quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Os poderes de quem volta

Que Ricardo volte com saúde. E que nos mate a curiosidade.
Fonte: www.correiodeuberlandia.com.br
O único comentário que faço sobre a convocação é que antigamente os torcedores vibravam quando um jogador do seu time era convocado. Hoje riem das bizarrices.

A grande notícia é a volta de Ricardo Gomes aos trabalhos. O treinador, que sofreu um AVC há cerca de um ano e esteve muito perto da morte, se recuperou e vai ocupar um cargo de manager no Vasco. Falando da saúde de Ricardo, somente ele e seu médico podem dizer se o ex-zagueiro tem mesmo condições de trabalhar no tão pressionado mundo da bola - lembro que Ricardo já havia sofrido um acidente vascular cerebral (leve) quando treinava o São Paulo.

Sobre a parte técnica do fato, a palavrinha em itálico no parágrafo acima pode ter passado despercebida por você, mas representa um marco, e pode iniciar uma revolução na estrutura futebolística nacional.

Manager. Com este cargo, Ricardo Gomes terá poderes para agir tanto na gestão do futebol - similar à função de Rodrigo Caetano no Fluminense - quanto nos jogos. Atenção, os treinamentos caberão a Gaúcho. Ricardo terá essas funções obrigatórias somente duas vezes por semana. É Alex Ferguson sendo modelo.

Luxemburgo até que tenta, mas, até hoje, o mais
próximo que o Brasil de manager foi o FM, o jogo...
Fonte: softgames.ws
Quando digo que isso é um marco, reforço que "nunca antes na história deste país" esse projeto foi levado de maneira tão efetiva, como parece ser o caso. Quando me pergunto sobre a eficácia de tal método, prevejo a insatisfação da torcida dobrando pela "falta da presença de Gomes nos treinamentos". Os próprios jogadores também podem se incomodar: no São Paulo, o próprio Ricardo e o atual técnico Ney Franco já sofreram com essa mudança de hábitos. Luxemburgo sempre tenta se colocar como manager, mas não emplaca...

E tem outras questões...


A primeira é a - bate na madeira - possibilidade de Ricardo Gomes ter um novo AVC, ficando provada sua impossibilidade de voltar a trabalhar no meio.


Outra é a situação atual do Vasco. O clube não tem dinheiro para nada. NADA. E não há boas perspectivas para breve. Até que ponto a presença de uma nova filosofia de trabalho - e até de mais um salário - onde não se tem dinheiro pode ser positiva ou negativa? Se a cúpula de futebol conseguir fazer o time andar, teremos um avanço, se não, a palavra manager será abolida de vez dos sonhos de quem quer organizar o nosso futebol e acha que essa é uma das maneiras.

Por fim, fica a pergunta: será que é mesmo melhor ter um manager pelas bandas de cá?

Até que ponto Sir Alex Ferguson e seu chiclete devem
 ser parâmetro para o Brasil?
Fonte? newspaper.li

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