quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
O Momento feliz - onde está?
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Idolatrando

Só para terminar a recomendação, assim como "Dois filhos de Francisco", todo Brasileiro deve assistir "Senna" - eu não me canso de assistir. A ficha cai diante do mundo sujo do esporte, das personalidades obcecadas pelo máximo, dos momentos ruins vividos pelo ser humano e refazendo seus momentos de herói.
O que mais me tocou foi o contexto social do heroísmo do nosso eterno piloto. Um país miserável, humilhado, sem motivo para acreditar em si. Vem um sujeito que já nascera bem e faz o hino brasileiro tocar. Exibe a bandeira com orgulho. Vence, vence, convence sempre.
O talento, aliado a inteligência, simpatia e a espontaneidade permitida aos pilotos daquele tempo tornou Ayrton Senna um dos grandes ídolos do esporte mundial e o maior ídolo extra-futebol que já tivemos, um feito e tanto considerando nosso mundinho canarinho.
Certa vez, a publicação semanal do Lance! fez uma matéria - de capa - sobre o Guga. O motivo era, em decorrência de alguma data, o nosso manezinho ser o maior nome fora-bola que o esporte já produzira por aqui... com toda minha admiração e com todo respeito a Kuerten, ele está muito abaixo do eterno rival de Prost. Arrisco colocá-lo apenas - se tanto - abaixo de Pelé.
O que faz nascer um ídolo assim é algo ainda sem comprovação científica, apenas teorias. Maria Esther Bueno fez muito, também pelo tênis. Cielo já é nosso maior nadador... mas tem nomes e rostos que não emplacam.
Queiramos ou não, o marketing propôs e está colocando Neymar neste seleto hall. Alguma coisa não parece se encaixar. Ou por você está tudo certo? Assim seremos lembrados?
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Amor à distância

Uma vez Jimmy Page, grande guitarrista da banda Led Zeppelin, declarou amor a sua guitarra como se declara a uma mulher. Ele passou bons momentos em sua companhia e, mais do que isso, é quem é, hoje, graças a esse amor.
Com os times de futebol, o amor não é diferente. Constantemente vemos torcedores fanáticos que amam seus times como se ama uma pessoa. Há uma personificação do clube amado. O time é tudo para eles e, quando este está mal, também o estão. Isso é normal. Anormal, talvez, seja classificar esse amor doentio como algo aceitável e corriqueiro, mas isso acontece e não é raro encontrar esses torcedores.
Mas será que Jimmy Page e esses torcedores devotos manteriam seu amor declarado a sua guitarra ou seu time de futebol quando este está a quilômetros de distância?
Com uma mulher, o amor se mantém. Não há tempo que mude sentimento tamanho. Não há distância que apague o que se sente por uma mulher, ainda mais com as facilidades de comunicação de um mundo moderno.
Quando a amada está longe, realmente longe, você tem saudade, tem medo, fica preocupado, sente dor. Você quer, acima de tudo, que o tempo voe para tê-la em seus braços novamente. Mas a paixão permanece. A voz dela, ao telefone, te acalma. Uma foto ou conversa por web cam, a traz para perto, mesmo que virtualmente. Quem gosta de verdade, dá um jeito de fazer funcionar, não importam as barreiras.
E no futebol? É difícil imaginar um amor - no sentido mais forte da palavra - por um clube de futebol quando não se pode ir ao estádio, quando não se pode sentir a emoção e a vibração dos outros amantes, expressando o mesmo que você tem a dizer em uma sintonia sentida, porém inexplicável.
Para Jimmy Page, a guitarra é igual uma mulher e, provavelmente, hoje, ele viveria muito bem com seu amor distante. E o time de futebol? É igual uma mulher? Um amigo meu uma vez disse, um dia antes de se mudar para a Espanha, que não sentiria saudades de seu tão amado clube, o Flamengo. Fiquei tão surpreso ao ouvir aquilo de um dos flamenguistas mais apaixonados que já conheci. E olha que é difícil classificar isso. Mais tarde, pensando, entendi que o vínculo que ele criou ultrapassava o físico e presencial. Ele levaria desde então, não importa onde estivesse, aquele sentimento dentro dele. Assim como Forrest Gump levou Jenny, o amor de sua vida, por todas as suas viagens e fantasias solitárias.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Quem se consagra
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Vai e vem. Mas alguns ficam.



terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Rotineiras lições do óbvio e a explicação da decepção

Conjunto nota 10?
Goleiro: Jéfferson
Mesmo sendo botafoguense, não concordei. Sim, ele fez um bom campeonato, mas não foi exuberante. Os seus concorrentes também não se destacaram tanto, O goleiro alvinegro ganhou pelo que fez em algumas partidas. Fernando Prass foi mais regular. Marcelo Lomba do Bahia, foi o melhor, porém não foi indicado.
Lateral-direito: Fágner
Em boas mãos. Não pude acompanhar tantos jogos do Figueirense assim para ver o tão elogiado Bruno, mas os jogos em que vi do Vasco, Fágner era o desafogo do time cruz-maltino, fez um bela dupla com Éder Luís e até trio, com a entrada de Allan. Ainda não entendo a presença de Mariano nessa indicação.
Zagueiro direito: Dedé

Sem discussões! Para mim, o craque do Campeonato. Prêmio facilitado pela falta de concorrência à altura.
Zagueiro esquerdo: Réver
Se destacou na arrancada final do Atlético - que parou na penúltima rodada. Não é, nem de longe, aquele zagueiro que passou pelo Grêmio. Sobre os concorrentes: Émerson do Coritiba manteve uma regularidade não muito empolgante e Leandro Castán se destacou pelos poucos gols sofridos com a defesa corintiana.
Lateral esquerdo: Cortês
A mais difícil de todas. Foram uma meia-dúzia de grandes atuações e olhe lá. Parece que a amarelinha pesou e ele sentiu. Queda de rendimento e protesto de quem antes o idolatrava. Juninho talvez não tenha ganho por não ter o peso da camisa. O prêmio deveria ir para Florianópolis, até porque Kléber do Internacional faz tempo que não mostra o futebol que encantou a todos no Corinthians.
Volante direita: Ralf
O título e a camisa falaram mais alto. Ralf é importante no esquema de Tite, mas não é mais jogador - e nem foi - do que seus concorrentes. Arouca, em terceiro lugar, é compreensível visto que não jogou muitas partidas por conta da Libertadores com o Santos, mas não premiar o ano da afirmação de Rômulo do Vasco foi no mínimo discutível. Com atuações seguras e leais - sempre bom lembrar - o jovem volante chegou a ser convocado por Mano Menezes e o seu rendimento continuou.
Volante esquerda: Paulinho
A concorrência tinha talento, mas pecou em grandes atuações. Se destacar no Palmeiras 2011, não é mérito. Ainda mais somente em bolas paradas. Marcos Assunção mesmo com seus preciosos gols e sua função tática às vezes modificada - sendo mais armador do que volante - não demonstrou tanta eficiência como Paulinho. Renato não foi decisivo, foi um bom jogador, com certeza o mais lúcido no time desesperado e atordoado do Botafogo. Nada a reclamar da eleição.
Meia direita: Diego Souza
Posição mais inconstante. Lucas brilhou nas dez primeiras rodadas, Deco nas dez últimas - junto com Fred - e Diego Souza brilhou ao todo em mais ou menos dez. Acredito que o vencedor foi escolhido pela posição que seu clube terminou e pelos jogos que decidiu. Tratando-se de regularidade, empate técnico.

A maior injustiça da premiação. Sempre fui fã do dentuço, o que ele faz com a bola me impressiona. Foi incrível em uma sequência invicta do Flamengo. E só. No fim, o Cara do Flamengo era Thiago Neves. No clássico, onde se esperava a sua genialidade, se escondeu. Agora, o que falar de Montillo? Disposição e muita paciência pra jogar em uma equipe esfacelada como a do Cruzeiro 2011. Meio campo pobre, com três volantes - os de hoje não sabem sair para o jogo - e atacantes nulos. Matou um leão por jogo, mesmo passando por problemas pessoais. Além de craque, um exemplo de profissionalismo. Sofreu esse ano, assim como toda a torcida cruzeirense. Merecedor do prêmio pelo futebol e regularidade.
Atacante 1: Neymar
Os eleitos não tinham características semelhantes, foram encaixados na lista. E mesmo se tivessem, ele ganharia. O comentário é para a falta de critério: Osvaldo do Ceará e William do Corinthians mereciam a premiação para segundo e terceiro lugar, respectivamente.
Atacante 2: Fred
Decisivo. Falta a continuidade, tão sonhada pelos tricolores. Borges teve regularidade, mas não o peso que Fred tem para a sua equipe. O atacante do Peixe é coadjuvante, Fred é o principal e ganhou nas atuações de gala e plasticidade dos seus gols. Loco Abreu marcou presença pela importância que tem dentro de sua equipe. Leandro Damião em seu lugar é disc

Técnico: Ricardo Gomes/Cristóvão Borges
Merecido por não deixar os jogadores relaxarem. Mantiveram a seriedade do trabalho. O emocional também contou.
Revelação: Wellington Nem
Mostrou bom futebol, se o Figueirense chegou tão perto da vaga inédita para a Libertadores, muito se deve ao jovem de 19 anos. O desafio para Wellington agora é vencer a desconfiança daqueles que acreditam que existem jogadores que só atuam em clubes médios e pequenos. O ano de 2012 pode ser o da afirmação da jóia com a camisa do Fluminense, de onde volta de empréstimo. A torcida o aguarda cheia de expectativa.
Espero que a competição continue a cada ano mais acirrada. Em 2012 teremos três clubes do Nordeste e vai ser bonito ver o povo da região lotando o estádio. Quanto aos jogadores, torço para que permaneçam e elevem um pouco mais o nível da maior paixão do brasileiro.