domingo, 10 de abril de 2011

Pluralidade

  Araçatuba protagonizou ontem um dos capítulos mais importantes da história deste país. A festa da torcida do Vôlei Futuro foi digna de um adjetivo impossível de ser encontrado. Muito mais do que louvável, muito mais do que bela, muito mais do que qualquer coisa já vista no esporte brasileiro.

  Ah, o esporte brasileiro. Situações, momentos em que a adrenalina sobe, em que o inconsciente desta emocionante nação aparece de forma a surpreender, por vezes. Por vezes, infeliz.

  Uma nação que sim, é muito preconceituosa. Ainda racista, ainda homofóbica, ainda machista.

  Bandeiras, bate-bates, gandulas, tudo cor-de-rosa. Detalhes coloridos em arco-íris nas camisas dos jogadores, a camisa inteira do líbero Mário Júnior em arco-íris, uma enorme bandeira evidenciando a luta contra o preconceito. Impossível não se emocionar.



  Parabéns pela coragem, Michael, pela segurança.

  E como foi bom o preconceito ter vindo à tona! Calma. Foi ótimo, por provocar a resposta, muito mais humana. Acordemos, não existem minorias. Pluralidade, o mundo é plural! E o mundo do esporte não está deslocado da atmosfera terrestre. Existe gay no Vôlei Futuro, negro na Alemanha, anjo de pernas tortas brilhando nos campos de futebol.

  O mundo é plural. O esporte reflete isso. Há muitos Michaels no vôlei, é preciso haver negros na Argentina, é preciso que o mundo enxergue-se, efetivamente, como um lugar para todos.

Um comentário:

  1. Tudo muito bonito no jogo de ontem. Bela resposta da torcida e equipe do Volei Futuro e em quadra os jogadores mostraram o melhor. A vitória foi do espírito esportivo que prevaleceu em quadra.
    Esta postura é um gesto que devemos repetir em nosso cotidiano. Desmistificando o significado do comportamento homofóbico e racista que adotamos e negamos diariamente.

    Maria das Graças

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