segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Rafah: "Eu estou muito animado para retribuir todo esse carinho"

Cantando "O mundo é um moinho", de Cartola, Rafah
emocionou o público e fez o técnico Carlinhos Brown chorar
Mistério e muita expectativa são palavras do presente e do futuro de Rafah, de 30 anos. O participante da primeira edição da versão brasileira do The Voice emocionou o público cantando dois sambas consagrados. Nesta entrevista, concedida no fim do ano passado, ele deixa clara sua fé, fala sobre as novidades da carreira, a emocionada reação do público nas ruas e explica como trabalhar a música popular brasileira, e não só o samba, em sua imagem já ligada ao seu bairro de Vila Isabel.

O Agonizante: Certa vez, você falou que o The Voice seria um trampolim na sua carreira. Esse salto já aconteceu?
Rafah: Várias propostas já surgiram, mas a gente não pode especular porque não sabemos o que é certo. Mas, graças a Deus, propostas já surgiram. A gente está naquela fase de estudos. Como com Natal e Ano novo tudo para, a perspectiva está muito grande para que agora, em Janeiro, a gente já possa consolidar algumas coisas. Mas já aconteceram algumas coisas sim, muito boas por sinal.

OA: Então você, que é formado em radiologia e era entregador, já pode se garantir como cantor?
Rafah: Agora não é questão nem de garantia. É acreditar na oportunidade que foi dada, acreditar na benção de Deus na minha vida, e acreditar nesse caminho musical, nesse caminho que eu gosto de fazer. Na verdade eu não estou atuando nas entregas, mas meu carro ainda é utilizado. Uma pessoa trabalha comigo para que eu tenha tempo de resolver essa questão musical. Estou tendo um pouco mais de tempo, graças a Deus.

OA: Acompanhando os reality shows musicais, é bem comum que os participantes que saem no meio da competição tenham mais sucesso que o vencedor quando o programa termina. O que você acredita que seja mais importante para isso acontecer?
Rafah: O que foi mais importante para mim ali, para que tudo aconteça agora, foi ser comercial. Explorar a questão de um bom repertório, mas um repertório que todas as classes sociais pudessem entender a linguagem. Para mim, a receita de tudo isso é ter um trabalho sólido, feito com amor, e fazer o que você realmente gosta, o que é você, transmitir a verdade através do seu trabalho. Isso é comercial! Ali, em todo momento do programa, acredito que eu tenha sido muito intenso em tudo que eu fiz, e isso está repercutindo muito aqui fora, quando as pessoas me encontram e passam uma mensagem bacana de carinho.

OA: Como tem sido essa reação do público nas ruas?
Rafah: Eu estava falando isso com meu pai esses dias. Eu estou achando muito bacana, porque as pessoas não chegam para falar só da voz e sim de uma coisa muito mais intensa que eu não consigo explicar ainda. Chegam e me dão um abraço muito forte; pessoas que chegam com as mãos tremendo, ofegantes. É uma energia muito gigante. Até agora eu não consegui entender o que de fato explicaria ou definiria qualquer tipo de coisa. Mas eu acredito que não seja só a voz, deve ser algo mais que eu tenha passado ali, principalmente na apresentação do Cartola, que repercutiu de uma maneira muito gigantesca aqui fora. E eu estou, graças a Deus, recebendo muito carinho, muito apoio, muito incentivo para consolidar uma carreira, um trabalho. Eu estou muito animado para retribuir todo esse carinho que o povo está dando e já deu durante o programa e aqui fora também através das redes sociais.

Rafah durante a apresentação de "Todo azul do mar",
de Flávio Venturini e Ronaldo Bastos

OA: Você falou em estilo, em ser popular, em ser verdadeiro. Como alguém de Vila Isabel, é inevitável que a sua imagem esteja relacionada com o samba. Você pretende cantar somente samba ou música popular brasileira?
Rafah: Eu cresci ouvindo muitas coisas que a minha mãe já admirava. Cresci ouvindo – por incrível que pareça – Roberto Carlos, Marisa Monte, os primeiros discos da Ana Carolina, Zélia Duncan, Cazuza. Então a minha influência musical de criança foi muito voltada para a MPB. Existia uma divisão da MPB, do samba de raiz, do rock, enfim. Hoje, graças a Deus, a gente conseguiu unir tudo isso, e tudo se transformou em música popular brasileira. Eu admiro todos os estilos. Eu não queria ter que limitar esses estilos, já que eu, graças a deus, tenho facilidade de me adaptar, de me inserir dentro dos estilos. Ali no programa eu levei uma coisa que eu, realmente, fiz toda a minha vida, que foi cantar samba. Já tive vários grupos de pagode.   Mas também fiz parte de bandas ecléticas, bandas que fazem flashblack, cantei músicas que eu jamais imaginei cantar. Foram várias experiências na minha vida. No programa, realmente, o samba veio me acompanhando, e eu até agradeço por isso, fico muito feliz. Eu realmente sou do samba, sempre trabalhei com o samba. Mas também canto outras coisas. Provavelmente, o meu trabalho vai se resumir numa série de estilos, mas sem perder a minha identidade, sem perder a minha emoção.

Assista aqui a apresentação de "Não deixe o samba morrer" e, aqui, a apresentação de "O mundo é o moinho".

OA: Então eu posso entender que é uma carreira que vai seguir solo e popular, mas não só necessariamente com o samba?
Rafah: Devido a essa série de convites, eu confesso que estou vivendo um dilema. Mas é um dilema bom. Eu tenho pedido muito a Deus para que me ilumine, me dê discernimento para que eu faça a escolha certa. Eu confesso que eu estou numa fase de nem gostando muito de estar assim, de nem estar dormindo direito. Ando pensando demais e eu sou um cara que não costumo pensar muito para tomar minhas atitudes. Mas, graças ao programa e a tudo que aconteceu, vieram muitos convites, e convites bacanas, que estão me fazendo pensar. Eu ainda não cheguei a uma decisão, mas pode ser solo sim, pode ser só com samba. Eu recebi um convite que pode me levar para um lado mais eclético, de inserir todos esses estilos, pegando um público jovem, já é uma banda que já está no mercado, super popular, e eu recebi o convite de fazer parte dessa galera.

2 comentários:

  1. SHOW DE BOLA , ABRAÇO RAFAH VOCÊ MERECE !
    VLW MULEKEEEEEEEEEE

    ASS: WILLIAM

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  2. Acredito que essa banda seja o trio ternura? :O

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