, ao contrário do que possa se imaginar, nada que prejudicasse o espetáculo. Leoni conversava, explicava origem de músicas, contava histórias e com muita simpatia fazia sua propaganda. "Temporada das flores" já foi escolhida preferida em votação.


  Entre muitos outros sucessos, a tão amada "Como eu quero" não poderia faltar. O hit, da época do Kid Abelha, é definida pelo compositor como uma canção "cínica e egoísta". Entenda porque.


  Atendendo ao pedido de bis, o músico voltou e alertou: "quem estiver se separando bota a mão no ouvido (cantarolando) lá-lá-lá... já vi sair muita gente chorando do show!"


  Os fãs puderam ouvir muitos outros sucessos como "Educação sentimental", "A fórmula do amor", "Só pro meu prazer", "Lágrimas e Chuva", "Porque não eu?", "Garotos II" e deixou muitos na expectativa da volta desse grande artista.