
Só para terminar a recomendação, assim como "Dois filhos de Francisco", todo Brasileiro deve assistir "Senna" - eu não me canso de assistir. A ficha cai diante do mundo sujo do esporte, das personalidades obcecadas pelo máximo, dos momentos ruins vividos pelo ser humano e refazendo seus momentos de herói.
O que mais me tocou foi o contexto social do heroísmo do nosso eterno piloto. Um país miserável, humilhado, sem motivo para acreditar em si. Vem um sujeito que já nascera bem e faz o hino brasileiro tocar. Exibe a bandeira com orgulho. Vence, vence, convence sempre.
O talento, aliado a inteligência, simpatia e a espontaneidade permitida aos pilotos daquele tempo tornou Ayrton Senna um dos grandes ídolos do esporte mundial e o maior ídolo extra-futebol que já tivemos, um feito e tanto considerando nosso mundinho canarinho.
Certa vez, a publicação semanal do Lance! fez uma matéria - de capa - sobre o Guga. O motivo era, em decorrência de alguma data, o nosso manezinho ser o maior nome fora-bola que o esporte já produzira por aqui... com toda minha admiração e com todo respeito a Kuerten, ele está muito abaixo do eterno rival de Prost. Arrisco colocá-lo apenas - se tanto - abaixo de Pelé.
O que faz nascer um ídolo assim é algo ainda sem comprovação científica, apenas teorias. Maria Esther Bueno fez muito, também pelo tênis. Cielo já é nosso maior nadador... mas tem nomes e rostos que não emplacam.
Queiramos ou não, o marketing propôs e está colocando Neymar neste seleto hall. Alguma coisa não parece se encaixar. Ou por você está tudo certo? Assim seremos lembrados?
Nenhum comentário:
Postar um comentário