quarta-feira, 27 de abril de 2011

Resta torcer

  Para o bem do esporte, não se pode crer em má vontade, em influência externa, em ordens superiores afetando resultados de placares.

  Logicamente trata-se aqui da incompetente atuação do árbitro de Real Madrid x Barcelona. A questão não foi a expulsão em si, mas a falta de pulso para domar as feras. O comportamento do homem do apito foi omisso, transformando-o em personagem infeliz e inevitavelmente importante para o resultado do jogo, e, muito provavelmente, do confronto. Sua falta de segurança fez com que após um lance duro de Pepe, a dúvida em sua cabeça virasse certeza com a pressão catalã.


  Pepe é da família de De Jong e de Felipe Melo, sobrinhos do velho Cocito. É violento, desleal, insano. Sua entrada até é passível de cartão vermelho, mas... foi agressão ou jogo perigoso, Arnaldo? Fosse outro o "criminoso", o cartão provavelmente seria de outra cor.

  O jogo vinha ruim, fraquíssimo, só não dava sono pela pancadaria constante. Os dois times travados em campo, pareciam ter estudado cada movimento do rival. Cristiano Ronaldo errando tudo, Keita tentando ser Iniesta, uma tristeza. Interessantes e promissores eram os duelos Daniel x Di Maria e Marcelo x Pedro, com enorme pendor para o brasileiro - cada vez melhor marcador.

  Tudo bem, tudo bem. Albiol não merece a camisa que veste, dá vergonha aos madridistas. Messi passou por ele como quis(fácil demais até para Messi). Está certo que Guardiola foi cirúrgico ao colocar o habilidoso e descansado Affelay para encarar o lateral esquerdo merengue, o que resultou no lance do gol. Está certo que ofensivamente o Real conseguia ser mais inexistente que o Barça. Mas o jogo só se abriu quando o sujeito que anulava Messi foi tomar banho. O argentino não havia sido visto em campo até então. O Barcelona não era Barcelona até então.

  Então aconteceu a "operação"(como diria o presidente do Santos) e a classificação catalã ficou mais que encaminhada. O difícil tornou-se quase impossível.

  Sim, o Barça joga muita bola. Nos resta esperar que na próxima terça José Mourinho apronte mais uma das suas, e faça do jogo, se não outro milagre - um ano depois do feito com os nerazzuri de Milão -, um jogo vivo, bom de se assitir. Como se sabe, o Special One é especial. Esperemos que tudo que foi dito soe como marketing para uma bela partida semana que vem.

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