quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Naufrágio no rio da prata

  O Palmeiras venceu mas não eliminou o jogo de volta. O mesmo aconteceu com o Atlético Mineiro. O Inter, como esperado, goleou o Jaguares do México. Fluminense, cheio de desfalques, teve dificuldades contra o Nacional-URU. O Vasco, que, quem diria, sapecou seu pobre adversário por 6 x 1 e terá mais tempo para o técnico Ricardo Gomes treinar sua nova equipe. O Olympique de Marselha empatou em casa com um desfigurado Manchester United e Júlio César falhou na derrota em casa da Inter de Milão para o Bayern de Munique. Resultados pouco surpreendentes, convenhamos. Surpreendente foi a medonha atuação do Botafogo de Futebol e Regates contra o River Plate, de Sergipe, que culminou com a derrota por 1 x 0. Agora os cariocas precisam vencer o time nordestino no Engenhão por dois gols de diferença.

Noite de pesadelo para o torcedor alvinegro

  Após perder nos pênaltis para o Flamengo no último domingo pela semi-final da Taça Guanabara, todos esperavam um Botafogo com fome de vitória. Joel acenou durante a semana com um time ofensivo, possivelmente com alterações na formação e na escalação. O time foi escalado com os mesmo jogadores e taticamente muito parecido. Ao invés do 3-4-1-2, pode ser observado um 4-4-2 ou 4-1-2-1-2, ou seja, um meio campo em losango, onde Rodrigo Mancha era o vértice defensivo(e não comprometeu), Bruno Thiago e Somália alternavam-se no apoio e Renato Cajá era o vértice mais avançado. Visualmente, a única diferença estava no posicionamento de Rodrigo Mancha, mais a frente da zaga, e não compondo-a.




  O Botafogo ameaçou nos primeiros minutos, Abreu teve duas chances e o primeiro tempo foi de nível técnico baixíssimo. Bruno e Somália errando tudo, Cajá distante de todos, laterias inúteis, Herrera muito mal. Vale a ressalva que Mister Papai Joel disse que Everton jogaria até em seu lugar e Araruama poderia jogar. O que se viu foi a mesma alteração do clássico: no intervalo, saiu Márcio Azevedo para entrar Everton. Somália foi para a ala esquerda fazer a mesma coisa do primeiro tempo: nada. Everton foi ajudar Renato Cajá a não armar o time. Para melhorar a situação, o ilustre técnico alvinegro colocou Caio Canedo no lugar do camisa 10 para este cair pela direita. E foi só o que fez. Cair.

  O jogo contuava nojento e Everton se alternava com Somália nas posições e na maior improdutividade. O time estava cada vez mais bagunçado, a ponto de Márcio Rosário, o novo Odvan, ser responsável pela saída de bola. Estava tudo errado. A defesa cada vez mais escancarado. E o castigo veio. No final do jogo, o ex-corinthiano Bebeto Oliveira fez o gol da vitória sergipana depois de longa troca de passes.

  O Botafogo jogou sem brio, sem técnica, sem esquema. A única coisa que havia de sobra era "vergonha, vergonha, time sem vergonha"...

Um comentário:

  1. Excelente análise... se tirasse seu nome poderia dizer q foi o PVC... somente na parte 'o jogo continuava nojento', se revelou o grande torcedor alvinegro que é... risos...
    herrera ja deveria ser banco...
    o time deu pane e o joel, como sempre, se acovardou... jogar ofensivo? fora de casa?
    saudades do Cuca... (nunca pensei q fosse dizer isso)
    abração

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