Parece uma lâmpada que não queima como de praxe: algumas vão se apagando, apagando, até não acenderem mais.
Este é Marcos, Marcão. Personagem acima de qualquer crítica. Ele é a própria crítica. Está ruim, está ruim. Está bom, é santo! São Marcos. O último dos sinceros.
Quantos céus e quantos infernos conheceu.
Mas a idolatria nunca perdeu.
Simpático a todos. Mas de bravo e frágil corpo. Quantos milagres justificaram berros de narradores. Quantas vezes a dor nos era solidária quando as sempre problemáticas lesões o impediam de voar.
E a calvice foi cada vez menos vista. Cada vez mais especial era a presença do grande mito.
Vinte anos de carreira, de Palmeiras.
O grande 12.
Os anos se passavam e a tal lâmpada seguia com brilhos cada vez mais esporádicos, espaçados.
Reapresentação.
Ele vai aparecer.
Hora da lâmpada acender.
-Vou chorar.
É melhor não ver.
Nesta quarta-feira luvas são penduradas.
E, como sempre, reverenciadas.
Legal a homenagem! Grande goleiro! Era a safra do futebol brasileiro que não se vê mais hoje.
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