
Assim é e deve ser daqui para frente a vida deste provável ex-piloto: curtindo a vida, a família, os milhões arrecadados em duas décadas de automobilismo.
A carreira de Rubens Barrichello foi quase sempre da maneira como terminou: surpreendentemente ruim para seu país natal. Ele foi a promessa, depois o substituto, depois a esperança, o coitado, o ex-piloto em atividade.
Este país, que precisa sempre de vencedores mas não tem memória, nunca olhou para Rubinho como um vencedor. Não se trata de comparar com os campeões mundiais, o que é injusto. Mas olha-lo como um raro brasileirinho que chegou no topo do sonho. Não conquistou o mundo com título de Fórmula 1, mas chegou no máximo que o talento lhe permitia: títulos por categorias inferiores, presença em grandes equipes, vítórias. Quantas pessoas chegaram a F-1? Quantos pilotos, já na categoria máxima, conquistaram vitórias em GPs? Pois é, Rubens foi um deles. Rubens merecia mais respeito.
O povo gosta mais do piloto arrojado, não do consistente, inteligente, construtor. É até compreensível.
E essa cara de bom moço, hein Barrichello... tem que ser badboy pra dar audiência, não é?
Volto à parte de cima do monitor. Em outra página de pesquisa, sugestões de um site para a vida do forçadamente - mas não confirmado pelo próprio - aposentado. É possível imagina-lo como grande chefe de equipe, mas isso é problema do Rubinho. Não é digno correr pela pior equipe, penso assim. Mas isso... isso também é problema do Rubinho.
Rubinho, você fez rir, fez chorar, provocou vergonha e orgulho. Você fez muito do exigido para quem é um vencedor! Você pode continuar, sonhar, esperar, parar. Você pode, você merece respeito. Você venceu!