segunda-feira, 4 de julho de 2011

Imortalizado na História

Darío Leonardo Conca. Esse é o nome que, por três temporadas, encheu o coração tricolor de orgulho e esperança. Graças a Conca, os mais novos aprenderam e os mais velhos se lembraram do que é ser Fluminense. A tradição, a raça e, principalmente, a fidalguia, voltaram a frequentar as Laranjeiras - tudo isso por conta de um argentino.

Conca é o maior ídolo tricolor dos últimos vinte anos. Sem exagero. Do céu ao inferno, do inferno ao céu, o meia sempre foi constante e presente. Desde a campanha épica na Libertadores, passando pela mágoa incurável de não ter conquistado a competição, até o quase rebaixamento no ano seguinte - conhecido como o "milagre tricolor" -, e, por fim, a conquista do Brasil, tendo exercido papel mais que fundamental.

O camisa 11 atravessou a metamorfose de um time desacreditado para um time de guerreiros e, consequentemente com o caminhar do tempo, um time de campeões. Alheio a todas as crises internas e mostrando que é em campo que se decide o jogo, Conca foi a mais primordial das peças para que o Brasil voltasse a ser colorido com verde, branco e grená. 38 jogos durante o brasileiro - todos eles com a presença do argentino. E uma presença decisiva, desafiadora, que chamava a responsabilidade. Líder de assistências na competição, artilheiro do time e eleito o craque da competição. Precisa falar mais?

A humildade e habilidade de Conca vão fazer falta. Não só ao Fluminense, mas ao futebol brasileiro como um todo. Jogadores que honram a camisa estão em escassez por aqui. Para a torcida tricolor, Conca será o eterno maestro de um time que não era nenhum primor técnico, mas que chegou lá com trabalho duro e muito esforço. Conca veio, viveu e venceu com a camisa 11 das Laranjeiras. E os gritos de "ole ole ole olá, Conca! Conca!" serão ecos distantes de um passado glorioso. Um passado que o meia ajudou a construir. Um passado que alçou o Flu a clube de ponta novamente.


Uma placa com o nome do argentino não seria pedir demais, para integrar a parede de recepção das Laranjeiras, com o seleto hall dos ídolos tricolores - entre eles Castilho, Pinheiro, Romerito, Valdo, Assis, Telê, Rivelino. Hall que recebeu de braços abertos Darío Leonardo Conca, que como seus antecessores supracitados, será imortalizado pelo tempo. À Conca, fica a gratidão da torcida, e que isso seja apenas um "até breve" e não um "adeus".

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