sexta-feira, 15 de julho de 2011

Fala Sério!

  Terminei de ler um livro hoje. Há meses tinha começado a leitura, mas faltou tempo e (sem desculpas) sobrou preguiça por vezes. Um livro que comprei com gosto. Talvez o único que eu comprei com tanto gosto. O post de hoje talvez fosse melhor em uma data representativa, mas não. As histórias não precisam ser arquivadas, assim penso. Não estou aqui fazendo propaganda do livro – ou, sem querer, estou também, foda-se. O livro é a biografia de um grande amigo de todos. Uma grande figura.

  Grande mesmo... Bussunda era o cara que reunia todas as características de um cara desprezado: gordo, feio, relaxado e etc. Mas não, foi ícone, ídolo, amigo, fez rir, fez chorar.


  Chorei. Sua morte provocou comoção nacional comparada a de Ayrton Senna. Ayrton Senna. E Cláudio Besserman Vianna era apenas um homorista do acaso. E como chorei. Chorei copiosamente, incontrolavelmente. Chorei de maneira mais intensa do que quando perdi minha irmã – sem comparações sentimentais, por favor. O amor fraternal é algo inexplicável e o vazio que sinto até hoje só eu sei. Mas o ato instintivo foi diferente. E Bussunda era a encarnação da alegria.

  Lembro de ter recebido a notícia no jornal de um domingo, fora de casa, de manhã cedo. A primeira notícia do dia. Inacreditável.

  Você pode estar se perguntando o que Bussunda tem a ver com o esporte ou onde está a música que o blog se comprometeu em sempre trazer aqui... tá, quantos não foram seus personagens esportivos? Quem não se lembra do Tabajara FC, de Marrentinho Carioca? Fala sério! E... música? Para ficar com um exemplo só, nosso amigo foi a imitação perfeita e odiada pelo imitado Tim Maia. Mas isso é só motivo. Bussunda é singular. Deu vontade, eu escrevi e você tá lendo.


  Bussunda. Apelido sem explicação e irrepreensível.

  O apelido mais perfeito. O presidente. O fenômeno. O cantor. Pai, amigo, líder de cabeças durante duas décadas extremamente influentes na cultura e política nacional. Nada mal para um gordo, feio, relaxado.

  Garoto-propaganda de cerveja, compositor de ônibus, caso quase-perdido de uma família de renome.


  Para mim, bastava o amigão; que fazia rir às terças, que simboliza a alegria. Que representa a vida como ela deve ser. Tranquila, zen. Relaxada.

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