segunda-feira, 27 de junho de 2011

Uma boa impressão do Rio de Janeiro

  Volta e meia comenta-se um fato naturalmente raro: vitória dos quatro cariocas no campeonato nacional. Porém, poucas vezes, ou nunca, uma vitória do quarteto foi tão simbólica, tão representativa.

  Você pode concordar ou não, mas é nítido que o brasileiro percebe cada vez mais como é a disputa de um campeonato de pontos corridos. Dando o mesmo valor para cada rodada, o mesmo valor para pontos disputados em casa e fora. É nítido também que no Rio de Janeiro essa lucidez chegou. Tardiamente, mas chegou. Depois de um monopólio paulista - de 2004 a 2008 o Santos ganhou um, Corinthians outro e o São Paulo levou três canecos para casa - a hegemonia teve fim: o Flamengo venceu o campeonato de 2009 e o Fluminense o de 2010.


  Mas não apenas venceram. Venceram e investiram da maneira correta, no clube, na estrutura, no elenco como um todo, de maneira a almejarem a continuidade do sucesso do trabalho e a estimular os rivais a estarem sempre na disputa. Não a tôa, o Vasco foi campeão da Copa do Brasil.

  O Fluminense venceu a primeira com Abel Braga. 1 x 0, com um a menos, em cima do fraquíssimo Avaí, candidato ao descenso. Um time desfalcado e em adaptação ao novo e rigoroso treinador. Com mais peças, que já estão, em sua maioria, dentro do clube, o time vai brigar lá em cima. O Flamengo de Thiago Neves precisa de poucos ajustes. Maldonado vai fazendo muita falta ao time titular, que vai contando apenas com Willams para marcar do meio para frente. Na lateral esquerda, Júnior César chegou chegando, mas falta um zagueiro para acabar com os sustos dados por Welinton e David Brás e um novo atancante (ou Deivid convencer no comando de ataque). Falta pouco. Enquanto isso, 4 x 1 de virada sobre o Atlético-MG.

  O Vasco vai levar o campeonato sem pressão, afinal, 8 anos de poeira foram tirados da sala de troféus do clube, que espera o encaixe de Juninho e as necessárias renovações e contratações visando a Libertadores. Se, dentro do clube, houver a confiança de que é possível fazer uma bela campanha, Bernardo, Felipe e cia. vão dar muito trabalho. Por hora, 1 x 0 sobre o Atlético-GO.


  O Botafogo contou com o ótimo Elkeson para tornar o bando, um time. O 2 x 1 no Grêmio mostrou dois times desfigurados. Os gaúchos sem Victor, Rochemback, Adilson e André Lima e os recém-contratados Gilberto Silva e Miralles. Os alvinegros sem Jefferson, Loco Abreu e Cortês. O importante é que o time de General Severiano vai jogando bem, mesmo sem os prometidos reforços, que naturalmente vão dar qualidade à equipe.

  A impressão de quem escreve é a de que a taça permanecerá no Rio. Se isso não acontecer, a classificação final deverá mostrar os 4 clubes muitíssimo bem colocados, com 2 na Libertadores. Bola de cristal? Não, apenas impressão.

Vozão: não é piada. Um dos elencos mais velhos do campeonato, o Ceará continua a contratar: depois de Belletti, Edmílson é o novo reforço. Se é experiência que vai contar no final...

Nem a pau, Juvenal? Há anos o mandatário São Paulino vinha dizendo que a safra da base do clube é muito boa, e que, por isso, treinador deveria utilizar os meninos oriundos de lá. Por necessidade, muitos deles foram para a guerra. E havia um Corinthians no caminho.

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