segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O passado, o presente e o medo

  Enfim, a crise chegou no seu auge. Tanto se falou que nas categorias de base estão aparecendo mais defensores para serem vendidos, tanto se percebeu a mudança de característica do jogo dos clubes, qual não foi a crítica pela falta de talento da seleção brasileira na última Copa.

  Faltou opção, agora não há nem titular...

  A lógica - se ela realmente existe - colocaria, de forma até óbvia, Ronaldinho e Kaká armando a seleção. Por suas razões, eles não são mais soluções. Ordens de cima e chegou Mano Menezes. Ponderado, positivista, ofensivo, e o mundo acreditando. Renovação...

  Paulo Henrique Ganso, nome certo para armar o time, foi esperado e decepcionou. Philipe Coutinho parece que ainda não madurou, Douglas não foi perdoado pelo erro fatal contra a Argentina, Hernanes quis imitar Anderson Silva e alimentou a sina que o persegue. Jádson provou... que pouco pode oferecer, Fernandinho... bem, já dá para perceber que a lista é grande e tende a crescer. A crise silenciosa que atacava a seleção aos poucos, hoje nos deixa sem ataque. A seleção não possui uma jogada sequer!


  O mais agravante de tudo são as circunstâncias. No momento em que não temos um centro-avante consagrado (Luís Fabiano ou Adriano) a disposição, o mundo já está mais do que acostumado com apenas um homem na armação - lembre-se que nosso último título mundial foi conquistado com três beques e um só meia: Ronaldinho. Além disso, a moda de jogar com pontas voltou. Como óbvia consequência no futebol moderno, aliado  ao fato de as seleções terem pouco tempo para treinos, não há entrosamento e nossos jogadores perigosos ficam afastados da área.

  O sinal de alerta está aceso. Mais do que isso, se fechar, pode não reabrir e teremos que enfrentar mais 24 anos de fila, até ganharmos ao estilo Parreira. Desespero? Precipitação? Olhem para o futuro. Procurem meias nas seleções de base.

  Como disse certa vez a atriz Regina Duarte: eu tenho medo!

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