sábado, 10 de setembro de 2011

A volta do patriota


  Semifinal da Copa do Mundo de Beach Soccer. O jogo é Brasil x Portugal. Certamente, o maior clássico da modalidade.

  Bruno Senna foi efetivado e faz seus primeiros treinos e corrida de Grande Prêmio como piloto oficial de um Lotus preto. Em Monza. A coincidente lembrança arrepia.

  Porém, apesar de tanto verde-amarelo, é no início da noite de hoje que o bicho pega. Tem início às 19h o momento de torcer. Nossos basqueteiros têm pela frente a República Dominicana. Quem ganhar, vai aos Jogos de Londres, no ano que vem. E faz tempo que a bola laranja não é motivo de encontro entre brasileiros e a tocha olímpica.

  Não é possível nem afirmar que "o basquete brasileiro vive o melhor momento desde...", pelo menos eu ainda não consigo olhar com tanto otimismo o cenário atual desse tão praticado esporte, em termos de estrutura, em nosso país. Há um amadorismo muito grande ainda e a liga nacional precisa convencer.
  A seleção surpreendeu pela campanha, depois dos nada surpreendentes pedidos de ausência de jogadores da NBA. Apesar da perda técnica, os que ficaram parecem ter crescido em inteligência e disposição. Muitos louros para Rubén Mangano, pois o óbvio, que não era visto nos campeonatos anteriores, foi executado: o jogo coletivo, a marcação forte, tudo o que é mais necessário em um jogo de basquetebol. Atuações irregulares, mas suficientes para vencer marcaram esta seleção até o épico - palavra da moda - encontro com os donos da casa, os favoritíssimos argentinos. Vencemos. Nesta quinta, atropelamos Porto Rico.

  Mesmo derrotada pela Rússia na última final, a muito vitoriosa seleção de vôlei já passou da fase do frenesi com a torcida. O automobilismo é cada vez mais uma esperança forçada dos patriotas verem-se felizes com ao menos uma vitória. No atletismo, as conquistas são raras e não provocam tanta comoção. Esperamos, no tênis, um novo Guga. Se dependermos de Belucci... No futebol está cada vez mais claro que, para a grande maioria das pessoas, em relação ao esquete canarinho, o clube do coração é prioridade absoluta.
  São muitos os dramas, muitos os motivos para aguardarmos ansiosos as sete horas da noite. O grande evento do final de semana. O jogo mais importante do esporte nacional nos últimos tempos. Isso sim, faz arrepiar novamente. Dá tanta vontade de ver a seleção. Faz emanar, tanto, o sentimento patriota. Tanto, e tanto tempo depois. Vamos lá, Brasil!

3 comentários:

  1. Bom texto, cara. Me faz pensar que tudo é da forma como queremos enxergar. Fato. Poderia fazer um texto completamente oposto e que, se bem escrito, faria as pessoas abaixarem a cabeça perante o esporte brasileiro. Mas já que, esse é o espírito, o patriotismo é que está na mídia, vá em frente. Eu só sou chato e gosto sempre de fazer um contra-ponto. Tem muita coisa errada, como você mesmo citou (de raspão, mas eu vi) e muito sensacionalismo também, porém acho que é mesmo a hora de torcer pelo país. É engraçado que seja pelo basquete, pois o futebol - nossa potência - saturou; os personagens nos irritam. No basquete, tudo é novo, qualquer coisa é superação e é nessas adversidades que o povo se projeta. Vamos lá!

    wwww.futebologiabrasil.blogspot.com

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  2. Valeu, Beto!!
    Tudo é novo porque nós, geração 90, não vivenciamos o basquete nacional. Por isso a volta deste sentimento!

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