sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Tão bom - sou ou não sou?

  Um dos jogadores mais valorizados da Europa. Alto, forte, potente chute de perna esquerda. Jogada preferida: em velocidade, da ponta-direita para o centro. Hulk teve, no mínimo, duas temporadas no Porto em que pôde escolher algum dos gigantes do Velho Mundo para atuar. Chegaram propostas, acertos foram especulados, mas nada de concreto foi realizado. Propostas foram recusadas, salários foram rejeitados.

  O último quase-casamento foi relativo ao Chelsea, depois de longo namoro. A janela se fechou, restaram campeonato menos badalados. E, então, o sujeito de 26 anos não teria mais uma camisa de gigante para vestir na próxima temporada.

  O auge está passando em sua frente e a assinatura de contrato foi com o milionário Zenit, da Rússia. O que passa pela cabeça de um jogador que tantos gostariam para rumar a um outro centro médio? "Cansei de ser ídolo no Porto e quero uma nova zona, de conforto ou não", "sou muito para esses caras", "não vou me dar bem numa liga tão forte", "quero só dinheiro, reconhecimento para quê?". Há ainda a possibilidade mais maldosa: "Meu agente deu mole, fiquei de bobeira de novo... agora, já deu de Portugal! Vou para o primeiro que me quiser."

  Seja como for, o fato é que o brasileiro muito provavelmente acabou com sua carreira. Raríssimos foram os que foram à Rússia e conseguiram utilizar o gelado país como ponte. E visto o valor investido - estarrecedores 60 milhões de euros - será que o Zenit vai querer se desafazer tão facilmente do atleta? Acredito que não. Hulk pensou ser bom demais a ponto de conseguir fazer o que quer no momento que quiser. Ou não se sente seguro, não se acha bom o suficiente para manter o desempenho em alto nível em um campeonato nível A.


  De qualquer forma, é consenso geral: apesar de não ser craque, Hulk escondido na Rússia é acreditar demais na possibilidade de crescimento do campeonato russo. É um evidente desperdício para o futebol.

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