segunda-feira, 28 de março de 2011

O esplendor da idolatria

  O fim de semana esportivo com muitas atrações e morno em emoções parecia ajeitar-se, preparar-se para o gran finale. Louvar um personagem, um ícone, em um feito simbólico...

  O nome do protagonista é Rogério. Seu time é o São Paulo Futebol Clube. Nos anos 1990, o então sucessor de Zetti no tricolor paulista aparecia para o cenário nacional como um bom goleiro e destacava-se pela técnica também com os pés.

  Rogério então é Ceni, e Ceni começa a batar suas faltinhas lá em 1997...

  Um baita goleiro, uma personalidade irrepreensível, futuro qualquer-coisa-que-quiser dentro de seu time do coração.



  Amadurecendo, evoluindo, e mais preciso nas bolas paradas. Faltas e pênaltis com percentual de acerto dos maiores do planeta. Ceni sabia, que pela posição em que jogava, não poderia errar. Amigo, ele não erra! No máximo, o vento diz que não é hora e tira a bola da rede... o paraguaio Chilavert ficou para trás, o maior goleiro-artilheiro de todos os tempos é brasileiro!

  Está certo que nosso protagonista é louvado como um Deus... certa calma nessa hora. Rogério Ceni sempre foi um goleiro top no país, mas seus carisma, seus dotes musicais, sua personalidade e esse detalhezinho do talento com os pés o tornam entidade para muitos, mesmo quando é notado que, debaixo das traves, às vezes o rendimento cai. Nada que ofusque-o. Sim! Sensacional, Ceni!

  Terceiro goleiro no pentacameponato de 2002, com a seleção, e guia do titular Dida, no trato da bola com os pés, no mundial de 2006. Realizou-se. Mas foi pelo São Paulo que as glórias vieram aos montes! Títulos, premiações, elogios, medalhas, respeito.

  O esplendor da idolatria.

  Domingo, 27 de março de 2011. Arena Barueri. O adversário? Não poderia ser outro: tal Corinthians. Sim, era hora do show! Era hora da festa! A caminhada em trote, o olhar concentrado, o Brasil inteiro torcendo por aquela calvice. Desligaram o som do estádio, os corações aceleraram simultanemente e aquela faltinha - mais uma - fez explodir o mundo. Aquela rotineira precisão e Rogério Mücke Ceni chega ao centésimo gol de sua muito mais que vitoriosa carreira.

  Rogério discursa, politiza, homenageia. Rogério faz, Rogério acontece. Rogério cumpre sem prometer, sem precisar prometer. E sem precisar e sem falar, promete: vem mais, vem sempre muito mais por aí!


2 comentários:

  1. O kra é sensacional! Que precisão em faltas! Torci muito pra ele acertar! CONSAGRAÇÃO de um mito! Rogério Ceni é um craque! Muito merecida todas homenagens!

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  2. E vem um tal de Ubirajara do mengão (que fez apenas um gol na carreia) e diz que o Rogério não faria gol nele e que a maioria dos gols que ele faz é por incompetência dos goleiros. Vai pra merda Ubirajara! (Se já não estiver)...

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