terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vai e vem. Mas alguns ficam.



  Todo final de ano são as especulações que tomam conta do período de férias. Elas agitam o mercado e fazem os clubes ficarem conturbados. Os empresários caçam lugar para seus clientes, plantam notícias, fazem a famosa ''cavada'', jogam para a torcida, fazem o que for para garantir um ano novo de prosperidade. O que der, deu. O clube que se resolva depois. Os jornais, mais preocupados com as vendas, noticiam de antemão, o que acaba inchando as páginas de boatos e rumores. Resumindo, dezembro e janeiro são os meses perfeitos para vender jornal, pois o torcedor está ansioso por novidades, já que o futebol anda parado e ele não tem o tão desejado programa de domingo à tarde.


  Apesar das constantes troca de elenco - e de treinadores, diga-se de passagem - parece que alguns jogadores irão manter eternamente o seu lugarzinho em suas equipes, mesmo que seja no banco. Sem perspectiva de titularidade em outro clube de ponta, priorizam a reserva e deixam de lado a visibilidade no mercado e a continuidade no trabalho, prejudicando o ritmo de jogo. (Sim, essa frase foi à la Tite!)

  Na minha opinião, o caso que melhor exemplica este pensamento é Fierro, atleta do Flamengo. Atleta pois eu não consigo definir sua posição e função no grupo. Meia, volante ou lateral? Testado em todas, não convenceu em nenhuma. Coringa é aquele que sabe fazer mais de uma função com alguma técnica, pode ser aquele quebra-galho mas Fierro só faz isso por falta de opção. Em um elenco recheado de jovens é mais prudente para o técnico confiar num jogador experiente e de seleção. É, seleção! Ainda não descobri o que ele tem feito para merecer constantes convocações. Para alguém que desde que foi contratado não demonstrou para o que veio, um lugar no banco do time mais popular do Brasil e uma vaguinha na seleção de seu país, não está nada mal!


  Outro que não podia ser esquecido é Alessandro. Querido pelos grupos e pelas diretorias e comissões técnicas que passaram por General Severiano ao longo do tempo que está no clube, o lateral vai se encaminhando para mais um ano de Botafogo. Renegado pela torcida, que pede sua saída, tem em seu currículo título brasileiro, convocação para a seleção brasileira e mais de 200 jogos com a camisa de um dos 12 clubes mais importantes do país. Com alto salário, em fim de carreira e na reserva terá vida tranquila em 2012, caso permaneça no elenco. A comodidade é um dos mais graves problemas para um jogador de futebol e o clube a que ele pertence. Não me refiro exclusivamente ao lateral, vale para todos, clubes e jogadores. Temos que querer mais, buscar mais e penso que foi isso que faltou para o Botafogo ter maiores conquistas em 2011. Questão a ser mudada com urgência.

  Figurinha fácil recentemente na mídia, Victor Ramos, zagueiro (?) do Vasco, tem aparecido mais pela sua vida fora de campo. O relacionamento com a panicat Nicole Bahls repercute nos sites e programas de fofoca, porém as atuações com a camisa cruz-maltina não são lembradas em programas esportivos. Não há como o torcedor vascaíno saber quem é Victor Ramos se o Victor Ramos não joga. Se não me engano, não foram nem cinco partidas pela equipe. Dedé foi o craque do campeonato, sem dúvidas, mas precisa de companhia. Renato Silva está longe de ser confiável, e os outros reservas...Ah, é melhor deixar pra lá. Victor tem tudo para confirmar a fama de conquistador -de acordo com o próprio, pretende ficar no clube em 2012 e garantir sua vaga no time titular-, mas dessa vez que seja os corações do torcedores!



  Por fim, faço uma aposta. Martinuccio, atacante do Fluminense, deve permancer em 2012. Contratado com fama de craque e após toda uma turbulenta negociação que envolveu uma briga acirrada com o Palmeiras, o destaque do Peñarol não fez jus ao investimento. Atuações apagadas e sempre entrando no segundo tempo despertaram a desconfiança tricolor. Abel chegou a escalar Rafael Moura, outro centro-avante, para jogar com Fred. Rafael Sóbis ganhou o lugar no time titular merecidamente. Até Matheus Carvalho, promessa da base vem roubando o lugar de Martinuccio no banco tricolor. Experiente em Libertadores, espera-se a sua contribuição ao grupo. Mas, mais do que isso, a torcida, a comissão técnica, diretoria e a patrocinadora -sempre bom lembrar né- esperam por atuações que relembrem o futebol que motivou o empenho do clube para sua vinda.

  O bom momento financeiro do Brasil e consequentemente dos clubes, permite contratos mais extensos e salários mais altos. Com isso fica difícil encontrar alguém que esteja dando bobeira por aí. Talvez seja por isso que jogadores que não gozam de tanto prestígio e técnica ainda façam parte dos elencos. A falta de qualidade acaba valorizando por baixo. O que importa é quantidade.

Um comentário:

  1. Peço desculpas, pois as fotos acabaram não saindo como o desejado. Espero que a leitura não seja atrapalhada.

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