quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Idolatrando

  Acordei e me deparei com Senna. Poderia ser domingo de glória, mas era nostalgia em dia de semana, nas férias. Tenho vinte anos, facilitando para você, nasci em 1991. Não tenho memória sobre Ayrton, mas tenho saudade. É estranho mesmo.

  Só para terminar a recomendação, assim como "Dois filhos de Francisco", todo Brasileiro deve assistir "Senna" - eu não me canso de assistir. A ficha cai diante do mundo sujo do esporte, das personalidades obcecadas pelo máximo, dos momentos ruins vividos pelo ser humano e refazendo seus momentos de herói.

  O que mais me tocou foi o contexto social do heroísmo do nosso eterno piloto. Um país miserável, humilhado, sem motivo para acreditar em si. Vem um sujeito que já nascera bem e faz o hino brasileiro tocar. Exibe a bandeira com orgulho. Vence, vence, convence sempre.

  O talento, aliado a inteligência, simpatia e a espontaneidade permitida aos pilotos daquele tempo tornou Ayrton Senna um dos grandes ídolos do esporte mundial e o maior ídolo extra-futebol que já tivemos, um feito e tanto considerando nosso mundinho canarinho.


  Certa vez, a publicação semanal do Lance! fez uma matéria - de capa - sobre o Guga. O motivo era, em decorrência de alguma data, o nosso manezinho ser o maior nome fora-bola que o esporte já produzira por aqui... com toda minha admiração e com todo respeito a Kuerten, ele está muito abaixo do eterno rival de Prost. Arrisco colocá-lo apenas - se tanto - abaixo de Pelé.

  O que faz nascer um ídolo assim é algo ainda sem comprovação científica, apenas teorias. Maria Esther Bueno fez muito,  também pelo tênis. Cielo já é nosso maior nadador... mas tem nomes e rostos que não emplacam.


  Queiramos ou não, o marketing propôs e está colocando Neymar neste seleto hall. Alguma coisa não parece se encaixar. Ou por você está tudo certo? Assim seremos lembrados?

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