quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Só tinha de ser você

        Leia ouvindo uma música dos vídeos postados para entender o que escrevo.

        De pouco ainda conheço sobre essa mulher, mas é como se já fossemos íntimos. Dona de uma voz singular e uma interpretação incomum, essa é Elis. Desconheço alguma artista brasileira que obtivera tanto respeito quanto ela. Sem efeitos na voz, canta como nasceu: bela e impávida. Ecoa por natureza, é pura. Personalidade e presença de palco histriônicas. 


        Digna de ser chamada de rainha. Transmite a verdade. É natural. Deus emprestara uma das mais belas vozes de seus anjos a essa gaúcha. O espetáculo em carne e curvas. Passeava de forma brilhante entre o samba, a MPB, a bossa nova, o rock e o jazz. Voz das mais belas canções nacionais dos maiores artistas que por aqui passaram. A musa inspiradora de Milton Nascimento morreu precocemente aos 36 anos e não deu à minha geração a oportunidade de escutar sua voz ao vivo.


       Escrevo como puro fã, não há outro modo. Quando começas a ouvi-la, não há como não admirá-la. Sem saudosismo, mas me desculpe Maria Gadú e Ivete Sangalo, cantoras que cantam com a boca. Elis Regina canta com a alma.


"Cantar, para mim, é sacerdócio. O resto é o resto." – da maior intérprete brasileira de todos os tempos, Elis Regina.

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