sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Tudo é passageiro

  Referência feita ao Flamengo. Esculachado, mas nunca entregue. Tudo é passageiro.

  Sorri, abraça, debocha, ensina - e como ensina. Referência feita a André.

  Visível que alguma coisa precisa ser feita - e pelo visto não está sendo feita por Luxemburgo, que parece esperar as coisas voltarem para o trilho normal.

  Enorme a lagoa de pranto já derramado pela perda do seu sangue.

  Não se entende e não se acredita no momento vivido pelo clube.

  Não é aceito, imaginado, que um ser humano professor da vida se foi por ser correto.

  Mas é tudo passageiro. Aprendemos e aprenderemos.

  Com Luxa ou não, uma hora, querendo ou não, o Flamengo volta a briga.

  A tristeza é passageira. A saudade e a nostalgia ficam. Os sorrisos, as palavras, a voz não deixam crer. Não deixam acreditar. Mas a tristeza é passageira. Há de ser!

  É passageira a jornada ruim na temporada, rubro negra.

  É passageira a estada na Terra, amigos.

  Amigo!

  Obrigado por nos manter a sorrir.

  Que seja passageira a má fase.

  Que seja eterna sua lição.

  Amém.

Este blog nunca limitou-se. A única necessidade é ser esportivo/musical. Esta é minha pequena homenagem a um amigo.

Setlist Rock in Rio


     Seria difícil passar essa semana do Rock in Rio sem comentá-lo no blog. Essa semana será de parar o Rio de Janeiro, a cidade e as mídias estarão voltadas para o evento 24 horas por dia. Trago para vocês um setlist de algumas das melhores bandas que vão tocar no evento.


     O Red Hot Chili Peppers de longe é uma das maiores atrações do evento, se não a maior. O grupo não se apresentava no Brasil há 10 anos. Dentre as músicas do pequeno setlist que tocarão - só vão tocar 20 músicas - estará Higher Ground, uma versão da música de Stevie Wonder. Os slaps de Flea e a energia da música com certeza vai tirar muita gente do chão. À la Júnior Lima.


     O Jamiroquai será uma das bandas que mais fará o público carioca dançar. Dentre as músicas do setlist da banda britânica de funk estará Travelling Without Moving. Música do álbum de mesmo ano, de 1996, é um dos grandes sucessos da banda. A versão em estúdio do vídeo conta com um conjunto de metais e flauta. Vale a pena conferir!

     Seguindo na linha funk do Jamiroquai, temos o Maroon 5. O grupo liderado por Adam Lavine certamente abrirá o show com a excelente Moves Like Jagger. Há muito tempo não ouvia uma música tão legal nas paradas da MTV. É uma homenagem ao Mick Jagger e o clipe é sensacional. Música de qualidade e que fica na cabeça. Muito destaque para a participação da grande cantora Christina Aguilera, que ao contrário de Britney Spears e similares, é cantora de verdade. Vozeirão à la Aretha Franklin.


     Radio/Video é uma música do álbum Mesmerize, de 2005, do System of a Down, grupo de metal alternativo experimental que tocará no último dia do Rock in Rio. A música é uma mistura de ritmos, vai do metal ao folk e até pouco de reggae. A harmonia de vozes entre os vocalistas Serj Tankian e Daron Malakian é o grande destaque da canção.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

De novo, não!

  Mais uma vez o atacante (ou eu deveria dizer ex-atacante) Jóbson tem seu nome noticiado, dessa vez em relação direta ao Botafogo. O jogador problemático faltou a uma reunião que tinha o propósito de debater medidas que ajudassem o próprio a ter um futuro que se enquadrasse nos padrões do futebol. E ele não compareceu.

  Atitudes como essa, infelizmente, já se tornaram comuns no currículo do jogador. Com enorme potencial os clubes, mesmo sabendo das indisciplinas, investiram no atleta mas chega uma hora que precisa ter um fim. Um indisciplinado pode contaminar todo um grupo e Jóbson passar a ser mal visto. Até mesmo no Botafogo, que reluta em integrá-lo ao elenco novamente. Gostaria de chegar aqui e dizer que este foi o último episódio mas, sinceramente, acredito que outros ainda virão.

O pensamento que tenho é que ele não quer ser ajudado, não sei se é o vício que não deixa ou a falta de humildade de admitir e encarar a doença. As oportunidades são dadas, muitas não voltam e ele consegue, através de seu comportamento, desperdiçar todas. Não quero passar aqui por uma pessoa sem coração, que se recusa a estender a mão para o próximo. O problema é que as mãos e até os braços já foram estendidos e não houve uma resposta positiva do outro lado ou um gesto de agradecimento.

Prezo pelos clubes que o acolhem e pelo exemplo dado aos mais jovens, o que ele precisa não é mais de uma oportunidade no futebol para mostrar o seu valor como jogador, mas sim um tratamento para mostrar o seu valor como ser humano.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Lulu, O hitmaker

  Em tradução pra lá de simples, hitmaker quer mesmo dizer "fazedor de hits". Alguém capaz de fazer sucessos se multiplicarem. O homenageado desta terça-feira não é hipnotizador como Roberto Carlos, não é "beatle", como bem definiu o Pepê no post de sexta-feira sobre nosso grande Milton Nascimento, não é complexo e rebuscado como Caetano Veloso. Luiz Maurício Pragana dos Santos, nosso valioso Lulu, é, no máximo, polêmico. Polêmico, carismático, eclético, multi-instrumentista, animado, animador, showman... e um dos maiores hitmakers brasileiros.

  Falar de Lulu Santos é esperar gingado no solo alheio, é alimentar um artista que interpreta o lento e o ágil com o mesmo amor. É sentir um poder, uma profundidade enorme na mais simples canção. Aqui, um mágico pout-pourri do MTV Acústico de 2000:


  Já foi dito que Lulu Santos fica melhor a cada cabelo branco que aparece. Dotado de qualidades musicais inesgotáveis, faz de seu ofício diversão. E, natualmente, diverte seu público. Assistam Tim Maia virar boite no Ao vivo de 2004:


  Esta aqui é clichê, xodó, chiclete, o que quisermos. Todos conhecem e todos têm, se não a letra inteira na cabeça, a melodia completa no coração. Quem não se emociona com este solo de abertura?... assim se prova o hitmaker. E esta versão é da época em que ele ainda não havia rompido com Fausto Silva, que limitou seu tempo de tanto que falava:


  Competição dura entre a música que encerra o post e a anterior: qual é melhor? Qual é mais ouvida, mais cantada, mais reproduzida? Mais amada. Mais bonita. Seja o que for que Lulu quis, quando nos deu O último Romântico, foi genial: "só falta te querer, te ganhar e te perder. Falta eu acordar. Ser gente grande pra poder chorar."


  Muitos outros hits marcam esta brilhante - e infinita - carreira, como Popstar, Assim caminha a humanidade, A cura, Um certo alguém, Toda forma de amor, Tudo bem, De repente Califórnia, Sereia, Certas coisas, Tempos modernos, Um pro outro, Minha vida e Tudo com você.

  E você: curte o Lulu? Acha ele um chato? Ama? Que lembranças ele te traz? É possível escolher uma melhor?

domingo, 18 de setembro de 2011

Porque não chamá-los?

"Por favor!"
Muitos jogadores que, talvez estejam esquecidos pela grande maioria e pelo próprio Mano Menezes, podem ser muito úteis na preparação para 2014 e até mesmo para a Copa em si. Já que o assunto da “moda” é seleção brasileira – tendo em mente que é da moda devido à grande preocupação que estamos tendo – vamos analisar a situação. Até agora, 72 jogadores já foram chamados por Mano e nem todos foram realmente testados.
Além desses 72 já chamados, há outros jogadores que ainda podem “dar pro gasto”. Jogadores em ascensão no futebol brasileiro como: Elkeson (Botafogo), Borges (Santos), Willians (Flamengo), Dagoberto (São Paulo), Arouca (Santos), Diego Souza (Vasco), Júnior César (Flamengo), Cicinho (Palmeiras) e Alex (Corinthians). Outros, que não estão em grande fase, como: Kléber (Palmeiras) e Douglas (Grêmio) também podem ser aproveitados.
Jogadores que já foram ou não chamados e que atuam no futebol europeu como: Hernanes (Lazio), Anderson (Manchester United), Luisão (Benfica), Alex (Chelsea), Nilmar (Vilarreal), Rafael (Manchester United), Philippe Coutinho (Inter de Milão), Bruno César (Benfica), Thiago Ribeiro (Cagliari), Jonas (Valencia) deveriam ter mais chances com Mano. Assim como alguns “esquecidos”. São eles: Adriano (Corinthians), (Diego Tardelli), Kaká (Real Madrid), Michel Bastos (Lyon) e Luís Fabiano (São Paulo).
"E aí Mano?"
Opções são o que não falta. A única quase unanimidade que temos é na escolha dos três goleiros: Júlio César (Inter de Milão), Jefferson (Botafogo) e Victor (Grêmio). Não se pode continuar com essa de convocar jogadores depois da fase quando estavam “comendo a bola”. A convocação de Fred agora retrata isso e olha que não come a bola há muito tempo. Thiago Neves sendo chamado agora também é um retrato do criticado “estilo Mano” de convocar.

Ter deixado de chamar Marcelo e continuar a deixar Hernanes e Douglas de fora por erros individuais em jogos demonstra certa falta de maturidade do treinador. Foi como a escolha de Dunga ao levar Júlio Baptista à Copa e deixar Ronaldinho Gaúcho de fora. O R10 tinha quase 15 gols no italiano enquanto Júlio tinha menos de quatro. Totalmente sem coerência (palavra também da “moda” no futebol). 
Então é isso, temos que deixar o homem trabalhar e qualquer coisa chamar os “Mitos do Futebol” Túlio Maravilha e Romário para resolver em 2014, porque com Ganso e Elias não levantaremos nenhuma taça.           
"Tá Loco, Mano?"


sábado, 17 de setembro de 2011

Mitos do Futebol

Jogadores tão diferenciados (para melhor ou para pior) que se destacam, de tal maneira, de outros e entram no imaginário dos torcedores, tornando-se parte da própria história de cada um deles. O que faz um jogador se tornar mito? Habilidade? Carisma? Sorte? Irreverência? Uma mistura disso tudo?

Romário é um deles. O jogador, que anotou mais de mil gols na sua carreira, teve momentos distintos. De ídolo nacional em 94 a expectador da copa de 98. Indiscutivelmente um dos últimos grandes jogadores que nosso país criou. Um gigante dentro da área e um personagem irreverente com suas palavras. Será que o baixinho faria parte da história do futebol, de maneira tão marcante, se fosse somente um craque com a bola?

Túlio Maravilha. Goleador? Sim. Carismático? Sim. Ídolo? Sim. Craque? Não. O boleiro mitológico, hoje com 42 anos, continua em busca do seu milésimo gol. Contestado pela sua contagem, julgado por atuar em times de menor expressão (como atualmente o Bonsucesso). Maravilha conta hoje com 971 gols e projeta fazer o milésimo pelo time do qual foi grande ídolo, o Botafogo. Nunca jogou uma copa do mundo, nunca foi eleito melhor do mundo, nunca levou outro time a outro grande campeonato. Mas mesmo estando velho e não tendo feito nome em outro lugar, qual o torcedor alvinegro não vai querer ver o jogador vestir a estrela solitária no peito de novo?

Um que, apesar de entregar um jogo de copa do mundo e de ter levado vários "frangos" na carreira, será sempre lembrado por uma jogada é Higuita, com sua emblemática defesa do escorpião. Agarrar a bola seria extremamente fácil, mas porque segurar ela com as mãos quando você pode fazer isso com os pés? Além de sua forma inusitada de rebater os chutes adversários, o goleiro gostava de conduzir a bola até o ataque, marcando assim 41 gols em sua carreira. Mesmo se não tivesse entregado um jogo de copa do mundo, será que ele seria lembrado se não tivesse criado uma forma tão "original" de atuar?


Jogadores assim serão, talvez, mais lembrados que os grandes craques da atualidade como Cristiano Ronaldo e Messi. Ambos são idiscutivelmente craques, mas será que eles tem o necessário para serem lembrados como mitos?

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O beatle brasileiro

     Milton do Carmo Nascimento, o beatle brasileiro. As influências são claras e as aparências não enganam. Fã dos garotos de Liverpool, o filho adotivo de uma professora de música e de um dono de estação de rádio parecia ter seu futuro certo como músico. Ainda criança ganhou uma gaita de sua avó e a tocava completando as notas que faltavam com a voz.


     Formou pequenos grupos musicais com amigos e logo estava tocando nas noites das cidades da região mineira. Em Belo Horizonte, fundou o movimento musical Clube da Esquina, junto a nomes como: Lô, Márcio e Marilton Borges, Tavinho Moura, Toninho Horta, Fernando Brant, Beto Guedes e Flávio Venturini.


     Suas músicas têm grande aptidão a tocar o coração das pessoas. Escreve como poucos. Letras com conteúdo sempre são o diferencial de um grande artista. Descreve o jeito brasileiro, a jornada pelas estradas que todos nós enfrentamos por todas as regiões. Ouvindo suas músicas conseguimos viajar pelo interior de Minas, imaginar e sentir mata verde, brisa fresca e todo sentimento de pureza que a vida tem a oferecer.


     Em canções como Coração de Estudante, Peixinhos do Mar e Bola de Meia, Bola de Gude, tenho a emoção de relembrar minha infância, a qual não vivo mais há apenas uma década, sou jovem, mas a nostalgia que a música nos propõe é tão grande, que fica difícil de segurar a emoção. Com ele, imagino e vou a lugares que nunca fui.

     Um orgulho para Lennon e McCartney.


Milton é Amor, Alma, Cultura, Juventude, Sonho, Paixão. É Nossa Terra, é Brasil!
"Se Deus cantasse, seria com a voz do Milton" - Elis Regina

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

E aí Mano, tudo certo?

  Não tinha como fugir do assunto, por mais que eu quisesse. O post de hoje tem que ser sobre o jogo de ontem. Mas, o que falar? Não teve emoção, não teve gol, não teve o que o público esperava de um Brasil x Argentina.

  Mano Menezes claramente preocupado com o resultado colocou em campo um time mais experiente e defensivo, deixando no banco jovens promissores que tem grande chance de estarem na Copa de 2014. Ralf, Kléber, Paulinho e Renato Abreu foram bastante criticados, por não terem acrescentado à Seleção Brasileira aquilo que se espera. E Mano tinha opções no banco, muitas aliás, não mexeu porque não quis. Quando mexeu, mandou mal. A entrada de Oscar no lugar de Renato Abreu até trouxe criatividade, mas acredito que se tivesse optado por Lucas - meia do São Paulo - surtiria mais efeito. Isto porque faltava velocidade aomeio de campo. Ronaldinho é craque, não se discute, mas sua característica não é ser o condutor da bola. Na verdade ele só precisa tê-la em seu domínio para decidir.Essa Seleção Argentina não oferecia nenhum perigo, com Verón e Riquelme fora e Boselli - único lúcido na equipe - saindo antes do fim do primeiro tempo, dava pra ter ido pra cima. Porém, o medo de perder tirou a vontade de ganhar. O time de Sabella só corfimou o período de vacas magras que passa o futebol argentino.

Lembra quando falei que não teve emoção? Pois é, teve sim, foram apenas alguns lampejos individuais, seja na cobrança de falta de Ronaldinho ou num lance ou outro de Neymar ou nas duas bolas na trave de Leandro Damião, a segunda por sinal após um lance magnífico.

A conclusão que tiro é que perdemos mais um amistoso. Tanto na oportunidade de testar os garotos quanto no resultado. O 0x0 ontem foi derrota, talvez aquela ''Seleção'' Argentina tenha sido um dos adversários mais frágeis que o Brasil já enfrentou na Era Mano e mais uma vez deixou a desejar.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Indie, o rock underground

  Músicos sempre sonharam com contratos milionários. Mas o que fazer quando as grandes gravadoras não apostam em você? Bandas dos EUA e Reino Unido em busca da fama resolveram buscar novos caminhos. Contratos com pequenas gravadoras e produção independente caracterizaram no início da década de 80 esse novo movimento de rock.

  O Indie, por ser uma vertente do rock que não se caracteriza por um estilo musical, dispõe de artistas com várias idéias e propósitos musicais.

  Um dos primeiros grupos propriamente Indie foi o Joy Division. Em 1977, inspirados pelo Punk e o eletrônico (que surgia na época), foi batizada (pela segunda vez) em homenagem a uma casa de prostituição da série The House of Dolls (1965). A banda teve seu fim em 1980 com o suicídio do vocalista e guitarrista Ian Curtis.


  Nos anos 60 o Velvet Underground, apesar de considerado somente rock, já mostrava sinais do que estava por vir. Com um estilo sem muito público para a época, acabou sendo rechaçado pelas grandes gravadoras e teve uma carreira pouco vistosa. Apesar de poucos fãs, a banda vive no imaginário como sendo a inspiração para grandes artistas e grupos, como David Bowie, Nirvana, The Strokes e o próprio Joy Division.

  Bandas mais recentes representam ainda melhor o estilo Indie. Com a facilidade de expor e divulgar suas músicas na internet vários outros tedem a seguir o mesmo caminho de "independência" que por exemplo a Bright Eyes e Death Cab For Cutie fizeram. Fundada em 2004, A Bright Eyes, tem como gravadora a Saddle Creek Records, selo oficial, fundada por Conor Oberst (compositor e guitarrista do grupo) e seu irmão Justin,

  Death Cab for Cutie começou ainda mais cedo (1998), mas desde o início figurou entre as bandas independentes de destaque. Os estado-unidenses começaram como um projeto-solo de Ben Gibbard, quando lançou um cassete que ele mesmo produziu. Após isso formou a banda, lançou seu primeiro LP e ingressou no mundo Indie com uma boa crítica.

  Todos esses exemplos nos mostram a verdade sobra a música, mesmo com pouco dinheiro, pouco apoio e sem uma gravadora grande, a boa música pode sim atingir seus objetivos.

sábado, 10 de setembro de 2011

A volta do patriota


  Semifinal da Copa do Mundo de Beach Soccer. O jogo é Brasil x Portugal. Certamente, o maior clássico da modalidade.

  Bruno Senna foi efetivado e faz seus primeiros treinos e corrida de Grande Prêmio como piloto oficial de um Lotus preto. Em Monza. A coincidente lembrança arrepia.

  Porém, apesar de tanto verde-amarelo, é no início da noite de hoje que o bicho pega. Tem início às 19h o momento de torcer. Nossos basqueteiros têm pela frente a República Dominicana. Quem ganhar, vai aos Jogos de Londres, no ano que vem. E faz tempo que a bola laranja não é motivo de encontro entre brasileiros e a tocha olímpica.

  Não é possível nem afirmar que "o basquete brasileiro vive o melhor momento desde...", pelo menos eu ainda não consigo olhar com tanto otimismo o cenário atual desse tão praticado esporte, em termos de estrutura, em nosso país. Há um amadorismo muito grande ainda e a liga nacional precisa convencer.
  A seleção surpreendeu pela campanha, depois dos nada surpreendentes pedidos de ausência de jogadores da NBA. Apesar da perda técnica, os que ficaram parecem ter crescido em inteligência e disposição. Muitos louros para Rubén Mangano, pois o óbvio, que não era visto nos campeonatos anteriores, foi executado: o jogo coletivo, a marcação forte, tudo o que é mais necessário em um jogo de basquetebol. Atuações irregulares, mas suficientes para vencer marcaram esta seleção até o épico - palavra da moda - encontro com os donos da casa, os favoritíssimos argentinos. Vencemos. Nesta quinta, atropelamos Porto Rico.

  Mesmo derrotada pela Rússia na última final, a muito vitoriosa seleção de vôlei já passou da fase do frenesi com a torcida. O automobilismo é cada vez mais uma esperança forçada dos patriotas verem-se felizes com ao menos uma vitória. No atletismo, as conquistas são raras e não provocam tanta comoção. Esperamos, no tênis, um novo Guga. Se dependermos de Belucci... No futebol está cada vez mais claro que, para a grande maioria das pessoas, em relação ao esquete canarinho, o clube do coração é prioridade absoluta.
  São muitos os dramas, muitos os motivos para aguardarmos ansiosos as sete horas da noite. O grande evento do final de semana. O jogo mais importante do esporte nacional nos últimos tempos. Isso sim, faz arrepiar novamente. Dá tanta vontade de ver a seleção. Faz emanar, tanto, o sentimento patriota. Tanto, e tanto tempo depois. Vamos lá, Brasil!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Aprendendo com o Latino


     Perdão pelo trocadilho, mas quando decidi escrever sobre o assunto do post de hoje, Mashups, pensei no Latino e tive que colocar isso. Latino, “Junto e Misturado”, mestre em misturar sertanejo com funk, axé e o que vier pela frente, sacou? Podre, eu sei, mas vamos ao que interessa. Mashup é a mistura de duas ou mais músicas de harmonia semelhante que se encaixam e formam outra música.

     Feitos por DJs do mundo todo, essa forma de mixagem se tornou muito popular nos últimos anos. Para começar, coloco um link de um mashup com pequenas partes de 39 músicas, isso mesmo, 39! Vale a pena conferir: http://poucopop.com/39-musicas-em-um-dos-melhores-mashups-que-ja-ouvimos/de. Agora, apresento-lhes outros que em particular me agrada bastante.

     Shut up, American boy é a união de Shut up and let me go dos Ting Tings com American Boy de Estelle. Riff e batida marcantes de Shut up and let me go acompanham muito bem a bela melodia de American Boy. Boa mistura.


     Without me do Eminem é uma música muito usada em mashups por ter uma melodia que se encaixa em muitas harmonias. Nessa miscelânea, ela se encaixa com a também muito usada Better, Harder, Stronger do Daft Punk. Nesse vídeo há também a interação entre os clipes das músicas. Ficou muito bom.


     O experimentalismo eletrônico do Radiohead com o jazz do The Dave Brubeck Quartet fundiu de forma agradável. Os compassos se encaixam perfeitamente. A excelente 15 Step ficou ainda melhor com os metais do jazz.  


     Michael Jackson e James Brown. Não precisa falar muita coisa.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Cadê a raça?

Perder acontece. Nenhuma vitória em 6 jogos também acontece. Agora, o Flamengo jogar sem raça não era para acontecer.

Não no sentido dicionário da palavra, mas no sentido de garra, de vontade de vencer, de não dar nenhum jogo como perdido. Ela estava lá na virada contra o Santos, e depois sumiu. “Raça, amor e paixão” não está no hino por acaso, esse é o lema do Flamengo. É a gasolina na Gávea, e sem ela o time não anda.

Ou alguém aí já viu o Fla vencer sem ela? Técnica, habilidade, e coisas dessas não são tão importantes no Flamengo. Lá quem brilha é quem quer, quem daria o sangue pelo manto. Os jogadores que fizerem isso vão ser ídolos. Lembram do Obina? Então.

Mas por que ela desapareceu? Nem as mudanças táticas que ocorreram por causa das lesões explicam. A torcida? Os rubro-negros tem muitos problemas, vaiam, xingam, mas sempre estão presentes. O patrocínio? Será que a duracell na camisa ta tirando a energia? Ou então o posicionamento no campeonato? Vice liderança não costuma ser problema pra ninguém.

Mas para o Flamengo foi. Se acomodar é normal, mas depois de ter perdido o 2º lugar para o Vasco hoje era o dia de entrar em campo com desejo de goleada. Aí o que aconteceu? Todo mundo ficou tristinho porque o Ronaldinho tava com a seleção e parecia um bando de deprimido em campo. Uns lances salvaram no 1º tempo e começo do 2º, mas no final era o time da displicência. Mesmo se o Messi tivesse jogando, sem garra o Flamengo não ganharia nem a Copa da Amizade.

O “invicto” perdeu mais uma, e caiu do topo para a 5ª colocação. Acontece. Agora é torcer pra que a raça volte amanhã contra o Corinthians, ou a luta pelo campeonato vira luta por vaga na sulamericana.



E parece que o Bahia virou peixe grande!

Ou na crise até sardinha vai, em Papai Joel?

domingo, 4 de setembro de 2011

Empolgante e ponto

  Fim de rodada e todos os amantes do futebol colam os olhos e ouvidos nos programas esportivos para verem e escutarem os comentários da rodada. Erros de arbitragem, gols incríveis perdidos, jogadas de efeito, tudo é assunto para os entendidos. É claro que a preferência sempre fica para aquelas partidas em que há grandes do futebol brasileiro ou as que a emoção prevalece. Na rodada do fim de semana o destaque fica para a partida do Fluminense, o atual campeão, que venceu o Atlético/GO por 3x2.

  Vitórias são sempre bem-vindas, claro, ainda mais pra quem vive uma instabilidade na competição. Quando ela vem com suor e de virada, como foi, vale exaltar o espírito do grupo. Agora, considerá-la épica eu acho um exagero. Exagero porque? Eu estaria sendo clubista demais e desmerecendo os três pontos tricolor? Acredito que não. É consenso que o campeonato está equilibrado, mas fica evidente a disparidade entre o elenco tricolor e o time goiano. Com jogadores almejando seleção e alguns até figurando entre os selecionados, a vitória era obrigação e serviria como afirmação. A vitória veio mas o meu otimismo em relação ao potencial do Fluminense-2011 ainda segue adormecido. Concordo que as circunstâncias serviram para mexer com o emocional do grupo, mostrando a atual fase e apontando as carências do time. Jogando muito mais na base do abafa e do vamo-que-vamo o clube das Laranjeiras cumpriu o dever de casa. E é nesse ponto que me prendo.
   Com todo o respeito ao Dragão Goiano, perder em casa para essa equipe é tropeço. Reverter o resultado é evitar o vexame. Épico seria conquistar os títulos internacionais que escaparam por detalhes nas duas oportunidades que tiveram e elevar a marca no continente. Além disso, mostrar a ascensão de um clube que saiu da terceira divisão e foi aos poucos, degrau por degrau se consolidando, ou melhor, reconquistando o seu posto no cenário nacional. Ainda tem o que evoluir, mas uma coisa de cada vez.

  Três gols em oito minutos são raros de acontecer mas, sinceramente, acredito que isso se deve muito mais à  fragilidade do adversário. Daqui a alguns anos, poucos recordarão deste fato. Para mim, um clube do tamanho do Fluminense deveria apegar-se a resultados que enriquecem a história do clube, que representam momentos de glórias e alegrias. Vibrar diante de uma vitória é sempre aceito, defini-la do jeito que foi é atestar a incapacidade do grupo atual de obter grandes resultados, ou até resultados esperados.

  Se o ano não é bom e não há razões para comemorar, a saída é honrar as três cores que traduzem tradição e respeitar aqueles que comparecem e apoiam. Poupá-los de um sofrimento desnecessário é um bom começo.

sábado, 3 de setembro de 2011

Para que serve um evento?

  Na Fonte Nova, a necessidade de paralisação também chegou, depois do movimento no Rio de Janeiro. Imagino que os cartolas estejam em desespero. Mas em relação ao término da obra, no mundo inteiro existe a pratica do "dá-se um jeito". Vergonha, por isso, não passaremos.

  Dito isto, a questão-post é mais filosófica, existencial: de que maneira Jogos Panamericanos, Copa do Mundo de futebol e Olimpíadas podem melhorar nossas vidas? Nos colocando perto de ídolos? Fazendo das terras tupiniquins atraentes durante um mês? Deixando o tão desejado legado? Que legado? Pois é. Que legado?

  Segurança, alimentação, transporte e outras condições básicas de trabalho não são oferecidas aos trabalhadores dos estádios, o que na verdade nada mais é do que reflexo do que acontece - ainda - por aí. Gente grande explorando gente boa. Essa é velha.

  Relevantes são as consequências socias que esses movimentos podem nos reservar.

  Com o Pan, o trânsito melhorou no Rio de Janeiro, mas capitais do Centro-oeste brigaram por um jogo certamente irrelevante no mundial de futebol. Por que? Diversão ou um futuro melhor?

  Não há e não há necessidade de hipocrisia. Logicamente, os trinta dias de evento são sempre muito legais e é possível sim aliarmos entretenimento ao legado.

  Basta estarmos certos de nossas prioridades e aqueles que não deixam as coisas acontecerem terão mais dificuldade de complicar o que seria óbvio. Salve salve Andrew Jennings.

  Vamos abrir os olhos para o que queremos. Vamos conversar sobre coisa séria também.