sexta-feira, 29 de julho de 2011

Chuva de dinheiro

  Muito se esperava das contratações bombásticas que poderiam ser realizadas pelo Manchester City - clube pertencente ao milionário Mansour bin Zayed - afinal o clube volta a disputar a Liga dos Campeões e quer fazer bonito. Porém, foi no fim da janela de contratações que a tão aguardada transferência do novo grande reforço foi concretizada. Trata-se do jovem e já experiente Sérgio ''Kun'' Aguero. O jogador, que é conhecido no Brasil mais por ser genro de Diego Maradona do que por seu talento, vai ganhar cerca de 510 mil reais por semana. Por semana!

  Jornais ingleses já publicam notícias referentes a um suposto ciúme interno, por partes dos outros atletas, causado pelo salário astronômico do argentino. Essa pequena crise, ainda não confirmada, era de se esperar, apesar de que Aguero ainda não realizou sequer uma partida com a camisa do City e não se sabe se o clube terá o retorno esperado. O que é certo é que no futebol de hoje, chamado de futebol moderno, a camisa, o profissionalismo e a dedicação se tornam obsoletos. O que vale é dinheiro no bolso, seja do jogador quando assina contratos milionários com clubes e patrocinadores, seja do clube que arrecada com venda de camisas, produtos que utilizam a imagem do jogo, estádios mais cheios gerando mais renda e por aí vai. Não questiono Aguero como profissional nem como jogador - na minha opinião um bom jogador, porém supervalorizado - assim como não questiono a tradição do Manchester City. O que questiono são as cifras. Existem jogadores mais completos e com menos mídia assim como existem clubes melhores tecnicamente e mais organizados que pagam menos.

  O motivo dado por Sérgio Aguero para assinar com os Citizens foi ''o projeto''. O tão famoso ''projeto'' que ouço falar. Recentemente tivemos contratações em que esse termo foi bastante utilizado. Caso de Renato, ex-Sevilla quando assinou com o Botafogo. Será que nos ''projetos'' que os clubes apresentam para jogadores e seus empresários consta a remuneração após a assinatura?


  Se camisa, dedicação e profissionalismo tivessem um preço, quanto custaria a seleção do Uruguai? Será que o sheik do Manchester City teria dinheiro para pagar?

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Que jogo!


  Eu não vou me esquecer do jogo de ontem! Muitos não acreditavam, mas eu nunca deixei de acreditar, sempre apoiei e são nos momentos difíceis que eu vejo o quanto o sentimento toma conta de mim e fala mais alto do que a razão.

  Os caras saíram na frente, digo os caras porque me recuso a dizer o nome do time. O gol logo no início abala qualquer time, e não por acaso sentimos o golpe. Mas com sabedoria e força de vontade conseguimos reagir. Hoje ninguém vai lembrar dos detalhes, apenas do resultado. Nosso maestro voltou a mostrar o porque do investimento, porque ele é ''O Cara'' do time, voltando a marcar, consequentemente a confiança retorna. O segundo gol, de cabeça, também vale um destaque, afinal não foi um cruzamento, foi um passe, fazendo com que eu tivesse a sensação de que tinha sido feito com as mãos. Temo que a vitória esconda as falhas, principalmente as defensivas, sem falar na falta de um centro-avante.

  Vale ressaltar o espírito guerreiro da equipe, que não se abateu com um placar momentaneamente adverso e buscou os três pontos a todo momento. Sem contar que ainda perdemos um jovem jogador - lesionado -  que vinha bem, dando velocidade nos contra-ataques e levando bastante perigo. Ainda acho que o nosso glorioso treinador modificou o time de maneira errada, deixando-o exposto, sofrendo um baita sufoco e apostando tudo num contra-ataque. Nossos laterais saíram-se bem, considerando que não som bons defensores, eu imaginava que os caras forçariam as jogadas pelas pontas... no fim deu tudo certo e saímos vencedores e encostamos nos líderes; agora é manter, pois só temos a crescer e conquistar outras vitórias. Depois dessa partida que me fez roer todas as unhas, a única coisa que posso dizer, dizer não, agradecer, é:

Valeu Fogão!
Não espere das pessoas aquilo que você deseja ler ou ouvir!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

À espera da magia

  Na partida de hoje contra o Avaí, o Botafogo terá oito desfalques. Alguns deles são peças fundamentais no esquema de Caio Júnior, até mesmo Loco Abreu que ainda não jogou nesse Brasileiro. Com tantas ausências, o time vai bastante modificado, e é claro que isso já seria esperado também com todos os jogadores disponíveis porque Caio Júnior tem mudado as peças a cada rodada. Porém, ele tem insistido demais em dois jogadores que não agradam a torcida a muito tempo. Alessandro (sempre ele) e Maicosuel tem sido alvos de vaias.


  Em relação ao primeiro eu concordo, pois é um jogador fraco tecnicamente, apenas esforçado. Como lateral ofensivo é nulo, não sabe cruzar e não vai ao fundo, na defesa mostra disposição, apesar de deixar buracos enormes e se atrapalhar na cobertura dos meias. Possui reservas, reservas porque não conto somente com Lucas para aquela função. Acho que outros jogadores poderiam ser testados na posição, caso do jovem e regular Lucas Zen, que tem sido uma grata surpresa neste ano. Entretanto, acho improvável Alessandro ser sacado do time. O jogador é odiado pela torcida e homem de confiança de todos os treinadores que passaram por General Severiano nestes últimos 4 anos. Isto é difícil de entender!

  O caso de Maicosuel é complicado. Foi um alto investimento - cerca de 9 milhões de reais - e ainda não repetiu as atuações do Carioca de 2009, campeonato no qual se destacou com a camisa alvinegra. Apesar de não atuar bem, tem chamado a responsabilidade durante o jogo, tentando jogadas, arriscando sempre que possível. Mas a fase não é boa e as coisas não tem dado certo. A insistência se deve mais ao fato de não haver substituto à altura. O jeito é continuar dando tempo ao jogador, esperando que aquela fase - que todos querem ver - volte o mais rápido possível.

  Sobre hoje, considero o Avaí um grande desafio, está na zona de rebaixamento, é o penúltimo colocado e deve jogar fechado, explorando os contra-ataques. O Botafogo mesmo com tantos desfalques é capaz de ganhar, mas ainda falta um camisa 10, um jogador que pense o jogo. Contra um time fechado uma enfiada de bola por entre os zagueiros pode definir o jogo. Espero que o Harry Potter alvinegro faça mágica hoje!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Let's go to the rock show!


  O ano de 2011 marca a volta de uma das bandas mais irreverentes do rock. Do rock não, afinal o som deles é pop-punk, são estilos bem diferentes. Com letras bem humoradas que falam basicamente sobre mulheres, alcool e a curtição de uma vida adoidada, ainda que vão contra as boys bands (grupos como Backstreet Boys e N'Sync), o Blink 182 retorna após um hiato que teve início em 2005. Para alegria dos fãs, os integrantes se entenderam e o grupo não sofreu mudanças em sua composição. Sobre a carreira de sucessos, os integrantes costumam dizer que a banda possui três fases.

  Aqui, Dammit, sucesso do primeiro CD e da primeira fase, onde predominava a influência do punk.


  All The Small Things representa a busca de criação de um estilo próprio. Estouraram mundialmente, apesar de terem sido acusados de se ''vender'', por modificar as letras, tornando-as mais leves e tendo aceitação nas rádios. Segue I Miss You, da terceira fase, onde as músicas são mais suaves e seguem a nova tendência.


  O trio formado por Mark Hoppus, Tom DeLonge e Travis Barker iniciou a carreira oficialmente em 1994, fazendo seus primeiros shows em San Diego, na Califórnia. O som do Blink é uma reedição do punk dos anos 70, que sofreu uma transformação, adquirindo uma forma mais comercial nos anos 80, passando a ser chamado de pop punk. Até agora foram lançados cinco CD's e muitos sucessos, o mais conhecido deles é All The Small Things, que possui um videoclipe engraçado onde sacaneia as boys bands do início ao fim, além de ter sido tema do filme ''As Panteras''.


  Esse ano o Blink lança novo CD, que mantém em seu repertório músicas mais suaves e românticas, uma tendência no cenário da música. O ano também reserva uma turnê nos EUA, junto com o My Chemical Romance. Se a banda conseguirá manter o mesmo sucesso de outros tempos, só o tempo irá dizer, mas é certo que os fãs não viam a hora do retorno.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A dura realidade e a nova referência sul-americana

  Não é novidade que muitos dos dirigentes das instituições esportivas brasileiras estão matando um país rico também em matérial humano, um país que poderia ser uma potência em todos esportes. Os Nuzmans e Teixeiras da vida, juntamente com a também óbvia complacência do poder público - minimamente negligente - provam dia após dia, ano após ano, que o importante é o próprio interesse, o próprio bolso, como disse  Caio Fiusa no ótimo post de ontem. O retrato disso é a evolução pífia em cada esporte - com raras excessões - que provoca desempenhos cada vez mais limitados nas competições, apesar de nossas possibilidades. Especialmente nas competições de esportes coletivos. Vide Olimpíadas. De um modo geral, nos destacamos quando um ser de talento muito acima da média consegue superar as limitações estruturais e alcança um resultado surpreendente. Nossos maiores talentos esportivos, nossas grandes vitórias, são nos esportes individuais.

  Dito isso, vamos ao que cabe a Ricardo. Acordemos para o que acontece com a nossa seleção.

  Duas Copas do Mundo fora das semi-finais e ainda partimos do intuitivo e soberbo princípio de que somos a melhor seleção do mundo. É fato: há duas Copas somos apenas os quintos melhores. O "maior celeiro de craques" continua sem ganhar uma Olimpíada - o último desempenho foi de chorar - e continuamos a fazer de jovens promessas, craques quase prontos. Atenção amigos, para o que vêm agora. A partir da primeira semi-final da Copa América 2011, está confirmado: não somos nem os melhores das bandas de cá!


  Esse posto, ao qual a Argentina (também por problemas estruturais, só que de amplitude muito maior) não ocupa há quase duas décadas, pertence ao Uruguai(independente do resultado da final da Copa América). Salve a Celeste! Agora muito mais que olímpica. Para quem duvidava do muito bem conquistado quarto lugar no último mundial, os uruguaios são finalistas do torneio de seleções da CONMEBOL. E antes que digam que continua sendo pouca coisa... nessa sempre dura competição, nós ficamos pelo caminho... nas distantes quartas-de-final... acrescente um excelente desempenho no Mundial sub-17, onde nos venceram por 3 x 0 e avançaram à final, o vice-campeonato no sul-americano sub-20, que os garantiu nos Jogos Olímpicos depois de muitos e longos anos, o Peñarol não por acaso finalista da Taça Libertadores e chegamos a conclusão: hoje, somos nós quem temos que aprender com os outrora reis da catimba...

  Silenciosamente, a federação uruguaia vem desenvolvendo um trabalho de caça e desenvolvimento de talentos há anos, que re-coloca - que bom - este país de apenas 4 milhões de habitantes de volta como um grande do mundo da bola. Tal trabalho gera frutos a curto, médio e longo prazo e descarta uma falsa manutenção de uma geração depois de um sucesso, ou uma raramente produtiva renovação após um fracasso. Jogadores experientes, diriam velhos, não foram descartados, mesmo que não estejam em boas condições para o Mundial que se adivinha. Renovação racional e natural, afinal eliminatórias, Copa América e até meros amistosos, podem estragar planos, destruir carreiras. Jogadores desta seleção brasileira que chamamos de craques têm média de 19 anos. Lucas, Neymar, Paulo Henrique Ganso, Pato. Deu no que deu. A tão pedia renovação resultou na volta para casa bem antes do desejado. Amedronta pensar que, não fosse a próxima Copa no Brasil, teríamos Eliminatórias contra os mesmos complicados conjuntos dessa Copa América.


  A vitória do Uruguai contra o Peru, que credenciou os celestes à final, foi conquistada com três reservas e sem um meia de qualidade, mas com padrão e variáveis táticas, jogadores de qualidade duvidosa, desprezada por muitos clubes daqui. Estabilidade psicológica de quem quer que entrasse. Do jovem Coates, passando pelo caneleiro Abel Hernández até "El Cacha" Arévalo Ríos. O Uruguai prova e ensina que é muito, muito melhor manter uma equipe sólida, forte e sempre entrosada, produzir uma geração de valor (e não jogadores de valor) desde a base, renovar gradualmente. O conjunto é forte, nível A, mesmo com muitos jogadores de nível B e até C.

  A inspiração é azul celeste, e as estrelas da nossa bandeira precisam ser lapidadas ainda. A camisa tem que colocar medo, como o forte conjunto uruguaio.

Amigos, amigos, negócio faz parte

Por Caio Fiusa

  Hoje teremos o complemento da décima rodada do Campeonto Brasileiro. O verdadeiro motivo desta mudança para um desinformado, passa desapercebido. Não se trata de transferir as partidas, que ocorreriam no domingo às 16h, horário do jogo entre Brasil x Paraguai, para que o povo brasileiro acompanhe a sua seleção e sim para que a Rede Globo possa exercer o direito de transmitir a maioria das partidas possíveis. 

  A aliança entre Rede Globo e CBF sempre foi bastante criticada. A mudança de datas além de atrapalhar o planejamento dos clubes pode gerar um atraso no calendário, fazendo com que, mais para frente, se tenha mais jogos em um espaço de tempo menor.

  Até que ponto a interferência de uma emissora na realização de um campeonato de futebol é permitida? Talvez o senhor Ricardo Teixeira tenha essa resposta. Alguns comentaristas do canal ESPN, digo alguns porque não me recordo os nomes de todos, fizeram críticas pesadas em relação à essa parceria. Acho que a principal razão desta parceria perdurar até hoje e influenciar de tal maneira na competição é o poder aquisitivo da emissora, que com isso faz valer o seu desejo. Concordo que a Rede Globo tomar conta do campeonato nacional, da maneira que toma, pois tem participação até no calendário - isso é retratado nas quartas (às 21h50) e domingo (16h) onde times cariocas e paulistas são sempre visitantes favorecendo a transmissão - é no mínimo estranho.

  A pergunta que me faço é: Ricardo Teixeira adota uma política gananciosa, dando importância a acordos como o com a Rede Globo e publicitários. Seria uma idéia de angariar recursos para investir na elaboração de um campeonato de futebol feminino? Porque já é hora de termos uma competição nacional que valorizem as nossas meninas, que há tempos vem nos representando orgulhosamente seja aonde for. E outra, não possuímos uma liga de futebol de areia. O máximo que temos são torneios temporários, que não permitem aos nossos jogadores estabilidade, que são obrigados a ir jogar em clubes europeus para fazer o famoso ''pé-de-meia''. O futsal já possui um liga muito forte e assim como o futebol de campo, é exportador e referência. Pode-se tornar um exemplo a ser seguido.


  Por fim, será que a única mudança que teremos daqui pra frente estará relacionada a datas de jogos ou formalução do calendário, atendendo a interesses? Espero que não. Gostaria de ver o meu país vencedor em todas as modalidades, tanto masculino quanto feminino, e dar o primeiro passo parece ser tão fácil. Pena que é só para mim, ou até mesmo para você. Dinheiro não é mais problema. Falta o interesse, outras vezes levado tanto em conta.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Chega de saudade

  Quem tem por volta de 20 anos curtiu muitos ótimos desenhos animados. Eu disse ótimos. Hoje temos bons.

  Comparações à parte, grande parte do sucesso de um desenho animado se deve a sua trilha sonora, principalmente a abertura, que fica na cabeça de (nós) crianças e produzem um efeito cascata na venda de produtos com a marca da série.


  É hora de matar a saudade, é hora de aberturas de desenhos animados no blog O Agonizante:

  Goku, Vegeta, Freeza e compania alimentaram manhãs, tardes e noites - e fazem falta. Meninos e até meninas se entretiam muito com esse anime considerado violento, só falavam nos personagens, uma febre mundial. Aqui, uma das aberturas da série, provavelmente a que mais pessoas conhecem a letra. Ah! A saga mais emocionante foi a de Cell, não acham?


  Para quem cantava "Vou de táxi", protagonizou "Zoando na TV" e casou com Luciano Huck, cantar a música de abertura de um desenho animado deve ser um orgulho. A artista é Angélica. O desenho é Digimon, mais um sucesso colossal japonês.


  Ouvir essa abertura(infelizmente só ouvir) e lembrar o passado pode/deve provocar um sentimento misto de ódio e nostalgia ou  provocar uma boa gargalhada. A criatividade foi longe! Um Hamster de sucesso!


  "As Panteras" em forma de desenho lembra também "As patricinhas de Beverly Hills". As três universitárias recrutadas como espiãs salvam o mundo, se metem em confusões e não deixam esquecer esta abertura:


  Agora sim! Os monstros de bolso. A maior febre dos anos 1990. As batalhas. A virada de boné para trás. A irritante voz de Ash Ketchum da cidade de Pallet. A busca pelas insígnias, as amizades... Pokemon!


  Lembram de mais algum? Manda para cá!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Fala Sério!

  Terminei de ler um livro hoje. Há meses tinha começado a leitura, mas faltou tempo e (sem desculpas) sobrou preguiça por vezes. Um livro que comprei com gosto. Talvez o único que eu comprei com tanto gosto. O post de hoje talvez fosse melhor em uma data representativa, mas não. As histórias não precisam ser arquivadas, assim penso. Não estou aqui fazendo propaganda do livro – ou, sem querer, estou também, foda-se. O livro é a biografia de um grande amigo de todos. Uma grande figura.

  Grande mesmo... Bussunda era o cara que reunia todas as características de um cara desprezado: gordo, feio, relaxado e etc. Mas não, foi ícone, ídolo, amigo, fez rir, fez chorar.


  Chorei. Sua morte provocou comoção nacional comparada a de Ayrton Senna. Ayrton Senna. E Cláudio Besserman Vianna era apenas um homorista do acaso. E como chorei. Chorei copiosamente, incontrolavelmente. Chorei de maneira mais intensa do que quando perdi minha irmã – sem comparações sentimentais, por favor. O amor fraternal é algo inexplicável e o vazio que sinto até hoje só eu sei. Mas o ato instintivo foi diferente. E Bussunda era a encarnação da alegria.

  Lembro de ter recebido a notícia no jornal de um domingo, fora de casa, de manhã cedo. A primeira notícia do dia. Inacreditável.

  Você pode estar se perguntando o que Bussunda tem a ver com o esporte ou onde está a música que o blog se comprometeu em sempre trazer aqui... tá, quantos não foram seus personagens esportivos? Quem não se lembra do Tabajara FC, de Marrentinho Carioca? Fala sério! E... música? Para ficar com um exemplo só, nosso amigo foi a imitação perfeita e odiada pelo imitado Tim Maia. Mas isso é só motivo. Bussunda é singular. Deu vontade, eu escrevi e você tá lendo.


  Bussunda. Apelido sem explicação e irrepreensível.

  O apelido mais perfeito. O presidente. O fenômeno. O cantor. Pai, amigo, líder de cabeças durante duas décadas extremamente influentes na cultura e política nacional. Nada mal para um gordo, feio, relaxado.

  Garoto-propaganda de cerveja, compositor de ônibus, caso quase-perdido de uma família de renome.


  Para mim, bastava o amigão; que fazia rir às terças, que simboliza a alegria. Que representa a vida como ela deve ser. Tranquila, zen. Relaxada.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

4-2-3-1. Porquê?

  Pois é. Depois do clássico 4-2-2-2 e do 3-5-2, o esquema tático da moda no futebol é o 4-2-3-1. Mas qual o motivo de tanto fascínio por um esquema? O que está por trás desse modismo? Ele veio para ficar? Respondemos aqui.

  A primeira lembrança é daquela França que vinha muito mal das pernas na Copa de 2006, mas melhorou e avançou até a final contra a Itália quando Raymond Domenech mudou o esquema de jogo. Do meio para frente: Makelele e Viera; Ribery, Zidane e Malouda; Henry. Um maestro regendo os azuis, muita velocidade com os meias externos bem abertos e Henry muitas vezes em posição irregular, sempre no limite da linha de zaga adversária.

Thierry Henry foi o centro-avante
perfeito  para a França em 2006
  Na última Copa o que mais se viu foram os tais cinco no meio. Do eliminado Brasil à campeã Espanha. Jogávamos com um meio-campo "em escada": Robinho pela esquerda, próximo a Luís Fabiano, Kaká centralizado e Elano mais atrás, pela direita, acompanhando Maicon. Felipe Melo era segundo volante, pela esquerda. A Espanha de raros gols só encaixou sem Fernando Torres, Com Villa de centro-avante, Iniesta, pela esquerda, Xavi pelo meio e Pedro pela direita.

  Há algumas variáveis nessa já difundida tática. Um dos times que utiliza isso no Brasil, o Botafogo tem dois volantes bem avançados, o que naturalmente "empurra" ao menos um dos meias adversários para trás. Para isso, os ótimos Marcelo Mattos e Renato têm muito vigor físico, marcação forte e uma qualidade impressionante no passe. Em contrapartida, a ausência de uma referência dentro da área reduz o repertório do time: Só Elkeson vem se destacando na parte ofensiva. O fato de Herrera não ser e não saber fazer o papel de pivô faz com que Maicosuel não tenha referência à frente e a marcação sempre dobre sobre ele ou outro meia externo. Os laterais também não têm para quem cruzar. Os torcedores alvinegros rezam pela volta de Loco Abreu, para que Caio Júnior possa consolidadar seu time com os meias externos próximos do meia central, ao contrário da França-2006.

Herrera não consegue ser a referência que
Loco Abreu costuma ser no ataque alvinegro
  Os exemplos mais bem-sucedidos de 4-2-3-1 pelas terras tupiniquins são os times de Mano Mezeses: Grêmio e, principalmente, Corinthians. Com Mano, pela primeira vez o Timão foi eliminado da Copa Libertadores e não foi instaurada uma crise no Parque São Jorge, tamanha era a lucidez da equipe. A melhor versão daquele Corinthians tinha Felipe, Alessandro, Chicão, Wiliam e André Santos; Elias e Cristian; Dentinho, Douglas e Jorge Henrique; Ronaldo. Um time que fazia do estreito Pacaembu um campo onde a vitória era praticamente certa. Ataque em bloco, apoio duplo pelos dois lados(Alessandro/Dentinho por um lado e André Santos/Jorge Henrique muito fortes pelo outro), Elias aparecendo com muita eficiência como elemento-surpresa e um tal de Ronaldo na frente...

  Percebe-se na seleção brasileira a tentativa de implementação do mesmo sistema tático, até pela ausência de meias que dominem a armação da equipe, como em outros tempos. Porém, a falta de tempo para treinamento(o trabalho nos clubes é a longo-prazo) dificulta muito para que os volantes avancem no terreno, Paulo Henrique Ganso encontre sua posição no campo - nem tão perto dos meias externos, nem tão longe dos volantes -, Neymar e Robinho(ou outros que mereçam) ocupem os espaços e o centro-avante - posição crucial no esquema - saber que precisa dar profundidade à equipe. Em outras palavras, ser pivô para todo o time(fazer a equipe jogar, rodar) em certos momentos, acelerar quando a marcação pede que os homens de trás usem lançamentos e abrir espaço para, principalmente Ramires, ser surpresa no ataque. Sem comparações técnicas, e sim táticas, ser o que Ronaldo era para o Corinthians ou comportar-se como Henry, nos lançamentos de Zidane. Essa é a função de Pato. Taticamente, Fred é melhor opção. Taticamente...

Apesar de não ser melhor na técnica,
 Fred pode ser mais útil do que Pato à seleção
  Mano Menezes tenta utilizar o esquema que o mundo inteiro usa, o esquema tático que mais jogadores colaboram defensivamente, que melhor distribui jogadores em campo. Talvez o melhor esquema para a seleção, mesmo. Porém, tantas variáveis, tantas peculiaridades demandam um período de tempo que pode não existir, tratando-se de torcida brasileira(a Espanha não convencia no início dos trabalhos). Cabeça de Mano Menezes a perigo.

ZzzZZz Futebol Clube

Foto: AFP
Hoje tem jogo da seleção brasileira. Em um passado até recente, o evento era motivo para parar o país, todos queriam ver seus ídolos atuando juntos, pois a vitória era garantida, o esperado era o espetáculo. Hoje os tempos são outros, o torcedor encara de outra forma - talvez decepcionado com as últimas campanhas em Copas, 2006 e 2010, talvez pelo futebol nada vistoso apresentado por aquele time que prometia ter um futebol bonito, com jogadas insinuosas e acima de tudo, gols. O futebol apresentado nos últimos jogos chega a dar sono.

A renovação está sendo feita. De maneira correta? Só o tempo irá dizer, mas ele nos mostra resultados que nos levam a crer que na partida de hoje o essencial é a vitória e não o show, o espetáculo. O objetivo é ser eficiente. Nos últimos jogos, raríssimas estão sendo as vezes em que as jogadas de efeito são em direção à meta. As notícias dizem que clubes europeus querem levar Neymar, o que é de se esperar, mas será que com propostas a todo momento, com cifras monstruosas, é possível manter o mesmo foco na competição? E mais, com tudo isso, o futebol apresentado, é para encantar o povo brasileiro ou uma parcela de pessoas que acompanham futebol com outros olhos?
Sempre torci pela seleção, por mais que meu orgulho em relação à canarinho esteja um pouco adormecido, porém, não me sinto atraído a sentar na poltrona e acompanhar a partida. Ainda assim, espero que ganhe e cale os críticos. Não sei os meus motivos para não assistir entusiasmado hoje, deva ser pelos já mencionados ou então apenas perdi a vontade, o gosto. Talvez aquele ''gordo'' faça falta.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Gostos à parte...

  Talvez seja apenas uma nova roupagem, há que diga que nada mudou neste estilo musical. Há que discorde de tudo, há quem ame, quem odeie. Tratamos dos famosos - e polêmicos - sertanejos.



  Se antigamente as duplas com nomes curiosos faziam sucesso e os chapéus eram indispensáveis, hoje, a indústria parece ter se rendido as necessidades do mercado nacional. Estética cada vez mais valorizada e shows mega-produzidos alimentam o desejo e atraem mais fãs.

  Apesar de muitos obterem fama com hits que ficam nas rádios por um tempo, para se manter em alta é necessário sempre algo mais...

  Já consolidados no mercado, ele venderam quase dois milhões de cópias de cds em menos de 10 anos de carreira, em um tempo de vacas muito magras. Com talento e projetos criativos, Victor e Leo tem fãs por toda a América latina. Abaixo "Borboletas", no dvd "Ao vivo e em cores":


   Maria Cecília e Rodolfo são casados e tiveram um início meteórico com "Você de volta". O sucesso desta dupla/casal que é destaque do sertanejo universitário mostra que valeu a pena não seguir a carreira de zootecnia, que cursavam juntos...


  Uma batida leve, um violão e a voz potente fazem o sucesso de Paula Fernandes. Decidida a ser cantora desde cedo, ela já cantou até com o rei Roberto Carlos no último especial da Globo. Vendeu mais de 1 milhão de cópias entre cds e dvds do álbum "Paula Fernandes ao vivo" e já teve várias músicas em novelas.

 
  A maior produção da indústria musical brasileira. Gostemos, ou não, sempre uma de suas músicas vêm a cabeça. 20 anos e já muito, muito premiado. 3 álbuns e um sucesso cada vez maior. Luan Santana não tem limites.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Outro Super John

  Esse é outro John. O John pacifista, gênio, não mais galã e às vezes incompreensível. O britânico nonsense que transformou o mundo, ou pelo menos tentou. O homem que liderou o maior grupo musical de todos os tempos e foi o precursor dos artistas envolvidos com temas globais. Lennon perdeu sua mãe ainda jovem e teve uma adolescência conturbada, porém não desisitiu. Aqui vão algumas músicas de sua carreira solo. 
  No single "Jealous Guy", John Lennon expõe em forma de poema para Yoko Ono, toda sua insegurança e seu ciúme. A letra por completa é emocionante e os teclados e assovios completam ainda mais essa sensação. Uma de suas grandes obras.


  Em "Instant Karma", John escreve de forma questionadora. O refrão é bem positivo e enfatiza que "todos somos super-heróis, especiais de uma certa maneira, todos brilhamos como a lua, as estrelas e o sol".


  O single "Love" expõe, mais uma vez, o tema mais abordado por Lennon, o amor. Dessa vez, a letra é exclusivamente e diretamente sobre o amor e não apenas fatos que têm o amor como tema e consequência. Lennon caracteriza o amor como real, fantasioso e sentimental.



  "Yer Blues" é uma canção dos Beatles que Lennon tocava em sua carreira solo, vezes com a Plastic Ono Band, vezes com o mega conjunto Dirty Mac, que contava com Keith Richards no baixo, Eric Clapton na guitarra e Mitch Mitchell na bateria. Essa versão é bem mais empolgante que a original. A voz rasgada de John e os grandes riffs de Clapton são os carros-chefes da canção.


  John Lennon era um garoto convencido que, na amizade com Paul McCartney, descobriu uma forma de expor todos seus medos em formas de letras de músicas. Era criativo, talentoso, bondoso, corajoso e por vezes inseguro e violento. Com todas essas características, compôs grande quantidade das músicas mais bem sucedidas de todos os tempos e entrou para a História.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Rei-batizado

    E vai Juninho. Bate Continência. Rei que bate continência para os súditos. Bate e entra em campo. Lembra dos velhos tempos, do amor antigo.

  Soa o apito. A oito se mexe.

  Um minuto, 34 metros, falta. "Mãe, vem cá que o Juninho vai fazer um gol!" O olhar, os passos para trás, a velha corrida, as velhas, muitas e venenosas maneiras de pegar com aquele pé direito na bola confundem o goleiro.

  O quique na tinta e o hábito. A corrida, o sorriso pernambucano e a oito brilhando confirmam: a rede estufou, é gol de Juninho!


  Ele aponta, procura, sabe, não sabe, quer. O que? É, ele é. Ele é o melhor cobrador de falta da história do futebol. Mais que isso, é um rei de bola. Vai tratar bem a bola assim na seleção! E vem aquele gol contra o Japão à cabeça. Aliás, quem não tem ao menos um gol de Juninho na memória...

  Ele corre, comemora, abraça, é abraçado; pelos jogadores, pelos torcedores, por quem gosta da arte-bola. Aplausos foram ouvidos, sentidos e ecoados mundo a fora. Ele bate no peito, na cruz de malta, aponta ao céu, agradece.

  Não, Juninho. O futebol é que agradece.

  Pouco importa o resultado do jogo, o futebol é muito mais que isso. Interessa é que mais uma rede - a do lado direito das cabines do Pacaembu - tem a honra de ter sido balançada. Mais uma vez, talvez.

  Esteja rebatizado, reizinho. Esteja feliz, Juninho.

Para Embalar

  Começa hoje a oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Como nos últimos anos, o equilíbrio entre as equipes é predominante, e neste início de competição é mais visível. Por isso a importância de cada rodada, seja para recuperar o tempo perdido ou afirmar o bom momento.

  Partimos dos jogos de 19h30:

  Inter x Atlético/PR - A equipe de Porto Alegre busca dar continuidade ao bom momento e emplacar a terceira vitória seguida. O técnico Falcão, outrora esteve ameaçado por atuações e resultados ruins, respira um pouco mais aliviado. O tempo foi aliado e permitiu que desse a sua cara à equipe colorada, porém, um novo tropeço pode colocar sua permanência em questão novamente. Do lado do Furacão, o novo comandante Renato Gaúcho ainda não assumirá o cargo em campo, a tarefa será de Leandro Nieheus. A equipe da Arena da Baixada tenta encontrar o caminho das vitórias: em sete jogos, apenas 1 ponto conquistado e 2 gols marcados. Palpite Agonizante: Inter 3 x 0 Atlético/PR.

  Cruzeiro x Grêmio - Os comandados de Joel Santana vão para cima dos gaúchos, mesmo sendo díficil esperar isso de uma equipe treinada pelo Papai. O objetivo da Raposa é dar continuidade a sua recuperação e manter os 100% de aproveitamento do novo comandante. O Grêmio, que vive péssima fase, encara seu primeiro jogo sem o ídolo Renato Portaluppi (Renato Gaúcho, para o resto do país) no comando, que agora é de Julinho Camargo, até então desconhecido, e que tem como missão dar início à recuperação na tabela, como no ano passado, quando saiu da última posição e assegurou vaga na Libertadores. Destaque para a estréia de Gilberto Silva com a camisa tricolor. Palpite Agonizante: Cruzeiro 3 x 1 Grêmio.

  Avaí x Bahia - O vice-lanterna encara uma equipe encardida. Não será nada fácil bater a equipe nordestina, mesmo em seus domínios. Para isso, os catarinenses contam com o apoio de sua torcida para superar a ausência de importantes desfalques, como o lateral esquerdo Julinho, lesionado. Já o Bahia vem como franco atirador nessa Série A, sem medo de perder vai para cima de todos adversários da mesma até aqui. Jóbson recuperou seu bom futebol e junto com Carlos Alberto podem fazer uma dupla chata e indigesta para os rivais, resta saber se os problemas extracampo não afetarão nessa parceria. Palpite Agonizante: Avaí 0 x 1 Bahia

  Mais tarde, às 21h50...

  Corinthians x Vasco - O líder do Campeonato recebe o campeão da Copa do Brasil. A espera é de um bom jogo, bastante disputado. A equipe de Tite vem de três vitórias seguidas e ainda com um jogo a menos, o clássico contra o Santos, e assim tenta emplacar mais uma para se distanciar dos demais. O Vasco agora volta as suas atenções para a competição, mesmo sem tanto ânimo. Envolvido com os processos de renovação de alguns jogadores, como Éder Luis e no lançamento do novo uniforme, a disputa do nacional ficou um pouco de lado. A partida de hoje pode colocar o trem-bala da colina nos trilhos, o cruz-maltino tem bom time e bom elenco e pode fazer sim uma campanha digna de Vasco nesse Brasileirão 2011. Palpite Agonizante: Corinthians 2 x 1 Vasco.

  Ceará x Atlético/MG - O vozão, uma das equipes que mais faz valer o fator casa, encara o Galo, tentando fazer mais uma vítima no Presidente Vargas. Sem jogadores badalados, o alvinegro cearense formou um time  eficiente. O entrosamento vem se aprimorando e a carroça desembestada tem chances reais de fazer bonito e dar alegrias à sua imensa torcida, que tanto lota seja o PV, seja o Castelão (fechado para obras). O Galo, que vive a sina de contratar nomes de peso e não ter o retorno esperado, busca a reabilitação após um resultado horroroso dentro de casa, quando sofreu uma impiedosa goleada de 4x0 para o Inter. Mesmo com um provável 4-5-1 os mineiros prometem buscar a vitória. Palpite Agonizante: Ceará 2 x 0 Atlético/MG.



  Flamengo x São Paulo - O mais querido do Brasil, invicto, apesar de não apresentar um futebol empolgante, tem um teste de fogo hoje. Nada mais nada menos que o poderoso Tricolor Paulista. Está certo que esse São Paulo não é mais tão temido, o elenco forte de outros anos já não é mais o mesmo, até o grande ídolo Rogério Ceni já mostra indícios de que a carreira está no fim, mas ainda vale o respeito e o cuidado com este time um tanto quanto traiçoeiro. A equipe de Carpegiani busca contra os rubro-negros voltar a vencer e melhorar a defesa, em 2 jogo foram 7 gols sofridos por este time que teve a qualidade defensiva como principal característica nos anos em que sagrou-se vencedor da competição. Palpite Agonizante Flamengo 1 x 0 São Paulo.