quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Contratando e indagando

  Com o fechamento da janela de transferências europeia nesta terça-feira e - muito mais - com o vai-e-vem dos clubes brasileiros chegando ao fim para o início dos estaduais, as Agonizantes férias de Janeiro haveriam de cessar.

  Certas coisas não tem explicação. Se tem, são obscuras, misteriosas. Quando uma temporada chega ao fim, torcedores, comissões técnicas, jornalistas e dirigentes têm dados às mãos quando bem quiserem: classificações nos campeonatos, estatísticas, vaias e tudo mais.  O que torna mais evidente as necessidades de cada equipe e tornam mais agoniantes as falhas nas montagens do elenco.

  Como diria um amigo nosso, "vamos por partes"...

  Por que diabos o Botafogo começa a temporada com apenas um lateral de ofício em cada posição? Serão os recém-promovidos da base novos Carlos Alberto e Nílton Santos ou a ausência de Alessandro é o maior reforço do alvinegro?

  Qual a razão prática de o Sport Club Corinthians Paulista ter 8 atacantes de nível de série A no grupo? Haja rodízio! Haja calendário apertado para que Elton(!) e Bill(?) tenham oportunidades fartas ao longo da temporada. Confesso que quando vi a contração de um chinês e do Gilsinho, imaginei que um esquema próximo ao 4-2-4 fosse ser ser implementado no Parque São Jorge. Ledo engano. Terei que esperar para entender.


  Cruzeiro, Cruzeiro querido. Manutenção de Vágner Mancini. OK, explicável. Leandro Guerreiro como pilar da defesa. Ataque com jogadores de muito nome e pouco sucesso. Contratação de jogadores que se destacaram em clubes menores. Depois de um 2011 tenebroso, ou a herança dos Perrella fez estrago no balanço financeiro ou, por opção, as expectativas não poderão ser de voos tão altos neste ano.

  Muito chama atenção o Internacional. Depois de tantos anos de times muito valorizados, algo muito importante foi concretizado neste ano: dois jogadores de mesmo nível para cada posição. Onde não há craques, há equilíbrio. O rival Grêmio também evoluiu: desta vez se reforçou muito bem, menos no banco. Um líder como Caio Júnior, no Gaúchão. Sei não...  

  O tricolor carioca tem o melhor elenco do país, isto é fato. Já o paulista merece cuidados: contratou Osvaldo, atacante habilidoso, mas que faz poucos gols e já não é mais promessa; Maicon, meia que não deu certo em outras grandes equipes; Edson Silva, beque muito bom pelo alto, mas só pelo alto e o ala Cortez, que não marca ninguém. Pode dar muito certo, mas também pode decepcionar muitos.

  Mas nada supera o Flamengo. Clube em que a crise chega sem jogos realizados, com salários em dia para quase todos os jogadores, técnico balança - ou cai - com dois jogos, Ronaldinho é armador único e a presidente parece fazer do departamento de futebol plataforma de governo: sem dinheiro, ao perder o melhor do time, traz outro querido pela torcida. Nada mal...

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