sábado, 1 de outubro de 2011

O personagem da semana

  Já era imaginado que, podendo ser convocados apenas jogadores que atuam no país, ele estaria presente. No primeiro jogo ele não entrou. Porém, no segundo duelo válido pelo Superclássico das Américas, Cortês - ou Cortez, ou até Bruno Cortês - foi simplesmente o melhor do jogo.

  Pode parecer pouco, considerando o nível técnico do time adversário, mas Cortês foi um dos que fizeram do amistoso útil para Mano Menezes. Iniciou a jogada dos dois gols, apoiou, marcou(mesmo sem tanta qualidade, o que lhe é característico), driblou, chamou a responsabilidade. Foi importantíssimo. Fez a camisa seis pesar, mas para o adversário, depois de um longo tempo... Bruno deve estar na próxima convocação, que poderá contar com jogadores do exterior. Ele, o volante vascaíno Rômulo e Réver - melhor que Dedé nos dois jogos, devem ser as "surpresas" da lista.

  É muito legal parar para analisar o Cortês. Sim, muito já foi dito sobre ele. E sim, é sempre bom rever e pensarmos que o mundo é muito mais dos esforçados do que dos gênios. Aos vinte e quatro anos, ele passou do mínimo Goytacaz para o Nova Iguaçu, chegou ao Botafogo e à seleção. Humildade, simpatia, velocidade, cara-a-tapa, Cabelo. Carisma, quanto carisma. E um salário de quatro mil reais...

  Está obtendo renovação para passar a receber salário digno de um jogador de seleção, digno de melhor do país em uma posição extremamente carente.

  É bem possível - diria até provável - que este figuraça não alcance o nível alto na Europa. Mas de qualquer forma, é uma figura rara no meio esportivo. No meio humano.

  Cortês é a prova viva de que o sucesso e a fama não precisam vir acompanhadas de soberba, prepotência, nariz em pé, arrogância, e etc.

  Bruno nos ensina que a vida pode ser ao mesmo tempo bem sucedida e rica de valores.


                                         Parabéns, Bruno Cortês. O ousado.


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