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Foto: Arquivo Pessoal |
O Agonizante: Qual o seu estilo de jogo? Como é o China dentro de campo?
China: Jogo no meio de campo como um segundo volante. Minhas características principais são marcação, saída de jogo, velocidade, passe e finalização. Quase um Zidane (risos).
OA: Qual a sua rotina fora do campo como jogador?
China: Acordo cedo e às vezes temos treino 9 horas da manhã. Volto para casa, almoço, descanso um pouco, por que às 16h tem outro treino.
OA: E o que costuma fazer nas horas vagas?
China: Não costumo frequentar boates, não gosto do ambiente. Prefiro clube e cachoeira, por exemplo. Vou à igreja durante a semana e sábados e domingos, mas gosto principalmente de ficar em casa.
OA: Como foi o início no futebol?
China: Jogava no time da minha periferia e um amigo me perguntou se eu gostaria de ser jogador. Eu não gostava muito de futebol. É até engraçado porque eu tinha uns problemas de saúde e teria que fazer exercícios. Aí juntou o útil ao agradável. Confesso que mais pela saúde (risos). Os anos foram passando e eu melhorei. Quando eu vi, estava com 16 anos assinando meu primeiro contrato profissional.
OA: Essa foi a maior dificuldade que enfrentou no futebol?
China: Não, era uma coisa bem simples, problema de colesterol. Minha maior dificuldade foi conciliar os treinos e viagens com os estudos. É muito difícil também ficar longe da família, ainda mais quando se é bem novo.
OA: Qual a importância da sua família na sua carreira?
China: Sou muito grato à minha família, principalmente ao meu irmão, que jogava na base do América também. Ele sempre esteve comigo nos piores momentos. Estou aonde estou e sou o que sou hoje por causa deles.
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Foto: Arquivo Pessoal |
China: Eu devia ter uns 10 anos e tinha um cabelo grande na época. Aí o meu treinador começou a me chamar assim.
OA: O América/MG já esteve entre os primeiros e era forte candidato até mesmo ao título. Hoje, não está nem no G4. O que aconteceu?
China: Essa é a pergunta que não quer calar. Começamos bem e agora essa queda inesperada. Não sei o que aconteceu.
OA: Como está o grupo?
China: Bem, todos querem mudar a situação, mas sabemos da dificuldade que é a série B. Todos os times se prepararam bastante, assim como nós.
OA: E a torcida? O clima está tranquilo?
China: Não, está bem pesado. A torcida cobra as vitórias, principalmente no Independência. E eles estão certos, mas todos os jogadores, comissão técnica e diretoria acreditam no acesso.
OA: O América/MG possui vários jogadores experientes e consagrados no elenco. Como é a sua relação com eles?
China: É a melhor possível. O Geovane, Fabio Júnior e Gilberto passam muitas coisas para nós. Isso é muito importante. É uma satisfação jogar ao lado de grandes ídolos
OA: Você falou no início do Zidane. Ele é o seu ídolo?
China: É um deles, mas gosto muito do Gilberto Silva, Iniesta e Xavi.
OA: Qual o seu objetivo profissional hoje?
China: Me firmar como titular do América.
OA: E o que falta para isso acontecer?
China: Oportunidade, não só para mim, mas para os outros mais jovens.
OA: Você foi capitão da equipe no Brasileiro sub20. Como foi a experiência?
China: É um voto de confiança do treinador que escolhe quem exerce a liderança no grupo. Agradeço ao Milagres (técnico) pela oportunidade. Fui capitão naquele momento porque estava há um ano no profissional. Foi uma responsabilidade, mas graças a Deus fui honrado e pude ajudar todos e saímos campeões.
OA: Na Copa São Paulo de Futebol Júnior, você marcou um bonito gol contra o Internacional. Foi o mais bonito da sua carreira? (Veja o gol a partir dos 0:40)
China: Na base foi o mais bonito sim, mas não foi o mais importante.
China: A proporção que as coisas tomam. No profissional temos uma visibilidade maior.
OA: Algum recado para o torcedor?
China: Estamos fazendo de tudo para mudar essa situação e recolocar o clube na série A, lugar de onde não deveria ter saído. Quero agradecer pelo carinho que eles tem por mim e por todos, e dizer que assim como eles, nós acreditamos no acesso.
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